A Vale, em um momento em que vem avançando nas ofertas de soluções mais sustentáveis para suas siderurgias e de metais básicos, acaba de fazer um novo lançamento no mercado, o crédito de carbono.
A Vale fechou uma compra de 133 mil créditos de carbono florestais da mais alta integridade, o que é equivalente à proteção de cerca de 50 mil hectares de floresta, localizada em uma fazenda no Pará. O Grupo Algar, que mantém no Pará uma fazenda com áreas ainda maior que o município de São Paulo, fez a aquisição juntamente da Vale. Os mais de 130 mil créditos equivalem a mais de 130 mil toneladas de carbono não emitidos, que, ainda neste mês, será cotado entre US$ 10 e US$ 15 a tonelada para os mercados voluntários e 80 euros a toneladas para o mercado regulado.
A meta é proteger e recuperar mais de 500 mil hectares de florestas até o ano de 2030, segundo a mineradora. De acordo com a Algar, a compra de 133 mil créditos foi feita ainda no ano de 2022. Toda a operação se dá pelo Fundo Vale e da Algar Farming. Essa é a primeira vez que a Fundo Vale adota um projeto REDD+ (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation ou Redução de Emissões do Desmatamento e da Degradação de Florestas).
Todo o mecanismo serve para a recompensação de empresas e países que mantenham estoques de carbono por meio de manejos de florestas ou até mesmo que reduzam emissões de desmatamento. Atualmente, a Fundo Vale vem ajudando a proteger mais de um milhão de hectares, sendo cerca de 800 mil apenas na Amazônia. Em mais ou menos dois anos, a empresa desenvolveu mais cinco negócios e startups, fechando o total de mais 7 mil hectares de plantio, e também firmou um contrato com quase sete unidades de conservação, que fazendo a soma, chegam a 115 mil hectares.
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Benefícios para nativos
Seguindo desta primeira experiência com o projeto REDD+ da Algar, o plano do Fundo Vale é fomentar algumas outras iniciativas do gênero e, ao mesmo momento, apoiar o desenvolvimento de comunidades e cadeias – essa região tem cerca de cinco. “O Fundo planeja apoiar o crescimento do mercado de carbono a preço justo que seja atraente ao consumidor, justo com o desenvolvedor, mas, sobretudo, que o benefício do carbono seja revertido para quem vive da floresta e ajuda a protegê-la, o que chamamos de Carbono de Impacto”, comenta o gerente de Participações do Fundo Vale, Gustavo Luz.
Esse projeto, que teve início no ano de 2017, está na Fazenda Pacajá, da Algar Farming, nos municípios de Porto e Bagre na região do Marajó, norte do Pará. Ao todo, a fazenda tem 145,68 mil hectares, e a ideia inicial é preservar mais de 140 mil hectares de floresta nela, sendo uma das maiores áreas de manejo florestal sustentável de todo o País.
A meta é que em 30 anos de duração, tenha evitado a emissão de 40 milhões de toneladas de carbono. “O manejo florestal sustentável prioriza a permanência da floresta em pé, já que sua existência é o que garante a sobrevivência econômica da atividade florestal”, fecha a executiva de floresta da Algar Farming, Luciana Di Paula.