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Vale e Sinobras fecham parceria para projeto de nova planta para produção de aço em Marabá

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 11/05/2022 às 14:41
As companhias Vale e Sinobras assinaram um termo de compromisso para o mais novo projeto no ramo da mineração em Marabá, que consiste em uma planta de produção de aço a partir do ferro gusa que será oferecido pela subsidiária da Vale, a Tecnored
Foto: James/iStock

As companhias Vale e Sinobras assinaram um termo de compromisso para o mais novo projeto no ramo da mineração em Marabá, que consiste em uma planta de produção de aço a partir do ferro gusa que será oferecido pela subsidiária da Vale, a Tecnored

Durante essa última segunda-feira, (09/05), as companhias Vale e Sinobras fecharam uma parceria com a assinatura de um termo de compromisso para um projeto de mineração em Marabá, município do Pará. Assim, a subsidiária da Vale, Tecnored, será responsável pelo abastecimento de ferro gusa na planta de produção de aço, com o objetivo de expandir a exploração desse recurso no estado do Pará e trazer novas perspectivas para as empresas no ramo.

Planta de produção de aço a partir de ferro gusa no Pará é o mais novo projeto da Vale e da Sinobras para expansão no mercado da mineração no Brasil 

A Vale e a Siderúrgica Norte Brasil S.A. (Sinobras), empresa do Grupo Aço Cearense, firmaram um termo de compromisso nesta semana para uma planta de produção de aço no município de Marabá. Assim, a aciaria contará com o abastecimento da Tecnored de ferro gusa, material que será utilizado para a produção do metal e comercialização após todo o refino do aço dentro do novo projeto das empresas. 

A Tecnored é uma das subsidiárias da Vale e fornecerá o ferro gusa para a produção inicial de tarugos de aço, materiais utilizados como matéria-prima pelas siderúrgicas no processo de laminação a quente, podendo resultar em vários tipos de produtos como barras, perfis, fio máquina, vergalhão CA50, entre outros. Além disso, o próprio grupo Vale será responsável por parte do investimento que será aplicado na construção da planta de produção de aço no estado do Pará, embora as empresas não tenham divulgado os valores concretos para o projeto. 

Ademais, a Sinobras será a responsável por todos os estudos em relação à geomorfologia do local, visando garantir o melhor aproveitamento do espaço adquirido para a produção de aço a partir do ferro gusa. Outro anúncio que foi feito é que o projeto deve ser concluído até o fim de 2023 e o cronograma de obras detalhado será apresentado a partir da fase de estudos de engenharia. Essa é a nova aposta da Sinobras para expandir a produção de aço no Brasil e a Vale entrou no projeto como parceira visando mais uma planta de alta produtividade na mineração. 

Projeto para produção de aço das companhias será essencial para o desenvolvimento da região de Marabá e a expansão das companhias na mineração 

A reunião para a assinatura do termo de compromisso entre as empresas contou com a participação do governador do Estado do Pará, Helder Barbalho; do prefeito de Marabá, Tião Miranda; do presidente do Grupo Aço Cearense, Vilmar Ferreira; do vice-presidente de operações do Grupo Aço Cearense, Ian Corrêa; e do diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. Assim, foram discutidos todos os cenários que serão vistos ao longo do ano de 2021 no projeto. 

Dessa forma, Tião Miranda ressaltou a importância do projeto de produção de aço para a região e afirmou que “Vai começar com 250 mil toneladas de ferro gusa, usando uma nova tecnologia mais sustentável, que é o Tecnored, e vão transformar em aço, chegando a 500 mil toneladas, já com um comprador que vai industrializar e que tem expertise nisso, que é a Sinobras. Mineração sem verticalização não traz desenvolvimento para a região, por isso nós precisamos verticalizar o nosso minério para trazer desenvolvimento e emprego de qualidade”.

Por fim, as empresas Vale e Sinobras destacaram a relevância da iniciativa para a expansão na mineração, já que a produção da Sinobras que hoje é de 350 mil toneladas/ano, vai mais que dobrar e será expandida para 850 mil toneladas/ano, um crescimento significativo para a companhia.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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