O primeiro poço que a Petrobras pretende perfurar fica a 500 km da foz do rio Amazonas
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou que a estatal prevê a exploração de petróleo e gás na foz do Rio Amazonas. No vídeo divulgado, Prates argumenta que o primeiro poço que a Petrobras pretende perfurar fica a 500 km da foz do rio Amazonas, a mesma distância que separa Rio de Janeiro e São Paulo.
“A perfuração do primeiro poço será um trabalho temporário, com duração prevista de apenas 5 meses. Em quase 7 décadas de trajetória, a gente se orgulha de nunca ter registrado um vazamento ou blow out durante a atividade de perfuração em alto-mar. Com o resultado da fase de investigação e perfuração, a sociedade terá o direito de saber qual é o real potencial dessa área, e a partir daí vamos aprofundar o debate sobre a continuidade ou não do projeto”, diz o presidente da Petrobras.
Projeto pode entrar em conflito com a área ambiental do governo atual
O projeto para a exploração de petróleo e gás na foz do Rio Amazonas pode gerar um conflito entre o presidente da Petrobras e a área ambiental do governo federal. Durante a campanha de 2022, o atual presidente da república defendeu pautas ambientais e garantiu em vários eventos sua colaboração com as propostas para diminuir os impactos no meio ambiente.
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Vale lembrar que, para avançar, a proposta de Jean Paul Prates no setor de petróleo e gás depende de aval do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Para completar, o instituto é subordinado ao governo federal por meio do Ministério do Meio Ambiente.
Ministra acaba defendendo a exploração de petróleo e gás da foz do Rio Amazonas
Em entrevista ao site Sumaúma, a Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil Marina Silva pareceu defender o projeto da Petrobras. A política e ambientalista afirmou que enxerga a exploração de petróleo e gás na foz do Rio Amazonas com a mesma visão que teve da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. “É altamente impactante, e temos instrumentos para lidar com projetos altamente impactantes”, conclui.
A foz do Rio Amazonas faz parte da Margem Equatorial, área considerada nova fronteira exploratória que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. Levando em conta o plano de negócios até 2026, a Petrobras pretende fazer investimentos de aproximadamente US$ 2 bilhões nas atividades exploratórias em toda a região.