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Ataque a um petroleiro no Mar Vermelho, realizado por uma embarcação não tripulada controlada pelos Houthis, aumenta as preocupações sobre a segurança das rotas marítimas.
O Mar Vermelho, palco de intensas disputas e conflitos há anos, voltou a ser o centro de um ataque preocupante.
Um petroleiro panamenho foi alvo de uma embarcação não tripulada em um episódio que ressalta o aumento das tensões geopolíticas na região.
No dia 1º de outubro de 2024, o petroleiro de bandeira panamenha M/T Cordelia Moon foi atacado por uma embarcação de superfície não tripulada (USV) enquanto navegava pelo sul do Mar Vermelho, próximo à costa do Iêmen.
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De acordo com informações do Centro Conjunto de Informações Marítimas (JMIC), o ataque foi parte de uma série de incidentes envolvendo múltiplos projéteis e culminou com o impacto direto da USV contra o lado esquerdo da embarcação.
O navio estava em condição de lastro, ou seja, sem carga, o que, felizmente, evitou maiores danos ambientais.
O ataque em detalhes
O petroleiro foi atacado em diferentes momentos ao longo da madrugada, conforme relatado pelo capitão do navio.
As investidas aconteceram de forma sequencial, o que sugere uma operação organizada e bem planejada pelos atacantes, que foram identificados como membros dos Houthis, um grupo rebelde iemenita apoiado pelo Irã.
A primeira investida foi registrada às 01h50 UTC, quando três projéteis caíram próximos à proa de bombordo da embarcação.Cerca de uma hora depois, outro projétil atingiu a área a aproximadamente 100 metros da popa.
Às 05h00 UTC, o golpe final ocorreu com o impacto de uma embarcação não tripulada no lado de bombordo, causando danos diretos ao casco.
Vídeos divulgados pelos Houthis mostram o momento exato do ataque e deixaram claro que o grupo planejou cuidadosamente a operação, usando uma combinação de mísseis e tecnologia de veículos não tripulados para danificar o petroleiro.
Um alvo em meio a tensões crescentes
Segundo o JMIC, o petroleiro M/T Cordelia Moon foi provavelmente visado devido às suas associações empresariais, que envolvem escalas e operações em portos de Israel, país que é considerado inimigo pelos Houthis.
Esta ação foi uma das muitas que ocorreram nos últimos meses, destacando uma escalada preocupante nos ataques a embarcações civis na região.
A avaliação de ameaças feita pelo JMIC reforça que navios ligados a Israel, Estados Unidos e Reino Unido correm maiores riscos de serem alvos de ataques dos rebeldes Houthis. Embora o Cordelia Moon estivesse sem carga no momento, o que evitou um desastre maior, o ataque não pode ser visto como um incidente isolado.
Segurança marítima em xeque
A insegurança nas águas do Mar Vermelho é um reflexo das tensões que afligem a região há anos. Com o apoio do Irã, os Houthis têm se tornado uma força mais organizada e perigosa.
Suas ações impactam diretamente o comércio marítimo, já que o Mar Vermelho é uma rota fundamental para o transporte de petróleo e mercadorias entre o Oriente Médio e a Europa.
Nos últimos meses, o aumento da violência direcionada a embarcações comerciais, principalmente aquelas associadas a países ou empresas ocidentais e israelenses, tem levantado preocupações globais sobre a segurança da navegação.
Especialistas acreditam que essa escalada de ataques pode continuar, especialmente se não houver uma ação diplomática forte por parte das nações envolvidas no conflito.
Conforme fontes especializadas no setor marítimo, a situação no Mar Vermelho está se deteriorando rapidamente, com um número crescente de ataques a navios civis.
A aliança entre os Houthis e o Irã aumenta a complexidade do conflito, pois o Irã também está em constante tensão com potências como Estados Unidos e Israel.
Assim, cada ataque a navios com qualquer tipo de ligação a esses países representa mais um capítulo na extensa rivalidade entre as partes envolvidas.
O impacto geopolítico
O ataque ao M/T Cordelia Moon também acende um alerta para as relações diplomáticas na região.
O Mar Vermelho, que serve como um importante corredor para o transporte global de petróleo, está cada vez mais se tornando uma zona de risco, com o potencial de aumentar ainda mais os preços globais do petróleo e desestabilizar o comércio marítimo.
Embora o Cordelia Moon tenha sobrevivido ao ataque, o evento reforça a necessidade de uma maior proteção naval e uma resposta internacional coordenada.
Com a intensificação dos conflitos no Iêmen, a segurança dos navios que trafegam pela região pode estar em jogo, e governos de todo o mundo precisam discutir soluções para garantir que incidentes como este não se tornem mais frequentes.
O que o futuro reserva?
Apesar de não ter sido necessária assistência para o Cordelia Moon após o ataque, o episódio não pode ser ignorado.
A tripulação saiu ilesa, mas o cenário futuro para o comércio marítimo na região é incerto. As rotas no Mar Vermelho já estão sob vigilância constante, e o aumento de ataques pode levar a uma resposta militar mais forte das nações envolvidas.
Com a escalada das tensões no Mar Vermelho, até quando os navios estarão seguros?
