Trem de luxo lança a Rota das Trufas: experiência gastronômica inclui jantar com Heinz Beck, caça às trufas e degustação em adegas históricas
Uma nova rota do famoso trem Orient Express promete uma viagem única para os amantes da gastronomia refinada. Chamado de Truffle Route (ou Rota das Trufas), o novo itinerário percorre o norte da Itália com foco nas trufas brancas, um dos ingredientes mais valorizados da culinária mundial.
Trufas, vinhos e jantar com chef premiado
O percurso começa em Roma e segue rumo à região do Piemonte, conhecida por suas trufas e vinhos. Durante dois dias, os passageiros a bordo do luxuoso La Dolce Vita Orient Express desfrutam de um jantar especial assinado pelo chef Heinz Beck, famoso no cenário internacional.
O menu inclui pratos com trufas, como um risoto preparado especialmente para harmonizar com o tema da viagem.
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Além da alta gastronomia, os viajantes são recebidos com música ao vivo em um ambiente sofisticado que valoriza a experiência sensorial em todos os detalhes.
Passeios guiados e caçada às trufas
O roteiro inclui atividades voltadas à cultura e à tradição italiana. Uma das atrações é a caça às trufas, onde os visitantes acompanham especialistas na busca pelos raros fungos comestíveis.
Também há paradas para visitação em locais tradicionais da região, como a vinícola Tenuta Cucco.
Outro destaque é o passeio às Catedrais Subterrâneas em Caneli. As construções escavadas nas colinas funcionam como adegas e oferecem degustação de espumantes italianos em um cenário histórico.
Quanto custa a experiência gastronômica sobre trilhos?
De acordo com informações divulgadas pelo Alô Bahia, o pacote completo da viagem, incluindo hospedagem, refeições e passeios guiados, tem preço inicial de US$ 9,4 mil — o equivalente à cerca de R$ 56,9 mil. O valor já inclui todas as degustações e experiências exclusivas oferecidas durante o trajeto.
Com informações de Diário do Comércio.
Mais sobre trens: conheça também a história das ferrovias
A história das ferrovias atravessa séculos, continentes e revoluções tecnológicas. Desde trilhos rudimentares usados na Antiguidade até os trens de alta velocidade do século XXI, o transporte ferroviário se consolidou como uma das formas mais marcantes de evolução na mobilidade terrestre.
Dos trilhos manuais à máquina a vapor
A primeira estrutura que lembra uma ferrovia surgiu por volta de 600 a.C., na Grécia Antiga. Conhecida como estrada de Diolkos, na região de Corinto, essa construção com cerca de 8 km permitia o transporte de embarcações com a ajuda de animais e escravos.
Séculos depois, no início do século XVI, a Alemanha desenvolveu os wagon ways, sistemas formados por trilhos de madeira e puxados por tração animal. Muito utilizados em minas, esses sistemas facilitaram o transporte de minérios e continuam com variações em uso nas mineradoras até hoje.
Por volta de 1776, os trilhos de madeira foram substituídos por trilhos de ferro. Essa mudança marcou o início do que ficou conhecido como rail way, ou linha férrea.
O avanço mais significativo, no entanto, viria em 1804. Na cidade de South Wales, na Inglaterra, o engenheiro britânico Richard Trevithick apresentou a primeira locomotiva movida a vapor.
O teste transportou 18 toneladas de ferro e 70 homens por 14 km. Mas, ao atingir 8 km/h, os trilhos não aguentaram e se quebraram.
A ascensão das locomotivas e o transporte de passageiros
Com o tempo, as máquinas foram ganhando mais força e substituíram os cavalos. Isso aumentou a capacidade de carga e possibilitou o transporte de mais vagões.
A mobilidade se ampliou também para áreas urbanas. A Inglaterra saiu na frente novamente: em 1812, inaugurou a primeira composição destinada apenas ao transporte de passageiros, na cidade de Leeds.
Mas o marco decisivo veio em 1830. Nesse ano foi inaugurada a linha entre Liverpool e Manchester, primeira a operar com horários fixos e foco no transporte comercial de passageiros. O sucesso foi imediato: 460 mil pessoas utilizaram a linha no primeiro ano.
Outro passo importante foi dado em 1863. A Inglaterra criou a primeira linha subterrânea, formando o que mais tarde seria chamado de metroway. Esse modelo serviria de base para os sistemas de metrô modernos em todo o mundo.
Eletricidade, inovação e expansão
No fim do século XIX, os engenheiros alemães lideraram o desenvolvimento das primeiras linhas férreas movidas a eletricidade. Em 1883, a Áustria inaugurou a linha Mödling-Hinterbrühl Tram, a primeira do mundo a operar com eletricidade por cabos suspensos.
Ao mesmo tempo, o mundo vivia o avanço do neocolonialismo. Nações europeias expandiram suas áreas de exploração e construíram ferrovias nos países colonizados.
Mas, ao contrário do que acontecia nas metrópoles, essas estruturas tinham o único objetivo de escoar matérias-primas até os portos.
Ferrovias no Brasil e nos Estados Unidos
No Brasil, o modelo colonial se repetiu. A primeira ferrovia foi inaugurada em 1854, entre o Porto de Mauá e a cidade de Fragoso, no Rio de Janeiro.
Ela foi idealizada pelo empresário Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. As linhas férreas no país surgiram em função do ciclo do café, para facilitar o escoamento da produção.
Nos Estados Unidos, o uso das ferrovias teve papel central na ocupação do território. As linhas se expandiram em direção ao oeste e à costa do Pacífico.
No início do século XX, o país já contava com 200 mil quilômetros de ferrovias. O Brasil, mesmo com área semelhante, construiu menos de 40 mil quilômetros.
Trens de alta velocidade revolucionam o setor
Um novo capítulo começou em 1964, no Japão. O país lançou o primeiro trem de alta velocidade do mundo, o Shinkansen, que alcançava 200 km/h. A partir da década de 1970, Inglaterra e França também iniciaram projetos de trens velozes.
A tecnologia evoluiu ainda mais em 1997, com o lançamento do Magnalev, no Japão. Esse sistema usa supercondutores e elimina o atrito entre o trem e os trilhos. No lançamento, ele atingiu 550 km/h. Japão, Alemanha e China já operam trens comerciais com essa tecnologia.
Recordes de velocidade e novos horizontes
O trem francês TGV mantém o recorde de velocidade em trilhos convencionais: 574,8 km/h. Já o trem japonês JR-Maglev detém o recorde absoluto, com 582 km/h, utilizando tecnologia de supercondutividade.
As ferrovias continuam evoluindo. Da Grécia Antiga ao trem magnético japonês, essa jornada mostra como a busca por mais velocidade, eficiência e alcance moldou a forma como o mundo se conecta por trilhos.
Com informações de Brasil Escola.