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Venda da Sabesp irá seguir modelo de Eletrobras, conta o governo de São Paulo. O Estado vem analisando o modelo de privatização que permitirá participação do governo em decisões estratégicas

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 24/01/2023 às 14:36
Venda da Sabesp irá seguir modelo de Eletrobras, conta o governo de São Paulo. O Estado vem analisando o modelo de privatização que permitirá participação do governo em decisões estratégicas
Venda da Sabesp irá seguir modelo de Eletrobras, conta o governo de São Paulo. O Estado vem analisando o modelo de privatização que permitirá participação do governo em decisões estratégicas (Foto/divulgação)

Segundo a Secretária de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística do Estado, Natália Resende, o governo de São Paulo vem estudando adotar o modelo de privatização as Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) que seja semelhante à venda da Eletrobras. 

“A gente tem o feeling da Eletrobras por tudo que a gente acompanhou, com a peculiaridade que é o saneamento no Brasil. A particularidade do setor de águas começa até em questão de competência”, diz a secretária em entrevista ao jornal Estadão, que foi publicado nesta segunda-feira (23/01).

Esse formato de desestatização analisado permitirá que o Estado participe das decisões, mesmo sem o controle acionário – porém tendo o poder do veto. 

“O que a gente pode fazer é diluir essas ações na lógica da Eletrobras, ou seja, aumentar a quantidade de ações do privado, mas permanecer com o que a gente chama de golden share, por exemplo, o que significa: em decisões estratégicas, o Estado permanece com poder de voto”, declarou. 

Segundo Resende, a iniciativa é parte da atração ao capital privado, apesar da manutenção das participações estatal, por conta de ser uma empresa de “muito valor”. 

De acordo com ela, o serviço poderá melhorar a ampliação das áreas de cobertura. A Sabesp também é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, na maior parte do Estado. 

No dia 03 de janeiro deste ano, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já tinha citado a Eletrobras como um modelo “aderente e adequado” para a privatização da Sabesp. 

Tendo sido fundada em 1973 durante o mandato do ex-governador Laudo Natel, a Sabesp é uma empresa de parte econômica de mista e capital aberto. O governo paulista é com 50,3¢ sócio majoritário. 

Essa empresa está na lista da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) e na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York) desde meados de 2002. 

A Sabesp diz que é a responsável pelo fornecimento de água para mais de 28 milhões de pessoas. Além de tudo isso, 25 milhões são contempladas com a coleta de esgoto. 

Essas atribuições da empresa, estão a despoluição de rios no Estado, demanda da antiga população. Ao longo de 25 anos, esses planos para a limpeza somente o Rio Pinheiros nos governos do PSDB somaram mais de R$ 28,5 bilhões até  mês de maio de 2021. Esse processo ainda não teve sua conclusão. 

Na primeira pregão do ano, as ações que foram da Sabesp da ultima B3 recuaram cerca de 6,49%, com alguns papeis cotados a R$ 53,45. Já o próximo resultado trimestral está com a previsão para ser divulgados em março, mais especificamente dia 23. 

O governo do presidente Jair Bolsonaro concluiu no dia 9 de julho do ano de 2022, o processo de privatização da Eletrobras. Com o final do bookbuilding, a Diretoria Executiva da empresa estabeleceu um preço de cerca de R$ 42 por ações.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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