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Usina de Santa Helena não deve retomar a produção de etanol em até 2 anos, afirma Raízen

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 25/01/2023 às 12:28
O plano da companhia é chegar às 20 plantas de etanol de segunda geração em suas unidades pelos próximos anos. Agora, a Raízen afirmou que as usinas Vale do Rosário e Gasa serão incluídas no projeto.
Foto: Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba

A usina de etanol foi paralisada devido à baixa produtividade de cana-de-açúcar na região, bem como um déficit na oferta do produto. A Raízen destacou que a produção de Santa Helena deve continuar parada por mais 2 anos, conforme previsto.

As projeções para o futuro da usina de Santa Helena da Raízen para esta quarta-feira, (25/01), não são nada animadoras. Após alguns meses paralisada, a companhia afirmou que continuará assim por cerca de mais dois anos, devido à baixa produtividade de cana-de-açúcar. Ela destaca ainda que haverá uma tomada de decisão posterior quanto ao futuro da produção de etanol na planta, mas, por hora, ela seguirá paralisada.

Raízen não pretende retomar a produção de etanol na usina de Santa Helena nos próximos 2 anos, devido à baixa produtividade de matéria-prima

O mês de novembro de 2022 marcou a paralisação por tempo indeterminado da usina de Santa Helena, da companhia Raízen, que direcionou a matéria-prima da planta para outras estações.

Após alguns meses desde a tomada da decisão, a companhia energética voltou a falar sobre o assunto, destacando que ainda não tem planos para o futuro da usina.

Segundo ela, Santa Helena deve continuar paralisada pelos próximos dois anos, em razão da baixa produtividade de cana-de-açúcar na região.

As informações sobre a continuidade da paralisação da produção de etanol foram divulgadas pelo diretor industrial da companhia, Juliano Oliveira.

Ele destacou que no polo de Piracicaba — o qual é onde a usina se encontra e que também inclui as unidades São Francisco, Rafard e Costa Pinto — foi identificada uma discrepância significativa entre a quantidade de cana disponível e a capacidade de moagem.

Dessa forma, toda a cadeia de produção de etanol na usina Santa Helena acabou sendo prejudicada, levando a tomada da decisão da paralisação.

“Estamos com um mix de 70% de cana de terceiros e 30% de cana própria por lá, enquanto a Raízen como um todo é 50% a 50%. Como tínhamos esse déficit de matéria-prima, optamos por fazer a hibernação da Santa Helena e, com o volume que temos, conseguimos moer tranquilamente dentro dos três bioparques do polo”, destaca.

Companhia realizou discussões internas sobre futuro da produção de etanol na usina Santa Helena, mas a hibernação ainda foi a decisão mais aceita

O diretor da Raízen afirmou também que, recentemente, houve discussões internas sobre o andamento da usina e o futuro da produção de etanol em Santa Helena.

No entanto, a decisão mais sensata na visão dos representantes internos é manter a hibernação por, pelo menos, mais dois anos.

“Se conseguirmos ver oportunidades, tanto para comprar a cana quanto de sinergia com outros grupos, ou qualquer coisa que reative a Santa Helena, voltaremos com ela”, disse ele.

A Raízen não descarta a possibilidade da retomada da produção de etanol na planta, mas precisa das condições corretas da produtividade da matéria-prima para isso.

Dessa forma, Santa Helena seguirá intacta, sem modificações, até que um cenário mais favorável seja instalado na região.

A empresa acredita ser possível encontrar condições favoráveis para retomar as operações no local após alguns anos de hibernação.

Por hora, a paralisação da produção de etanol na usina de Santa Helena ainda é o cenário mais favorável para as operações da Raízen.

Conheça a Raízen

“Referência global em bioenergia, somos protagonistas na transição energética e estamos redefinindo o futuro da energia. Estamos entre os maiores grupos empresariais privados do Brasil e nosso time é nosso maior diferencial: mais de 40 mil funcionários e 15 mil parceiros de negócios espalhados pelo país.”

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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