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Usiminas espera estabilidade na demanda do mercado interno de aço, mas prevê aumento nos gastos durante terceiro trimestre do ano

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 02/08/2022 às 20:28
Após bons resultados na arrecadação do mercado interno no segundo trimestre de 2022, a Usiminas agora espera que haja uma continuidade na demanda de aço no território nacional, embora projete aumentos nos gastos pelos próximos meses.
Foto: Usiminas

Após bons resultados na arrecadação do mercado interno no segundo trimestre de 2022, a Usiminas agora espera que haja uma continuidade na demanda de aço no território nacional, embora projete aumentos nos gastos pelos próximos meses.

A companhia do ramo da siderurgia e indústria Usiminas está com projeções positivas para a demanda de aço no mercado interno durante os próximos meses, uma vez que, durante o segundo trimestre do ano, os resultados foram bastante positivos para a companhia. Apesar disso, a retomada das operações para a produção no alto-forno 3 necessitará de um aumento nos gastos no próximo trimestre, em razão da matéria-prima e demais equipamentos na estrutura.

Segundo trimestre de 2022 foi bastante positivo para a Usiminas e a companhia espera uma estabilidade no mercado interno quanto à demanda de aço 

Em entrevista recente acerca dos resultados da companhia nos últimos meses, o presidente da Usiminas, Alberto Ono, destacou que o ano de 2022 vem sendo bastante positivo para a empresa e que o segundo trimestre do ano, em específico, conseguiu bons resultados financeiros na comercialização de aço no Brasil. Ele ainda destacou que a empresa conseguiu se manter resiliente no mercado interno, mesmo com as influências do cenário internacional. 

Isso, pois a guerra entre a Ucrânia e a Rússia vem afetando de forma significativa os mercados de nações do mundo inteiro, incluindo o Brasil. Dessa forma, houve um forte aumento nos valores dos insumos, custos de produção e demais gastos na comercialização do aço no Brasil. No entanto, o segundo trimestre do ano ainda foi bastante favorável à companhia, que espera agora que os números se mantenham durante os próximos meses, projetando uma estabilidade no mercado interno quanto à demanda do produto. 

O vice-presidente comercial, Miguel Homes, confirmou que as projeções da Usiminas quanto à demanda apontam que o consumo de aço no Brasil vem assumindo uma postura mais estável nos últimos meses. Já o vice-presidente de finanças, Thiago Rodrigues, disse que o setor automotivo ainda é o principal problema da empresa no mercado interno, em razão da volatilidade do consumo do produto, mas que o segmento industrial vem puxando o aquecimento na demanda do aço, além do agronegócio, que vem expandindo de forma considerável e causando bons resultados à companhia siderúrgica. 

Gastos com matéria-prima para retomada da produção do alto-forno 3 pode afetar o capital de giro da companhia, mesmo com alta demanda de aço no país 

Embora as projeções para o mercado interno quanto à demanda de aço estejam bastante favoráveis, nem tudo se mantém perfeito quando o assunto é a comercialização de matéria-prima e a Usiminas prevê agora um aumento nos gastos para haver a retomada da produção no alto-forno 3, uma vez que há a necessidade de investimentos para isso. Além disso, Rodrigues foi questionado sobre a possibilidade da Usiminas investir em uma linha de aço galvanizado, e afirmou que esse não é o foco atual da empresa, mas que pode ocorrer. 

Já o presidente da Usiminas, Alberto Ono, ressaltou o resgate antecipado da primeira série da 7ª emissão de debêntures, com valor de R$ 700 milhões e vencimento em 2023 e afirmou que “Foi uma operação interessante, porque nos deu mais prazo e custos menores”, quanto aos resultados no mercado interno brasileiro. Além disso, ele confirmou que a Usiminas pagou R$ 2,1 bilhões em dividendos no ano passado. 

Dessa forma, a empresa terá que observar o aumento nos gastos de produção ao longo do terceiro trimestre do ano, enquanto aproveita a alta demanda de aço no mercado interno nacional para conseguir compensar nos custos operacionais que estão cada vez mais em alta. 

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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