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Venezuela retoma fornecimento e energia volta a Roraima após anos de incerteza e apagões

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 14/02/2025 às 15:40
Venezuela retoma fornecimento e energia volta a Roraima após anos de incerteza e apagões
Roraima não faz parte do Sistema Interligado Nacional, então precisa buscar outras fontes de energia. A Venezuela já forneceu eletricidade para o estado no passado, e agora retomou o envio a partir da Usina de Guri.
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Após anos de isolamento do Sistema Interligado Nacional, Roraima volta a receber energia da Venezuela, com importação inicial de 15 MW e reserva operacional de 30 MW para garantir estabilidade. O fornecimento será operado pela Bolt Energy entre janeiro e abril de 2025.

O estado de Roraima voltou a receber energia elétrica da Venezuela a partir desta sexta-feira (14), marcando uma nova fase no abastecimento energético da região. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) comunicou que a importação comercial foi iniciada por volta das 7h15, trazendo um novo capítulo para o único estado brasileiro que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Embora ainda não haja um decreto oficial da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre essa decisão, a operação segue critérios definidos pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Essa retomada, no entanto, levanta questionamentos sobre os benefícios e riscos dessa dependência.

A retomada da importação de energia

A Usina Hidrelétrica de Guri, na Venezuela, é uma das maiores do mundo, com uma capacidade instalada de aproximadamente 10.235 megawatts (MW). Ela fica no rio Caroní, no estado de Bolívar, e é a principal fonte de energia do país, além de já ter sido responsável por fornecer eletricidade para Roraima no passado.
A Usina Hidrelétrica de Guri, na Venezuela, é uma das maiores do mundo, com uma capacidade instalada de aproximadamente 10.235 megawatts (MW). Ela fica no rio Caroní, no estado de Bolívar, e é a principal fonte de energia do país, além de já ter sido responsável por fornecer eletricidade para Roraima no passado.

Roraima, que já recebeu energia da Venezuela no passado, agora conta novamente com a eletricidade importada do país vizinho. A operação foi liberada após testes de 96 horas realizados entre janeiro e fevereiro, garantindo a viabilidade técnica. Inicialmente, a importação será limitada a 15 megawatts (MW), com uma reserva operacional girante de 30 MW para manter a estabilidade do fornecimento.

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A empresa Bolt Energy será a responsável pela importação durante o período de janeiro a abril de 2025. Enquanto isso, as usinas termelétricas locais continuam operando com gás natural, biomassa e óleo diesel, complementando o abastecimento energético.

Por que Roraima depende da energia da Venezuela?

Diferente dos demais estados brasileiros, Roraima não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que significa que sua matriz energética precisa ser gerenciada de forma independente. Essa exclusão ocorre principalmente pela ausência de infraestrutura de transmissão que conecte o estado ao restante do Brasil.

Historicamente, a energia venezuelana já foi a principal fonte de eletricidade para Roraima, vinda da Usina Hidrelétrica de Guri. No entanto, problemas econômicos e políticos na Venezuela interromperam esse fornecimento, forçando o estado a depender majoritariamente de termelétricas. Agora, com a retomada do fornecimento externo, Roraima espera reduzir os custos e garantir maior estabilidade energética.

Impactos e desafios da nova importação

A retomada do fornecimento pode trazer benefícios imediatos, como a redução dos custos de geração elétrica, já que as termelétricas utilizam combustíveis caros e poluentes. Além disso, o aumento na oferta de energia pode melhorar a qualidade do serviço para os consumidores e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.

No entanto, há desafios a serem considerados. A dependência de um país que enfrenta instabilidades econômicas e políticas pode representar riscos no longo prazo. Qualquer problema na Usina de Guri ou decisão do governo venezuelano pode impactar diretamente o fornecimento. Assim, a necessidade de uma solução energética mais estável para Roraima continua em pauta.

Como será o fornecimento ao longo de 2025?

O fornecimento será operado pela Bolt Energy, que seguirá o cronograma estabelecido pelo CMSE. A fase inicial prevê a importação entre janeiro e abril de 2025, permitindo que o sistema se ajuste à nova oferta de eletricidade.

Antes da retomada oficial, testes de 96 horas foram realizados no início do ano, garantindo que a integração fosse feita de maneira segura e sem comprometer a estabilidade da rede elétrica. Caso o abastecimento ocorra de forma eficiente, o modelo poderá ser estendido ou ajustado conforme necessário.

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Francisco Anjos
Francisco Anjos
17/02/2025 00:20

Mais um apagão hoje (16/02/2025)

José Rodrigues dos Santos filho
José Rodrigues dos Santos filho
16/02/2025 19:00

Ontem aqui em Roraima já deu um apagão

José Camilo de Oliveira Netto
José Camilo de Oliveira Netto
16/02/2025 13:45

Por que não concluem o linhão de Tucuruí e interliga logo o Estado de Roraima ao restante do BRASIL?

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: rafafabris11@gmail.com

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