A Marinha chinesa amplia sua frota em 2025 com novos navios, submarinos e o porta-aviões Fujian. Expansão naval reforça o poder militar da China no Indo-Pacífico.
A Marinha chinesa está prestes a registrar um marco histórico em 2025. O país asiático vai incorporar cerca de 200 mil toneladas em novos navios de guerra, incluindo submarinos nucleares e um moderno porta-aviões, consolidando sua posição como uma das maiores potências navais do planeta.
Essa expansão acontece em meio a crescentes tensões geopolíticas na região do Indo-Pacífico e demonstra a ambição da China de fortalecer sua presença militar nos mares.
Porta-aviões Fujian lidera renovação da Marinha chinesa
As novidades envolvem a entrada em operação de diversos meios navais de última geração.
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A lista inclui o aguardado porta-aviões Fujian (CV-18), comissionamento de destróieres avançados e submarinos da classe 093B, reforçando significativamente a Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLA Navy).
A expectativa é que o Fujian entre oficialmente em serviço em datas de forte simbolismo político, como o Dia da Vitória (3 de setembro) ou o Dia Nacional da China (1º de outubro).
A principal estrela da expansão naval chinesa em 2025 é o porta-aviões Fujian (CV-18), que já completou nove testes no mar.
Com deslocamento de cerca de 80 mil toneladas, essa embarcação representa um salto tecnológico significativo para a Marinha chinesa, equiparando-se a modelos de referência da Marinha dos Estados Unidos.
O Fujian deve ser comissionado ainda este ano e é visto como peça central para ampliar o alcance global da China por meio do mar.
Submarinos nucleares reforçam capacidade estratégica
Além dos navios de superfície, a Marinha chinesa também está investindo fortemente em submarinos.
Imagens de satélite recentes indicam a provável entrada em operação de dois submarinos de propulsão nuclear da classe 093B — um no Comando do Norte e outro no Comando do Sul.
Essas unidades utilizam a tecnologia pumpjet, que reduz ruídos e aumenta a furtividade, sendo essenciais para missões de dissuasão e domínio naval.
A meta é alcançar até oito submarinos 093B até 2028, o que consolidaria a capacidade submersa chinesa no cenário internacional.
Novos destróieres e fragatas fortalecem presença no Pacífico
A expansão da Marinha chinesa também inclui a entrada em operação de:
- 2 destróieres Type 055 Renhai (24.000 toneladas)
- 4 destróieres Type 052D (30.000 toneladas)
- 4 fragatas Type 054A (16.400 toneladas)
Navios como o Suzhou (DDG-158) e o Weinan (DDG-166) já estão em missão no Pacífico Ocidental, enquanto o Dazhou (DDG-135) iniciou treinamentos em alto-mar.
Essas embarcações têm alto poder de fogo e são projetadas para defesa antiaérea, guerra de superfície e escolta de grupos de ataque.
Navio de assalto Type 075 reforça capacidade de projeção de tropas
Outro destaque da ampliação naval é o quarto navio de assalto anfíbio Type 075, com 36 mil toneladas.
A embarcação é capaz de transportar tropas, helicópteros e veículos blindados, ampliando significativamente a capacidade de projeção da Marinha chinesa em cenários de conflito ou apoio humanitário.
A presença desse tipo de navio reforça o preparo chinês para operações anfíbias em larga escala.
Marinha chinesa rivaliza com potências globais
Somando todos os meios que devem ser comissionados apenas em 2025, a Marinha chinesa irá incorporar o equivalente à frota completa da Marinha da França.
Esse avanço representa também dois terços das marinhas do Reino Unido ou da Índia, ou metade da frota japonesa (JMSDF).
A rápida expansão coloca a China em uma posição de destaque no cenário naval global, com impacto direto na segurança e estabilidade do Indo-Pacífico.
A ampliação da Marinha chinesa vai além do simples aumento de navios e submarinos.
Ela reflete o desejo de Pequim de garantir rotas comerciais seguras, exercer maior influência regional e conter o avanço de forças estrangeiras — especialmente dos EUA e aliados.
A corrida naval está em plena aceleração, e o mar é, cada vez mais, uma arena estratégica do século XXI.