Valeo e Mahle, gigantes no desenvolvimento de produtos, estão trabalhando em novos motores elétricos sem ímãs. Solução pode revolucionar o mercado automotivo de veículos elétricos.
A Valeo e a Mahle, duas gigantes no desenvolvimento de produtos no mercado automotivo, estão desenvolvendo novos motores elétricos prontos para produção em série que não demandam ímãs. Isso contrasta com os conceitos livres de ímãs chamados de motores elétricos excitados externamente, ao contrário da maioria dos motores elétricos tradicionais.
Entenda como os novos motores elétricos sem ímãs da Valeo e Mahle são construídos
A expectativa é que estes novos motores elétricos sem ímãs entreguem entre 220 a 350 kW de potência. Os motores síncronos com excitação elétrica são utilizados principalmente pela Renault e pela BMW. Os novos motores elétricos da Valeo e Mahle provavelmente são destinados à Renault, com a qual o fornecedor francês, Valeo, já está cooperando.
O comunicado de imprensa da Mahle destaca que, com base em uma cooperação de desenvolvimento bem-sucedida entre a Valeo e um fabricante de veículos europeu nessa área, a Valeo agora busca desenvolver os segmentos superiores de veículos elétricos ao lado da parceira.
- Saiba o único recorde da Tesla que Elon Musk quer que você não saiba
- Luxo abandonado: Bugatti Veyron de US$ 2,6 milhões fica esquecido por 10 anos após prisão do dono russo
- Grave! Caminhoneiro é condenado à prisão após despejar ilegalmente 19 mil litros de óleo diesel no chão, causando danos graves ao meio ambiente
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
Assim como os propulsores assíncronos, os novos motores elétricos sem ímãs (EESM ou FSM para máquinas síncronas excitadas separadamente) são motores elétricos sem ímãs permanentes. Diferentemente dos convencionais, o campo magnético do rotor não é gerado por indução, mas por eletroímãs separados, ou seja, bobinas.
O problema é que, para que esses eletroímãs funcionem, é necessário alimentar o rotor com corrente. Há duas formas de fazer isso e, a mais simples é por meio de contatos deslizantes (escovas), mas isso gera um grande desgaste devido ao atrito. A Valeo e Mahle utilizam outra forma, ou seja, a indução. Para esse fim, os parceiros desenvolveram para o mercado automotivo um sistema Inner Brushless Electrical Excitation (iBEE).
Empresas já planejam melhorias significativas para o mercado automotivo
Um eixo elétrico está planejado. Na cooperação, a Mahle é responsável pelos rotores sem ímãs e usa sua tecnologia Mahle Contactless Transmitter (MCT) para isso. Conforme o comunicado da imprensa, a Valeo é responsável pelo controle do motor e do inversor. Os parceiros também buscam desenvolver um conceito inovador de resfriamento para os novos motores elétricos sem ímãs para alcançar uma alta relação entre potência contínua e potência de pico.
Isso acontece porque os motores elétricos sem ímãs esquentam durante a operação e, em seguida, seu desempenho cai significativamente. Em muitos carros elétricos do mercado automotivo, a potência de saída de 30 minutos é, portanto, muito menor do que a potência de pico, muitas vezes não chegando nem à metade.
Vantagens dos novos motores sem ímãs
As vantagens do novo eixo incluem uma pegada CO2 menor. Em comparação com as máquinas de ímã permanente (PSM) com a mesma potência, ele deve ter uma pegada de CO2 mais de 40% menor. Os testes dos primeiros protótipos devem ser concluídos até o final de 2024.
Segundo o chefe da divisão de propulsão da Valeo, Xavier Dupon essa colaboração com a Mahle é a união perfeita. A empresa está desenvolvendo o rotor EESM e seu sistema de excitação sem escovas para o mercado automotivo.
Com base em sua experiência em eletrônica de potência, a Valeo fornece o controle do motor elétrico e do sistema sem escovas, que é integrado ao inversor da Valeo.
O comunicado de imprensa continua afirmando que o primeiro projeto da Valeo tem como base em uma colaboração contínua entre a empresa e um fabricante de automóveis europeu desde 2022.