É isso que o Senador Omar Aziz anunciou nessa semana ao Congresso, depois que fontes indicam que houve fraude na venda de uma refinaria de petróleo da Petrobras (PETR4.SA) para a Mubadala Capital, com sede nos Emirados Árabes.
A refinaria RLAM na Bahia foi vendida para a unidade Acelen da Mubadala em 2021 por US$ 1,8 bilhão, com seus ativos de logística. O senador disse que seu comitê primeiro pediu à Petrobras, formalmente conhecida como Petróleo Brasileiro SA, documentação sobre o preço do acordo com a refinaria.
Na quarta-feira, o sindicato dos petroleiros do Brasil, FUP, disse que pediu ao Ministério Público que investigasse qualquer ligação entre a venda da refinaria e a suposta tentativa de Bolsonaro de trazer presentes de jóias no valor de US$ 3,2 milhões para o país em 2021, mas não o fez. Oficiais confiscaram jóias encontradas na mochila de um assessor do governo.
O presente do rei da Arábia Saudita para Bolsonaro e sua esposa, Michel Bolsonaro, não veio dos Emirados Árabes Unidos, mas os sindicatos apontaram para a proximidade geográfica dos dois países, disse o ex-presidente em entrevista recente. O Instituto de Estratégias de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep) estimou que a refinaria vale de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões, cerca do dobro do preço pelo qual foi vendida, acrescentou a FUP.
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Petroleiros pedem ao MPF que investigue possível ligação das joias sauditas com compra de refinaria
Petrobras e Shell firmam parceria em exploração e transmissão de energia
A Petrobras disse em comunicado na quinta-feira que a Petrobras e a Shell assinaram um acordo de cinco anos para buscar oportunidades em atividades como exploração e produção de petróleo e em torno da camada pré-sal, bem como na transição energética. Por meio dessa parceria, as empresas reconhecem a importância estratégica das sinergias em projetos de E&P, incluindo iniciativas de descarbonização, em um cenário de economia de baixo carbono e reforçam a busca por novas oportunidades de parceria no Brasil e no exterior.
Diante de disputas políticas, governo volta a alterar indicações de conselheiros da Petrobras
O governo federal mudou o nome indicado para o conselho da Petrobras em meio a uma disputa política, gerando mais especulações sobre um possível atraso na mudança do principal executivo da petroleira. O fato ocorreu após a empresa substituir a indicação de Wagner Witter no início deste mês por Bruno Moretti, atual secretário especial de Análise de Governo da Presidência da República.