A vacinação contra a brucelose em Minas protege a saúde animal e já imunizou mais de 1,3 milhão de bezerras. Segunda etapa vai até dezembro. Produtores devem declarar no IMA. Saiba como funciona a vacinação, prazos, regras e vacinas indicadas
A vacinação contra a brucelose em Minas tem movimentado produtores rurais e instituições responsáveis pela saúde animal em todo o estado.
Esse esforço coletivo já trouxe resultados que chamam a atenção e mostram como a união pode transformar a realidade da pecuária mineira.
Na primeira etapa da campanha, mais de 1,3 milhão de bezerras receberam a imunização, ultrapassando a meta inicial estipulada pelas autoridades, segundo uma matéria publicada.
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Agora, o desafio continua com a segunda fase, que já está em andamento e exige organização por parte dos pecuaristas.
Além de ser uma exigência legal, a vacinação é um investimento que traz benefícios diretos para quem depende do campo e do rebanho bovino. A brucelose é uma doença que afeta tanto animais quanto seres humanos e causa perdas importantes na produção.
Por isso, a proteção das bezerras significa mais segurança para toda a cadeia produtiva e também para o consumidor final.
Com prazos definidos e regras claras, os produtores precisam se planejar para não perder os benefícios da campanha. Quem atua na pecuária sabe que cada ação feita no tempo certo evita prejuízos e garante mais estabilidade no futuro.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) acompanha todo o processo e reforça a importância de manter o compromisso com a vacinação, que representa também o compromisso com a saúde pública.
O impacto da primeira etapa da vacinação
A vacinação contra a brucelose em Minas mostrou um avanço significativo no primeiro semestre de 2025. Mais de 1,3 milhão de bezerras foram imunizadas, o que correspondeu a 52,8% dos animais na faixa de 3 a 8 meses de idade.
Esse índice superou a meta mínima de 40% estabelecida pelo IMA, o que demonstra o engajamento de grande parte dos pecuaristas.
Esse resultado não aconteceu por acaso. Ele foi fruto de um trabalho constante de conscientização e acompanhamento realizado pelo IMA, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT).
O programa busca manter um padrão de saúde que seja referência para todo o Brasil, e Minas Gerais se mostrou alinhada com esse objetivo.
O cumprimento dessa etapa fortalece a confiança de que o estado pode alcançar a meta nacional estipulada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O objetivo é atingir, ao final das duas fases anuais, uma cobertura mínima de 80% das bezerras vacinadas. Para que isso aconteça, o esforço da segunda etapa será decisivo.
Segunda etapa da vacinação contra a brucelose em Minas: prazos e responsabilidades
Agora, a vacinação contra a brucelose em Minas entrou em uma nova fase. Os produtores que têm bezerras de 3 a 8 meses de idade no segundo semestre precisam realizar a imunização até 31 de dezembro de 2025.
Após essa data, o prazo para declarar o procedimento ao IMA vai até 10 de janeiro de 2026. Essa declaração deve ser feita por meio da apresentação de um atestado emitido por um médico-veterinário cadastrado.
Esse profissional também é responsável por realizar a aplicação da vacina, garantindo que o processo seja feito corretamente e seguindo as normas de segurança.
O registro no Escritório Seccional do IMA é obrigatório e dá validade legal ao procedimento. É importante lembrar que o descumprimento das regras pode trazer consequências sérias.
Entre elas estão a aplicação de autos de infração, a impossibilidade de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e até restrições no fornecimento de leite para cooperativas e laticínios.
Essas medidas existem para reforçar a importância da vacinação e proteger não apenas os rebanhos individuais, mas toda a cadeia produtiva.
Tipos de vacinas usadas
Durante a vacinação contra a brucelose em Minas, podem ser utilizadas duas vacinas principais para bezerras bovinas: a B19 e a RB51.
Cada uma delas possui orientações específicas de aplicação e marcação, que devem ser seguidas de acordo com as recomendações técnicas. Já no caso das fêmeas bubalinas, a orientação é de utilizar exclusivamente a B19.
Essas vacinas são aplicadas apenas em bezerras com idade entre 3 e 8 meses. A imunização de machos e de fêmeas gestantes não é permitida, pois pode trazer riscos para os animais.
Essa regra existe para garantir a segurança e a eficácia do processo, preservando a saúde dos rebanhos. Ao proteger as bezerras ainda jovens, a imunização garante que elas tenham resistência à doença durante toda a vida reprodutiva.
Isso significa menos perdas por abortos, maior estabilidade na produção de leite e melhor aproveitamento do rebanho como um todo.
Além disso, a proteção dos animais ajuda a reduzir o risco de transmissão da brucelose para seres humanos, reforçando o papel da campanha na saúde pública.
Incentivos e apoio durante a vacinação
A vacinação contra a brucelose em Minas também conta com incentivos que facilitam o cumprimento das normas.
O Governo de Minas tem adotado medidas para estimular os pecuaristas a manterem a regularidade, incluindo campanhas de conscientização e uma rede de atendimento regionalizada que facilita o acesso às orientações.
O IMA também realiza fiscalizações periódicas, não apenas para cobrar, mas para orientar os produtores sobre a importância da imunização.
Essa abordagem busca transformar a vacinação em uma prática constante e integrada à rotina da pecuária mineira.
Um exemplo de apoio aconteceu em 2024, quando o país enfrentou um desabastecimento de vacinas. Para evitar prejuízos, o IMA publicou a Portaria nº 2.313/24, prorrogando prazos de vacinação e de declaração.
Essa decisão garantiu que Minas mantivesse bons índices de imunização, mesmo diante de dificuldades. Naquele ano, a primeira etapa alcançou 64,7% de bezerras vacinadas, mostrando que o esforço coletivo faz diferença.
A vacinação contra a brucelose em Minas não é apenas uma exigência legal, mas também uma medida essencial para a saúde animal, para a segurança alimentar e para a valorização da pecuária mineira.
Cumprir os prazos, seguir as regras e entender a importância desse processo fortalece toda a cadeia produtiva, do pequeno produtor até o consumidor final.