Entenda o que o Código de Trânsito Brasileiro realmente permite e saiba como usar a tecnologia sem infringir a lei
O uso de aplicativos de navegação que alertam sobre radares de velocidade virou uma prática comum entre motoristas brasileiros. Desde 2023, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não traz nenhuma proibição direta ao uso desses aplicativos.
Eles são aceitos quando apenas informam a localização de radares fixos ou indicam limites de velocidade. Aplicativos populares como Waze e Google Maps continuam permitidos, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), em nota publicada em 2024.
Esses apps funcionam como ferramentas de consulta de rotas e informações gerais, e não como instrumentos para burlar a fiscalização. Mesmo assim, o motorista deve evitar manusear o celular enquanto dirige, pois essa ação gera infração gravíssima, conforme o artigo 252, inciso V, do CTB.
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Em alguns países da Europa, o uso desses aplicativos enfrenta restrições. No Brasil, porém, a legislação autoriza seu uso quando o condutor não interfere na fiscalização nem atrapalha a leitura das infrações. Essa liberdade garante mais segurança e previsibilidade nas estradas.
Quais equipamentos são considerados ilegais no trânsito brasileiro
O artigo 230, inciso III, do CTB proíbe o uso de equipamentos que ocultem, impeçam ou dificultem a artigo 230, inciso III, do CTB proíbe equipamentos que escondem, impedem ou dificultam a identificação da placa do veículo. Ele também veta qualquer dispositivo que bloqueie o funcionamento de radares eletrônicos.
Esses aparelhos, conhecidos como anti-radares, perderam validade legal desde a atualização da norma em 2016 e continuam proibidos em 2025. Entre os itens que resultam em infração gravíssima, sete pontos na CNH, multa e remoção do veículo, estão:
- Bloqueadores eletrônicos que interferem na leitura dos radares.
- Películas ou capas que reduzem a visibilidade da placa.
- Dispositivos que alteram ou escondem caracteres da placa veicular.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) reforça que a fiscalização eletrônica identifica com facilidade esses equipamentos. O uso desses dispositivos gera punições severas, como apreensão do veículo e suspensão da CNH.
Como usar a tecnologia a favor da segurança no trânsito
Usar a tecnologia de maneira consciente e dentro das normas é essencial para quem busca dirigir com segurança e evitar multas.
Aplicativos de localização e de alerta de radares funcionam como ferramentas de apoio, ajudando o motorista a respeitar os limites de velocidade e diminuir o número de acidentes.
Mesmo assim, a tecnologia nunca substitui a atenção ao volante. Ela deve servir como aliada da direção defensiva, e não como justificativa para descumprir as regras.
O ideal é escolher aplicativos legalizados e atualizados, garantindo um uso responsável e preventivo.
Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgados em 2024, mostram que mais de 65% das autuações por excesso de velocidade ocorreram em trechos sinalizados. Esses números reforçam a importância do uso inteligente da tecnologia e da atenção constante ao trânsito.
Principais pontos sobre a legalidade dos apps de radar
Para dirigir conforme a lei e evitar multas, o motorista deve observar os seguintes pontos:
- Aplicativos de navegação e alerta de radar fixo são permitidos, desde que não interfiram na fiscalização.
- Equipamentos que dificultem a leitura da placa ou bloqueiem radares configuram infração gravíssima.
- Usar tecnologia no trânsito exige responsabilidade e respeito às normas atuais.
- Manter-se informado é o melhor caminho para garantir segurança e consciência nas estradas.
Com base nas normas em vigor até outubro de 2025, o uso de aplicativos como Waze e Google Maps está autorizado em todo o território nacional. Essa permissão vale enquanto não houver interferência na fiscalização eletrônica.
Afinal, a informação é a melhor aliada para quem busca segurança, economia e tranquilidade nas estradas. Você está usando seus aplicativos de navegação de forma segura e de acordo com a lei?



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