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Quanto tempo leva a viagem de navio da China até o Brasil? Entenda todo o processo

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 01/08/2025 às 21:47
viagem de navio
Foto: Reprodução
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Importar produtos da China por navio é uma prática comum entre empresas brasileiras, mas nem todos sabem quanto tempo essa viagem realmente leva. O trajeto é longo, envolve diversos processos e pode variar bastante de acordo com o porto de destino e a logística envolvida.

A viagem de navio entre a China e o Brasil é uma das mais longas e estratégicas do comércio internacional.

Em um mundo globalizado, a logística internacional é peça-chave para a economia. O transporte de mercadorias entre países distantes, como China e Brasil, movimenta bilhões de dólares todos os anos.

Mas você sabe quanto tempo leva uma carga para cruzar o oceano entre esses dois países? A resposta pode surpreender — e vai muito além do simples tempo de navegação.

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Uma viagem longa e cheia de etapas

A rota marítima entre a China e o Brasil é uma das mais importantes para o comércio internacional.

Diariamente, navios cargueiros deixam portos chineses como Xangai, Ningbo ou Shenzhen carregados com produtos diversos: eletrônicos, roupas, peças automotivas, ferramentas e até brinquedos.

Essas embarcações cruzam o Oceano Pacífico, passam pelo Estreito de Malaca, seguem pelo Canal de Suez (ou contornam a África), cruzam o Atlântico e, finalmente, atracam em portos brasileiros como Santos (SP), Paranaguá (PR) ou Rio de Janeiro (RJ).

O mais importante é entender que o trajeto em si costuma levar de 40 a 45 dias, considerando boas condições climáticas e operacionais.

Esse é o tempo médio de navegação entre a China e os principais portos do Brasil. No entanto, o prazo pode se estender para até 60 dias, quando se incluem todas as etapas adicionais envolvidas no transporte internacional.

O que influencia no tempo total?

O tempo de entrega de uma carga da China até o Brasil depende de vários fatores. A rota marítima é apenas uma parte da equação. É preciso considerar o tempo necessário para:

  • Consolidação da carga nos armazéns do exportador;
  • Espera por espaço disponível no navio;
  • Embarque e despacho aduaneiro na China;
  • Desembarque no Brasil, que pode sofrer atrasos por fila no porto;
  • Liberação alfandegária brasileira, que varia conforme o tipo de produto, regime tributário e fiscalização;
  • Transporte interno, caso a carga precise seguir por caminhão até cidades fora do eixo portuário.

Portanto, mesmo que a viagem em mar leve 45 dias, o tempo real para a mercadoria chegar às mãos do importador pode ultrapassar dois meses facilmente.

Portos secundários aumentam o tempo

Se o destino final da carga não for um porto principal como Santos ou Itajaí, o tempo pode aumentar ainda mais. Cargas que seguem para regiões como o Nordeste ou o Centro-Oeste normalmente exigem um segundo deslocamento.

Por exemplo, se o navio atracar em Santos, mas a carga vai para Recife, é necessário que ela seja transferida para um navio menor (feeder) ou siga por rodovia. Esse processo pode levar mais 7 a 10 dias, dependendo da eficiência logística.

Além disso, muitos importadores precisam lidar com agendamentos de transporte, caminhões disponíveis e infraestrutura limitada em algumas regiões. Tudo isso atrasa ainda mais a entrega final.

Transporte aéreo é mais rápido — mas muito mais caro

Enquanto o transporte marítimo leva cerca de 45 a 60 dias, o envio por avião pode reduzir esse tempo para 7 a 14 dias. Isso inclui o embarque na China, o voo internacional, o desembarque e o processo alfandegário no Brasil.

Apesar da agilidade, o transporte aéreo tem um custo significativamente mais alto. Em média, ele pode ser até 10 vezes mais caro por quilo transportado. Por isso, costuma ser reservado para cargas urgentes, produtos de alto valor agregado ou situações emergenciais.

Empresas que trabalham com estoques regulados, como peças de reposição ou eletrônicos delicados, muitas vezes optam por esse tipo de frete. Já para mercadorias em grande volume e sem urgência, o navio continua sendo a escolha mais econômica.

Como vivem os tripulantes?

Você já imaginou passar 45 dias dentro de um navio cargueiro? Para os tripulantes, essa é uma realidade constante. Eles vivem a bordo durante toda a viagem, sem pisar em terra firme. Cada tripulante tem funções bem definidas, como manutenção, navegação, controle de carga e segurança.

A vida no mar pode ser solitária e repetitiva. Embora existam espaços de convivência, como refeitório, sala de descanso e até academia em alguns navios, as opções de lazer são limitadas. O acesso à internet nem sempre é estável e o contato com a família pode ser esporádico.

Ainda assim, o trabalho em navios continua sendo uma carreira importante, especialmente para tripulantes vindos de países com forte tradição marítima. A remuneração pode ser atrativa, mas exige resiliência, disciplina e resistência a longos períodos de isolamento.

É possível acelerar o processo?

Algumas estratégias podem ajudar a reduzir o tempo de entrega:

  1. Planejamento antecipado: reservar espaço no navio com antecedência evita atrasos na origem.
  2. Documentação correta: erros em faturas, notas ou declarações aduaneiras podem paralisar a carga.
  3. Despacho aduaneiro ágil: contratar despachantes experientes facilita a liberação rápida.
  4. Escolher portos mais eficientes: alguns portos brasileiros têm tempo de espera menor e estrutura mais moderna.

Mesmo com essas medidas, o transporte marítimo ainda dependerá de fatores como clima, capacidade dos portos e decisões alfandegárias — o que torna quase impossível prever prazos exatos.

O transporte de navio da China até o Brasil leva em média 40 a 45 dias, podendo chegar a 60 dias com os trâmites alfandegários. Embora demorado, é o método mais econômico para grandes volumes de mercadoria. Já o transporte aéreo oferece rapidez, com entregas em até 14 dias, mas a um custo muito mais elevado.

Para quem trabalha com importação, entender esses prazos é fundamental para planejar estoques, evitar prejuízos e manter a operação eficiente.

Seja por mar ou por ar, o caminho entre a China e o Brasil continua sendo um desafio logístico — e uma prova de que o mundo está mais conectado do que nunca.

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01/08/2025 22:53

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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