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Vídeo de militares da Venezuela viraliza e até Elon Musk comenta; país vive crise por conta das eleições presidenciais; Lula diz que vê processo como ‘normal’

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 31/07/2024 às 15:58
Vídeo de militares da Venezuela viraliza e até Elon Musk comenta. (Imagem: reprodução)
Vídeo de militares da Venezuela viraliza e até Elon Musk comenta. (Imagem: reprodução)

Um vídeo de dois militares venezuelanos convocando a mudança de governo viralizou e até Elon Musk comentou. A crise na Venezuela esquenta com o não reconhecimento das eleições pela OEA. O futuro político do país está em jogo e o mundo está de olho.

O vídeo que tem capturado a atenção global e desencadeado debates acirrados mostra dois militares venezuelanos, instigando um dos momentos mais tumultuados da política venezuelana.

Com o país imerso em uma crise eleitoral sem precedentes, a repercussão do vídeo levou até mesmo o bilionário Elon Musk a se manifestar.

O vídeo que agitou a Venezuela

Na terça-feira (30), um vídeo envolvendo os capitães Javier e Juan Carlos Nieto Quintero ganhou as redes sociais e rapidamente se espalhou pela internet.

No vídeo, os capitães convocam as Forças Armadas Venezuelanas a reconhecerem Edmundo González como o novo presidente eleito, desafiando a autoridade do atual presidente Nicolás Maduro.

“Nós, capitães Javier e Juan Carlos Nieto Quintero, membros das promoções Batalla de Mosquitero e Batalla de Los Pinos, dirigimo-nos a todo o corpo de generais e almirantes, oficiais, suboficiais e tropa das Forças Armadas Nacionais para persuadi-los a tomar as decisões corretas neste momento histórico que vive a Pátria. (…) É hora de tomar as decisões corretas em um momento histórico (…) É evidente que temos um novo presidente eleito”, dizem Javier e Juan Carlos no vídeo.

Ao tomar conhecimento do vídeo, Elon Musk o compartilhou e disparou: “Se isto ganhar impulso, o presidente legitimamente eleito substituirá o fraudador”, afirmou. No entanto, surgiram informações que levantam dúvidas sobre a veracidade das declarações dos capitães.

De acordo com alertas da rede social X e fontes como Infobae e Foro Penal, os capitães não estão mais na ativa. Juan Carlos Nieto Quintero, em particular, foi mencionado como alguém que já teria sido preso e torturado pelo governo venezuelano e estaria fora do país.

Reações internacionais e a posição do Brasil

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou Nicolás Maduro como o vencedor das eleições, mas a Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconheceu o resultado.

Em um relatório divulgado na terça-feira (30), a OEA alegou que o processo eleitoral foi marcado por irregularidades significativas, incluindo a demora na divulgação dos resultados e alegações de distorção dos votos.

A OEA destacou que o CNE, dominado por aliados do governo, proclamou Maduro vencedor sem fornecer dados detalhados para comprovar o resultado, gerando dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral. O relatório também mencionou relatos de “ilegalidades, vícios e más práticas”, com o governo venezuelano sendo acusado de aplicar um esquema repressivo para manipular o resultado eleitoral.

Reação do governo brasileiro

Em resposta à crise, o governo brasileiro se manifestou por meio do Ministério das Relações Exteriores. Em uma nota divulgada na segunda-feira (29), o Brasil elogiou o “caráter pacífico” da eleição, mas afirmou que só tomará uma posição definitiva após a publicação das atas com os dados das mesas de votação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou as preocupações, afirmando que não houve “nada de grave” ou “de assustador” nas eleições. Em conversa com Maduro, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência enviado para acompanhar a votação, reforçou o pedido de cobrança de atas, e o governo só deverá se pronunciar após uma revisão interna.

“Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se ata tiver dúvida entre oposição e situação, oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, disse o presidente Lula.

O que você acha que o futuro reserva para a Venezuela? A crise política irá se intensificar ou haverá uma solução pacífica? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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