A construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte tem sido amplamente criticada, especialmente por seus impactos ambientais e sociais, como o desmatamento. O Greenpeace, por exemplo, uma organização ambiental, já chegou a afirmar que a hidrelétrica de Belo Monte “resultou em uma pilha de problemas sociais, ambientais e econômicos”.
No entanto, ao portal CPG, a Norte Energia, concessionária responsável pela usina, revelou uma série de benefícios e medidas adotadas que podem mudar a percepção sobre este monumental projeto.
Segundo a concessionária, Belo Monte, que custou R$ 40 bilhões conforme os números atualizados em 2024, trouxe melhorias significativas para a região, incluindo a construção de um hospital, saneamento básico e um complexo penitenciário.
Segundo a empresa, essas melhorias visam não apenas atender às demandas da população local, mas também compensar os impactos ambientais e sociais da usina.
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Licenças ambientais
A Norte Energia explicou que, durante a construção de Belo Monte, o Ibama emitiu autorizações com a delimitação de polígonos para os locais de trabalho. A área de supressão de vegetação realizada corresponde a apenas 0,04% da área total da bacia do rio Xingu e 0,0045% da Amazônia Legal.
Além disso, a empresa realizou trabalhos de resgate de grupos de plantas e animais, evitando que a vegetação alagada gerasse gases de efeito estufa, uma vez que as plantas submersas emitem gás carbônico durante sua decomposição.
De acordo com a Norte Energia, os projetos de reflorestamento no Médio Xingu recuperaram, até junho de 2024, uma área equivalente a 3 mil campos de futebol. Foram plantadas 1,7 milhão de mudas nativas de 159 espécies, algumas ameaçadas, como acapu, mogno, castanheira e pau-cravo. A meta da empresa é recuperar 7,6 mil hectares até 2045, o que corresponderá a 5,5 milhões de mudas nativas plantadas na região amazônica.
Conforme a empresa, nenhuma Terra Indígena foi alagada pelo projeto, e nenhuma comunidade indígena precisou deixar seu local de origem. Antes de Belo Monte, os indígenas da região somavam 2 mil em 26 aldeias. Atualmente, são 8.675 – 5.203 indígenas aldeados e 3.472 em contexto urbano/ribeirinho – de nove etnias diferentes do Médio Xingu.
Belo Monte e os investimentos em programas sociais
Desde a implantação da usina, a Norte Energia investiu cerca de R$ 1,2 bilhão em 42 programas e projetos aprovados pela Funai em 2012, com destaque em educação, saúde, preservação do patrimônio cultural, atividades produtivas e proteção territorial e ambiental.
A empresa também explicou que estruturou e mantém desde 2015 o Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da Funai, que vigia 98% das Terras Indígenas do país, onde vivem 867,9 mil indígenas. “Essa ferramenta monitora e analisa imagens e dados para combater desmatamentos, degradação, incêndios florestais e ocupação e uso criminoso em cerca de 600 Terras Indígenas da Amazônia Legal”, explica a Norte Energia.
Relacionamento com as comunidades indígenas
Ainda sobre o relacionamento com as comunidades indígenas, a empresa diz que mantém um diálogo permanente com os povos do Médio Xingu. “As interações diárias e reuniões tripartites envolvem representantes indígenas e do órgão indigenista para discutir e analisar as ações em execução”, afirma.
A Norte Energia também ressaltou os benefícios diretos e indiretos para a região, como geração de empregos, royalties e segurança energética. Além disso, a construção de Belo Monte trouxe outros fatores positivos:
- Na saúde, foi construído o Hospital Geral de Altamira, com capacidade de 100 leitos para atendimento a casos de alta e média complexidade. A Norte Energia também equipou o hospital e construiu 32 Unidades Básicas de Saúde nos cinco municípios ao redor da usina e outras 32 Unidades Básicas de Saúde Indígena em Terras Indígenas.
- Houve uma queda de 97% nos casos de malária nos cinco municípios da área de influência da hidrelétrica, resultado de um programa conduzido pela companhia para combater a doença, que é endêmica na região.
- A Norte Energia construiu 609 km de redes de água e esgoto e implantou 92% da rede de saneamento de Altamira, conectando 19 mil imóveis.
- Na educação, a empresa reforçou a infraestrutura dos cinco municípios vizinhos ao empreendimento com 78 obras, representando cerca de 492 salas de aula construídas e/ou reformadas, beneficiando diretamente 23,2 mil alunos. Também foram construídos espaços pedagógicos, como salas de informática e de leitura.
- Na segurança, a Norte Energia construiu o Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu, reformou unidades policiais e doou 80 veículos e um helicóptero para a Secretaria de Segurança Pública de Altamira.
Com isso, notamos que a Norte Energia destaca os inúmeros benefícios que a construção de Belo Monte trouxe para a região, contrastando com as críticas sobre os impactos ambientais. A pergunta que fica, leitor: será que essas medidas compensam os danos causados? O que você acha?