EUA reimpoem sanções a Caracas por eleições de principais candidatos e exportações de petróleo, com impacto no setor poderoso.
O ministro do Petróleo da Venezuela, Pedro Tellechea, afirmou nesta terça-feira que o país está pronto para enfrentar qualquer situação, inclusive a volta das sanções americanas sobre suas exportações de petróleo venezuelano.
Na semana passada, os Estados Unidos começaram a impor novamente sanções a Caracas depois que o tribunal superior do país sul-americano confirmou a proibição da candidatura da principal opositora nas próximas eleições presidenciais. A medida tem como objetivo bloquear a participação da candidata da oposição, gerando mais tensões políticas no Venezuela.
Departamento de Estado dos EUA não renovará licença que permite exportações de petróleo venezuelano
O Departamento de Estado dos EUA informou que não pretende renovar uma licença mais ampla que possibilitou o petróleo venezuelano fluir livremente para os destinos escolhidos quando ela expirar em 18 de abril. Essa decisão vem em meio a ações de Nicolás Maduro e seus representantes na Venezuela, que incluem a prisão de membros da oposição democrática e a proibição de candidatos de competir na eleição presidencial deste ano, contrariando acordos assinados em Barbados, segundo o Departamento de Estado.
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Revogação da Licença Geral 44 por falta de progresso entre Maduro e a Plataforma Unitária da oposição
Na ausência de progresso entre Maduro e seus representantes e a Plataforma Unitária da oposição, os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril. A Venezuela enfrenta essa decisão afirmando estar preparada para qualquer circunstância, com um setor poderoso pronto para enfrentar qualquer situação, de acordo com o ministro Tellechea.
Reconhecimento do acordo assinado em Barbados permitiu aumento das exportações de petróleo venezuelano
Os EUA concederam alívio das sanções ao país membro da Opep em outubro, reconhecendo um acordo assinado em Barbados com o governo de Maduro que incluía libertação de prisioneiros políticos, presença de observadores internacionais e condições para uma eleição presidencial justa. Desde outubro, as exportações de petróleo da Venezuela aumentaram ligeiramente, com mais cargas destinadas aos EUA e à Europa, seus mercados preferidos antes das sanções.
Comentário sobre o impacto das sanções energéticas sobre a Venezuela
Tellechea afirmou que os EUA também sentiriam o impacto da reimposição de sanções energéticas sobre a Venezuela, acrescentando que o país não vai ‘se ajoelhar’ só porque alguém tenta impor com quais países ele pode fazer negócios.
(Reportagem de Deisy Buitriago)
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Fonte: CNN Brasil