A maior usina de energia solar e eólica é 5 vezes maior que Paris e, quando finalizada, será capaz de gerar energia limpa para 16 milhões de residências. Conheça a usina solar e eólica de Khavda, na Índia!
Com cinco vezes o tamanho de Paris e visível do espaço, a maior usina de energia limpa do mundo está em construção, destinada a fornecer eletricidade suficiente para abastecer toda a Suíça. A magnitude da usina solar e eólica que está sendo desenvolvida nas áreas áridas do deserto de sal, nos limites do oeste indiano, a torna uma das mais significativas fontes de energia limpa do planeta. A escala do projeto é tão vasta que até mesmo os responsáveis têm dificuldade de acompanhar seu ritmo.
Maior usina de energia solar e eólica cobrirá mais de 200 milhas quadradas
O Grupo Adani, maior importador de carvão da Índia e um dos principais mineradores do combustível, foi fundado em 1988 e conta com negócios em áreas que vão desde portos e usinas de energia térmica até cimentos. Sua unidade de energia limpa, a AGEL, está desenvolvendo uma ampla usina solar e eólica no estado de Gujarat, no oeste da Índia, a um custo de US$ 20 bilhões.
Até o presente momento, o empreendimento foi classificado como o maior parque de energia limpa do mundo e será finalizado em cerca de 5 anos, gerando eletricidade suficiente para abastecer 16 milhões de residências indianas.
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O sucesso do Parque de Energia Renovável Khavda é essencial para os esforços da Índia de reduzir a poluição e alcançar suas metas climáticas, ao mesmo tempo em que atende às crescentes necessidades de energia da nação mais populosa do mundo e da economia de crescimento mais rápida. Localizada a apenas 12 milhas de uma das fronteiras mais perigosas do mundo, que separa a Índia e o Paquistão, a maior usina de energia solar e eólica do mundo cobrirá mais de 200 milhas quadradas.
Índia estabelece metas climáticas ambiciosas
Segundo Sagar Adani, diretor-executivo da Adani Green Limited (AGEL), em uma região tão grande, livre de obstáculos, sem vida selvagem, sem vegetação e habitação, não há alternativa melhor para o uso dessa terra. O pivô de energia limpa do Adani Group acontece em um momento em que a Índia estabeleceu algumas metas climáticas ambiciosas. O primeiro-ministro Narendra Modi prometeu que as fontes renováveis, como a energia solar e a eólica, atenderão a 50% das necessidades energéticas da Índia até o final desta década.
O governo estabeleceu uma meta de 500 gigawatts de capacidade de geração de eletricidade a partir de combustíveis não fósseis até 2030. A AGEL tem como foco fornecer pelo menos 9% desse valor, com quase 30 GW gerados apenas em sua usina solar e eólica de Khavda, em Gujarat.
Segundo Adani, deixar de fazer a transição para a energia renovável não é uma opção. Não há outra opção para a Índia a não ser começar a fazer coisas em tamanho e escala nunca antes imaginados.
Índia pode se tornar terceira maior economia do mundo
A Índia é o terceiro maior país consumidor de energia do mundo, apesar do seu uso de energia e suas emissões por pessoa serem menos da metade da média mundial, segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), sediada em Paris. Isso pode mudar rapidamente, visto que, graças ao aumento da renda, a demanda de energia dobrou desde 2000, sendo que 80% dela ainda é atendida por carvão, petróleo e biomassa sólida.
Nas próximas três décadas, a economia em rápida expansão terá o maior crescimento de demanda de energia de qualquer país do mundo, segundo a AIE.
A Índia está confortavelmente posicionada para crescer a uma taxa anual de pelo menos 6% nos próximos anos, segundo especialistas, e pode se tornar a terceira maior economia do mundo antes do final desta década. Com certeza, a maior usina de energia solar e eólica contribuirá com isso.