Nova fibra óptica japonesa atinge 1,02 petabits por segundo e pode revolucionar a transmissão de dados em todo o mundo
O Japão acaba de estabelecer um novo marco global ao desenvolver uma conexão de internet 4,25 milhões de vezes mais rápida que a média brasileira. A conquista foi anunciada pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (NICT), que atingiu a marca de 1,02 petabits por segundo, ou cerca de 127.500 gigabytes por segundo.
Esse avanço supera com folga os recordes anteriores e promete transformar setores como inteligência artificial, computação em nuvem e streaming. O feito impressiona ainda mais por ter sido alcançado com tecnologia compatível com as redes atuais, o que abre espaço para aplicação prática em larga escala.
Fibra de 19 núcleos garante velocidade histórica
Para alcançar esse desempenho, os cientistas do NICT desenvolveram uma nova fibra óptica com 19 núcleos dentro de um único cabo de apenas 0,125 milímetros de diâmetro — o mesmo padrão dos fios já utilizados pelas operadoras. Essa compactação multiplica a capacidade de transmissão sem exigir substituição das redes existentes, o que representa uma enorme vantagem técnica e econômica.
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Nos testes, o sinal foi transmitido por 1.802 quilômetros de distância, com reforço por 21 pontos de amplificação. Essa estabilidade em longas distâncias é um diferencial importante em relação a experimentos anteriores, que limitavam-se a trajetos curtos. A melhoria na eficiência energética e na redução de perdas foi essencial para atingir esse novo patamar.
Velocidade impressiona até no cenário prático
A velocidade de 1,02 petabits por segundo representa um salto exponencial em relação às conexões disponíveis atualmente. Para efeito de comparação, essa taxa de transmissão é 3,5 milhões de vezes maior que a média da internet nos EUA e 4,25 milhões acima da média brasileira, de acordo com dados do Speedtest Global Index. Na prática, seria possível baixar todo o catálogo da Netflix em menos de um segundo.
Esse avanço não é apenas um feito acadêmico. Ele tem potencial para acelerar o consumo de conteúdos em 4K e 8K, jogos em nuvem e sistemas de inteligência artificial, além de permitir a expansão segura e estável da chamada internet das coisas (IoT), onde milhões de dispositivos trocam dados em tempo real.
Tecnologia pode chegar ao mercado sem trocar cabos
Segundo os pesquisadores do NICT, a nova tecnologia é compatível com as infraestruturas já existentes, o que facilita sua adoção progressiva por operadoras e centros de dados. Isso significa que a implementação em ambientes comerciais e urbanos poderá ocorrer sem grandes investimentos em substituição de rede — um desafio comum no setor de telecomunicações.
Durante a Conferência de Comunicação por Fibra Óptica (OFC 2025), realizada no Japão, o Laboratório de Redes Fotônicas ressaltou que a nova fibra é também menos vulnerável a distorções de luz, problema comum em transmissões de longa distância. Essa estabilidade extra é vista como um dos maiores trunfos da inovação japonesa.
Você acha que o Brasil deveria investir em tecnologias como essa para superar o atraso em infraestrutura digital?