Fabricantes ampliam a durabilidade e eficiência dos veículos elétricos
A durabilidade dos carros elétricos tem se tornado um tema central nas discussões sobre o futuro da mobilidade. Com os avanços tecnológicos acelerados, especialmente nas baterias e nos sistemas de gerenciamento de energia, a vida útil desses veículos já rivaliza — e até supera — a dos modelos a combustão.
Desde 2022, especialistas e universidades vêm analisando o comportamento desses automóveis. Os estudos revelam dados que mudam completamente a percepção sobre sua longevidade.
Confiabilidade comprovada por estudos internacionais
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade de Birmingham (Reino Unido) entre 2005 e 2022, os primeiros carros elétricos disponíveis no mercado apresentavam índices de confiabilidade inferiores aos modelos movidos a gasolina ou diesel.
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Contudo, a rápida evolução tecnológica obrigou os pesquisadores a revisar suas conclusões.
Em uma nova edição do estudo publicada em 2023, constatou-se que os veículos elétricos modernos reduziram a probabilidade de falhas em 12% ao ano.
Enquanto isso, os automóveis com motores a combustão registraram apenas 6,7%.
Isso demonstra que, a cada nova geração, as montadoras conseguem aprimorar significativamente a durabilidade e a eficiência operacional de seus modelos elétricos.
Além disso, segundo os pesquisadores, os componentes eletrônicos e sistemas de propulsão elétrica estão cada vez mais resistentes a desgastes.
Isso ocorre graças à melhoria de softwares de controle térmico e à utilização de materiais mais duráveis.
Assim, os carros elétricos se mostram tão confiáveis quanto os convencionais — e, em muitos casos, ainda mais.
Longevidade e desempenho das baterias em números
Ainda conforme a Universidade de Birmingham, a vida útil média de um carro elétrico é de 18,4 anos.
A autonomia média é de aproximadamente 200 mil quilômetros (124 mil milhas) antes de exigir substituição significativa de componentes.
Esse dado representa um marco importante.
Até o início da década passada, estimava-se que a durabilidade média não ultrapassava 10 anos.
O elemento determinante, porém, é a bateria de íons de lítio, cuja evolução tem sido expressiva.
O mesmo estudo mostrou que as baterias mais recentes degradam apenas 1,8% por ano.
Esse índice é considerado extremamente baixo e indica maior estabilidade energética.
Em 2019, uma análise da empresa Geotab, referência global em tecnologia de telemática e gestão de frotas, havia apontado uma taxa de degradação média de 2,3% ao ano.
A redução dessa taxa nos últimos anos comprova o esforço contínuo das montadoras em aprimorar o design e a gestão térmica das baterias.
Esses fatores influenciam diretamente sua durabilidade.
Evolução contínua da indústria automotiva elétrica
À medida que o setor investe em pesquisa e inovação, o desempenho e a durabilidade dos veículos elétricos continuam a crescer.
Montadoras como Tesla, BYD, Nissan e Volkswagen têm direcionado recursos bilionários para o desenvolvimento de novas tecnologias de baterias de estado sólido.
Essas inovações prometem autonomias superiores a 500 mil quilômetros, com baixa degradação ao longo do tempo.
Além disso, a integração de sistemas inteligentes de monitoramento de carga e temperatura tem permitido prevenir falhas e aumentar a eficiência energética.
Isso garante que o desgaste ao longo dos anos seja cada vez menor.
Esses avanços reforçam que os veículos elétricos não são apenas uma alternativa sustentável, mas também uma opção confiável e duradoura.
Eles oferecem manutenção mais simples e custos operacionais reduzidos ao longo do tempo.
O futuro da durabilidade elétrica
Com base nas análises mais recentes e na evolução constante da engenharia automotiva, é possível afirmar que a vida útil dos carros elétricos tende a crescer ainda mais.
A expectativa é que, até 2030, os modelos equipados com baterias de nova geração ultrapassem os 25 anos de uso funcional.
Eles devem manter um desempenho estável e sustentável.
Dessa forma, a transição para a mobilidade elétrica não apenas reduz emissões.
Ela também garante veículos mais duráveis, econômicos e confiáveis, redefinindo o conceito de longevidade automotiva.



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