Veja tudo sobre as usinas de captura de CO2 Orca e Mammoth e o mega projeto de sustentabilidade da Islândia!
Localizada na Islândia, a inovadora usina Orca é a primeira do mundo a operar em escala industrial para capturar dióxido de carbono diretamente da atmosfera e armazená-lo de forma segura no subsolo. Esta medida é uma aposta ousada na luta contra o aquecimento global, de acordo com poder360.
Para enfrentar o crescente desafio do aquecimento global, a empresa suíça Climeworks desenvolveu uma tecnologia pioneira: a usina Orca, situada em Hellisheiði, Islândia. Operando desde setembro de 2021, essa usina captura dióxido de carbono (CO₂) do ar e o armazena no solo, contribuindo significativamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa. A capacidade atual da Orca é de retirar 4.000 toneladas de CO₂ da atmosfera por ano, o equivalente à emissão de 900 carros movidos a gasolina.
A expansão da captura de CO₂ na Islândia
No dia 8 de maio de 2024, a Climeworks deu um passo ainda maior ao inaugurar uma segunda instalação, chamada Mammoth, perto da capital Reykjavik. Dez vezes maior que a Orca, a Mammoth é capaz de capturar 36.000 toneladas de CO₂ por ano. Com essa expansão, a empresa tem como objetivo eliminar milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera até 2030. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), as emissões globais de CO₂ chegaram a 37,4 gigatoneladas em 2023.
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Como funciona a captura de CO₂
Pedro Luiz Gomes Martins, pesquisador de geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que existem várias tecnologias para capturar CO₂ da atmosfera. “As principais tecnologias incluem a captura pós-combustão, pré-combustão e captura direta da atmosfera. Na Climeworks, utilizam a captura direta do ar, seguida de armazenamento em formações geológicas adequadas no subsolo, como o basalto na Islândia, onde o CO₂ é armazenado por até 10.000 anos”, detalha Martins. O dióxido de carbono é injetado a alta pressão e temperatura, reagindo com minerais para formar carbonatos estáveis ao longo do tempo.
A Islândia é um local ideal para esse tipo de tecnologia devido à sua atividade vulcânica, que proporciona energia geotérmica limpa e formações de basalto perfeitas para o armazenamento de CO₂. Outra empresa, a CarbFix, é responsável pelo armazenamento do gás no subsolo, garantindo a segurança e monitoramento contínuo para evitar vazamentos.
Potencial global e viabilidade econômica
Além da Islândia, outros países como Noruega, Japão, Estados Unidos, Austrália e Canadá possuem condições geológicas favoráveis para a implementação de usinas de captura e armazenamento de carbono (CAC). “Esses países têm formações basálticas e recursos geotérmicos que poderiam suportar projetos similares”, comenta Martins. Ele também destaca que a viabilidade econômica do CAC depende de políticas governamentais e incentivos financeiros para reduzir os custos elevados de captura, transporte e armazenamento de CO₂.
Edda Aradóttir, representante da CarbFix, afirmou que a meta é que grandes indústrias emissores de CO₂ contratem os serviços da empresa para depositar suas emissões na Islândia. No entanto, apesar da capacidade técnica comprovada, ainda existem desafios a serem superados, como a redução dos custos e a seleção adequada de locais de armazenamento.
Possibilidades para o Brasil
O Brasil, com suas vastas áreas de rochas basálticas, especialmente na região Sul, também apresenta potencial para projetos de captura e armazenamento de carbono. Segundo um estudo publicado na revista Nature, a Bacia do Paraná é um local promissor para a mineralização do CO₂. “Com investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o Brasil pode explorar esse potencial e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas”, conclui Martins. Atualmente, universidades federais brasileiras estão conduzindo pesquisas para promover a mineralização de CO₂ nas rochas basálticas do país.
A iniciativa da Climeworks na Islândia é apenas o começo de uma revolução verde que pode se expandir globalmente, ajudando a combater o aquecimento global de forma eficaz e inovadora.