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Usina Hidrelétrica Belo Monte custou 40 bilhões e trouxe benefícios como hospital, saneamento básico e até complexo penitenciário; veja todos os benefícios da gigante fonte energética

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 07/08/2024 às 22:25
Usina Hidrelétrica Belo Monte. (Imagem/ divulgação: Norte Energia)
Usina Hidrelétrica Belo Monte. (Imagem/ divulgação: Norte Energia)

A construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte tem sido amplamente criticada, especialmente por seus impactos ambientais e sociais, como o desmatamento. O Greenpeace, por exemplo, uma organização ambiental, já chegou a afirmar que a hidrelétrica de Belo Monte “resultou em uma pilha de problemas sociais, ambientais e econômicos”.

No entanto, ao portal CPG, a Norte Energia, concessionária responsável pela usina, revelou uma série de benefícios e medidas adotadas que podem mudar a percepção sobre este monumental projeto.

Segundo a concessionária, Belo Monte, que custou R$ 40 bilhões conforme os números atualizados em 2024, trouxe melhorias significativas para a região, incluindo a construção de um hospital, saneamento básico e um complexo penitenciário.

Segundo a empresa, essas melhorias visam não apenas atender às demandas da população local, mas também compensar os impactos ambientais e sociais da usina.

Licenças ambientais

A Norte Energia explicou que, durante a construção de Belo Monte, o Ibama emitiu autorizações com a delimitação de polígonos para os locais de trabalho. A área de supressão de vegetação realizada corresponde a apenas 0,04% da área total da bacia do rio Xingu e 0,0045% da Amazônia Legal.

Além disso, a empresa realizou trabalhos de resgate de grupos de plantas e animais, evitando que a vegetação alagada gerasse gases de efeito estufa, uma vez que as plantas submersas emitem gás carbônico durante sua decomposição.

De acordo com a Norte Energia, os projetos de reflorestamento no Médio Xingu recuperaram, até junho de 2024, uma área equivalente a 3 mil campos de futebol. Foram plantadas 1,7 milhão de mudas nativas de 159 espécies, algumas ameaçadas, como acapu, mogno, castanheira e pau-cravo. A meta da empresa é recuperar 7,6 mil hectares até 2045, o que corresponderá a 5,5 milhões de mudas nativas plantadas na região amazônica.

Conforme a empresa, nenhuma Terra Indígena foi alagada pelo projeto, e nenhuma comunidade indígena precisou deixar seu local de origem. Antes de Belo Monte, os indígenas da região somavam 2 mil em 26 aldeias. Atualmente, são 8.675 – 5.203 indígenas aldeados e 3.472 em contexto urbano/ribeirinho – de nove etnias diferentes do Médio Xingu.

Belo Monte e os investimentos em programas sociais

Desde a implantação da usina, a Norte Energia investiu cerca de R$ 1,2 bilhão em 42 programas e projetos aprovados pela Funai em 2012, com destaque em educação, saúde, preservação do patrimônio cultural, atividades produtivas e proteção territorial e ambiental.

A empresa também explicou que estruturou e mantém desde 2015 o Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da Funai, que vigia 98% das Terras Indígenas do país, onde vivem 867,9 mil indígenas. “Essa ferramenta monitora e analisa imagens e dados para combater desmatamentos, degradação, incêndios florestais e ocupação e uso criminoso em cerca de 600 Terras Indígenas da Amazônia Legal”, explica a Norte Energia.

Relacionamento com as comunidades indígenas

Ainda sobre o relacionamento com as comunidades indígenas, a empresa diz que mantém um diálogo permanente com os povos do Médio Xingu. “As interações diárias e reuniões tripartites envolvem representantes indígenas e do órgão indigenista para discutir e analisar as ações em execução”, afirma.

A Norte Energia também ressaltou os benefícios diretos e indiretos para a região, como geração de empregos, royalties e segurança energética. Além disso, a construção de Belo Monte trouxe outros fatores positivos:

  • Na saúde, foi construído o Hospital Geral de Altamira, com capacidade de 100 leitos para atendimento a casos de alta e média complexidade. A Norte Energia também equipou o hospital e construiu 32 Unidades Básicas de Saúde nos cinco municípios ao redor da usina e outras 32 Unidades Básicas de Saúde Indígena em Terras Indígenas.
  • Houve uma queda de 97% nos casos de malária nos cinco municípios da área de influência da hidrelétrica, resultado de um programa conduzido pela companhia para combater a doença, que é endêmica na região.
  • A Norte Energia construiu 609 km de redes de água e esgoto e implantou 92% da rede de saneamento de Altamira, conectando 19 mil imóveis.
  • Na educação, a empresa reforçou a infraestrutura dos cinco municípios vizinhos ao empreendimento com 78 obras, representando cerca de 492 salas de aula construídas e/ou reformadas, beneficiando diretamente 23,2 mil alunos. Também foram construídos espaços pedagógicos, como salas de informática e de leitura.
  • Na segurança, a Norte Energia construiu o Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu, reformou unidades policiais e doou 80 veículos e um helicóptero para a Secretaria de Segurança Pública de Altamira.

Com isso, notamos que a Norte Energia destaca os inúmeros benefícios que a construção de Belo Monte trouxe para a região, contrastando com as críticas sobre os impactos ambientais. A pergunta que fica, leitor: será que essas medidas compensam os danos causados? O que você acha?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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