A maior ponte do estado de SP incia a tomar forma entre Novo Horizonte e Pongaí, com 2,4 km de extensão, custo de R$ 373 milhões e engenharia que combina aço, concreto e logística fluvial para vencer o Tietê e impulsionar o transporte no interior paulista.
A maior ponte do estado de SP já desponta sobre o rio Tietê, no centro-oeste paulista, como uma das obras de infraestrutura mais ambiciosas da última década. Com 2,4 km de extensão, ela ligará as cidades de Novo Horizonte e Pongaí, criando um novo corredor logístico para o escoamento da produção agrícola e industrial do interior.
O projeto, orçado em R$ 373 milhões, avança com 60% da estrutura concluída e tem entrega prevista para agosto de 2026. Além do impacto econômico, a construção da chamada Ponte do Pongaí reforça o papel estratégico do interior paulista na rede rodoviária e ferroviária nacional, integrando tecnologia, sustentabilidade e engenharia pesada em uma mesma travessia.
Um colosso sobre o Tietê
A Ponte do Pongaí será a maior ponte rodoviária e ferroviária do estado de São Paulo, com estrutura mista de concreto e aço.
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Ela está sendo erguida ao lado da atual ponte Engenheiro Gilberto Paim Pamplona, inaugurada em 1975, que será reformada e transformada em passarela de pedestres com iluminação e acessos adequados.
O novo trecho terá duas faixas de rolamento, projetadas para tráfego pesado, e faz parte da Rodovia Dr. Mário Gentil, eixo fundamental para o transporte regional.
Segundo a Entrevias, concessionária responsável pela obra, mais de 3,9 mil toneladas de aço e 5.000 caminhões de concreto estão sendo utilizados na construção.
Engenharia de precisão e logística fluvial
O desafio de erguer a maior ponte do estado de SP vai além da dimensão. Para sustentar os 2,4 km de extensão, foram cravadas 124 estacas, das quais 112 estão dentro do leito do rio.
Esse tipo de fundação submersa requer transporte constante de materiais por balsas e embarcações de apoio, onde operam guindastes, martelos de cravação e plataformas de concretagem.
A obra mobiliza 130 profissionais entre engenheiros, operadores e técnicos de estruturas.
O método construtivo adotado evita a interrupção do fluxo fluvial e reduz impactos ambientais, permitindo a execução de etapas inteiras sem necessidade de retorno à margem.
O projeto inclui ainda mais de 100 vigas longarinas e 1.000 metros de laje, que garantirão estabilidade e durabilidade à travessia.
Impactos econômicos e regionais
Mais do que um avanço de engenharia, a maior ponte do estado de SP tem potencial direto de reduzir custos logísticos e melhorar o escoamento da produção agroindustrial.
A região de Novo Horizonte e Pongaí é polo de cultivo de grãos, cana-de-açúcar e laranja, além de abrigar indústrias de base e cooperativas de transporte.
Com a nova ponte, o trajeto entre margens será encurtado e o trânsito de cargas pesadas deixará de depender de rotas secundárias, muitas delas saturadas.
A previsão é que o fluxo médio diário de veículos aumente em mais de 30% após a inauguração, reforçando a importância da via como elo entre o interior e os portos do Sudeste.
Onde ela se posiciona entre as maiores do Brasil
Mesmo sendo a maior ponte do estado de SP, a Ponte do Pongaí ocupará o topo entre as dez maiores do Brasil.
À frente dela estão apenas gigantes nacionais, como a Ponte Rio-Niterói (13,2 km) e a Ponte Rodoferroviária do Rio Paraná (3,7 km).
Ainda assim, sua importância técnica é proporcional à escala: trata-se de uma das maiores obras rodoviárias já executadas sobre o Tietê, com execução 100% nacional.
O governo estadual vê o projeto como parte de um esforço de modernização da malha de transporte.
A nova ponte deve ser integrada a planos de expansão ferroviária no médio prazo, tornando-se um ponto estratégico para conexões multimodais.
Sustentabilidade e segurança da obra
Além da magnitude estrutural, a maior ponte do estado de SP adota medidas de segurança e sustentabilidade.
O uso de balsas reduz o trânsito de caminhões nas margens e minimiza impactos no solo. O controle de resíduos e o monitoramento da fauna do Tietê fazem parte das exigências ambientais do licenciamento.
A obra também incorpora sistemas modernos de drenagem e proteção contra corrosão, fundamentais para garantir vida útil superior a 50 anos.
O planejamento inclui ainda iluminação LED e dispositivos de monitoramento eletrônico, que facilitarão inspeções futuras e aumentarão a segurança dos usuários.
Com 2,4 km de extensão e investimento de R$ 373 milhões, a maior ponte do estado de SP representa mais do que um marco de engenharia: é um símbolo da capacidade técnica e logística paulista.
Quando concluída, a Ponte do Pongaí ligará margens, economias e comunidades, fortalecendo o desenvolvimento regional e nacional.
E você? Acredita que grandes obras como essa ainda são o melhor caminho para impulsionar o crescimento e melhorar o transporte no interior, ou vê outras prioridades de investimento mais urgentes? Deixe sua opinião nos comentários.


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