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US$ 13,5 bilhões: Pentágono recorre à SpaceX de Elon Musk, Blue Origin de Jeff Bezos e à ULA para garantir vantagem espacial

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 05/04/2025 às 13:51
Blue Origin, SpaceX
Foto: Reprodução
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Em uma nova etapa da corrida espacial moderna, o Pentágono anunciou um investimento de US$ 13,5 bilhões em empresas privadas como SpaceX, Blue Origin e ULA. A iniciativa busca reforçar a presença dos Estados Unidos no espaço

Em uma nova investida para manter a supremacia dos Estados Unidos no espaço, o Pentágono anunciou um pacote de contratos que pode chegar a US$ 13,5 bilhões. As gigantes do setor privado — SpaceX, de Elon Musk; Blue Origin, de Jeff Bezos; e a tradicional United Launch Alliance (ULA) — foram escolhidas para liderar essa ofensiva tecnológica

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou uma decisão histórica. Pela primeira vez, três empresas dividirão as missões mais críticas de lançamento espacial do país. O valor total dos contratos chega a impressionantes US$ 13,5 bilhões. O anúncio foi feito no dia 4 de abril.

Essas missões envolvem o que há de mais sensível e importante para a segurança nacional dos EUA.

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São lançamentos que colocam em órbita sistemas de comunicação militar e satélites de alerta de mísseis, entre outras tecnologias estratégicas.

Três gigantes, uma missão

A SpaceX, de Elon Musk, a United Launch Alliance (ULA), e a Blue Origin, de Jeff Bezos, foram as escolhidas.

Elas atuarão na chamada Fase 3 Faixa 2 do programa National Security Space Launch (NSSL), voltado exclusivamente para missões com exigência máxima de confiabilidade.

Ao todo, são 54 lançamentos previstos entre os anos fiscais de 2025 e 2029. Mas, como é comum nesse tipo de operação, as decolagens reais só devem começar a partir de 2027, por conta do tempo necessário de preparação e integração.

Divisão dos contratos

A SpaceX lidera a lista. A empresa será responsável por 28 das 54 missões. O valor total de seu contrato é de US$ 5,92 bilhões.

Na sequência vem a ULA, com 19 missões e um contrato de US$ 5,37 bilhões. A Blue Origin aparece pela primeira vez neste tipo de acordo, com sete lançamentos e um valor total de US$ 2,39 bilhões.

No caso da Blue Origin, os voos dependem da certificação do foguete New Glenn, ainda em fase de desenvolvimento.

As missões da empresa só devem começar no segundo ano do contrato, quando essa etapa estiver completa.

O que está em jogo

Esses lançamentos não são apenas técnicos. Eles sustentam a espinha dorsal da presença militar americana no espaço. Satélites de defesa, sistemas de alerta, comunicação segura. Tudo isso depende desses voos.

O lançamento espacial de segurança nacional não é apenas um programa. É uma necessidade estratégica”, disse o General Chance Saltzman, da Força Espacial dos EUA. “Nossos combatentes dependem dessas capacidades para lutar e vencer.”

Estratégia de duas faixas

A fase atual do programa traz uma novidade: a estratégia de faixas duplas. A Via 1 abrange missões mais simples e comerciais. Já a Via 2, foco desta matéria, trata das missões mais sensíveis e de alto risco.

Das 84 missões previstas na Fase 3, 54 estão incluídas nessa Faixa 2 — a mais exigente. A ideia é garantir flexibilidade e ao mesmo tempo segurança máxima nos lançamentos.

Distribuição anual das missões

A cada ano, entre 2025 e 2029, novas missões serão atribuídas às empresas participantes. As definições de quem faz o quê serão divulgadas sempre em outubro, mês oficial para as decisões no setor.

Todo o processo será supervisionado pelo Comando de Sistemas Espaciais, em parceria com o Escritório Nacional de Reconhecimento.

Ambos irão compor o conselho responsável pela distribuição das missões e garantir a integração entre as partes.

Foco na prontidão militar

Segundo a Brigadeira-General Kristin Panzenhagen, o resultado desses contratos é claro: acesso garantido ao espaço para proteger os interesses dos EUA. “Esse prêmio é o ápice de quase três anos de colaboração entre governo e indústria”, afirmou.

O objetivo é manter a prontidão militar americana elevada e reforçar a capacidade de resposta em caso de ameaças. Além disso, os contratos também servem para fortalecer a base industrial do país e estimular a inovação no setor aeroespacial.

As próximas etapas já estão marcadas. Com a estratégia definida, as empresas se preparam para um cronograma intenso de lançamentos. E os EUA mostram, mais uma vez, que o espaço continua sendo uma prioridade estratégica — e bilionária.

Com informações de United States Space Force.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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