Os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) fecharam o ano de 2022 com um patrimônio de mais de R$ 10,34 bilhões. No ano, o salto desse patrimônio líquido da indústria foi para 544%, como mostra as estatísticas do produto.
As expectativas é que os Fiagros continuem atraindo cada vez mais investidores este ano e ganhe ainda mais relevância, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), Sergio Cutolo.
“O crescimento exponencial dos Fiagros, que encerraram 2021 com patrimônio líquido de R$ 1,6 bilhão, mostra que este é um produto com grande potencial. A nossa expectativa é de que ele continue a atrair cada vez mais investidores este ano e ganhe ainda mais relevância”, afirma Sergio Cutolo.
Lançados em meados de agosto de 2021, o Fiagro é dividido em três categorias, sendo elas: os Fiagros – FII, que investem em imóveis do agronegócio; tem os Fiagros-FIDC, que reúnem alguns direitos creditórios da agroindústria; e por fim, os Fiagros-FIP, que tem investimentos em empresas do setor. Apenas os Fiagros-FII que ficam disponíveis para os varejos.
- Nova lei promete mudar tudo: Você sabe realmente por que foi multado?
- Bahia vai receber investimento de quase R$ 350 milhões para construção de nova Unidade de Processamento de Gás Natural; impulso na economia e geração de empregos
- Piauí recebe investimento histórico de R$ 100 milhões em corredor de escoamento agrícola para impulsionar produção e fortalecer economia
- Salário mínimo universal! Magnatas seguem Elon Musk na defesa por renda universal para minimizar impactos da tecnologia
Segundo os termos de captação líquida, esse segmento teve um saldo positivo de mais de R$ 3,2 bilhões no ano de 2022. Sendo que mais da metade desse montante (R$ 1,69 bilhão) foi levantado nesse último trimestre do ano, com um destaque ainda maior para o mês de outubro, em que a captação líquida foi para R$ 860,6 milhões.
Entre as comparações das três categorias de Fiagro, o destaque maior foram para os Fiagros-FII, que tiveram um registro de saldo líquido positivo de R$ 2,67 bilhões em acúmulos do ano. Logo em seguida, estão ao Fiagros-FIDC, com um saldo de cerca de R$ 513,9 milhões em 2022; e por último, os Fiagros-FIP com R$ 19,2 milhões de saldo.
Os números de fundo e de contas que acompanhou todo esse movimento em alta: no mês de dezembro de 2021, tinham 13 Fiagros no mercado e mais de 14 mil contas investindo nos fundos, já em dezembro do último ano, já eram mais de 43 Fiagros e mais de 181 mil contas.
Esses Fiagros foram lançadas pelas CVM com até uma regulamentação experimental, seguindo algumas regras do FIIs, dos FIDCs e dos FIPs. Sendo a agenda regulatória de 2023 da autarquia a publicação de normas mais específicas para esse segmento.
“Estamos apoiando a CVM nesse processo. Junto com o mercado, elaboramos uma proposta que foi enviada à autarquia em outubro do ano passado. Com uma norma própria e que atenda às características do produto, certamente será possível aproveitá-los em toda a sua eficácia e potencial”, declara Cutolo.