Teoria propõe que o universo nasceu dentro de um buraco negro, desafiando o Big Bang e oferecendo novas respostas sobre a origem do cosmos
De início, surpreendentemente, uma teoria alternativa ao Big Bang sugere que o universo nasceu em um buraco negro, dentro de um universo “pai”.
Em 9 de junho de 2025, a jornalista Raphaela Seixas explicou que essa hipótese amplia a ideia de singularidade clássica, considerada o ponto inicial do Big Bang.
Assim, o Big Bang deixaria de ser a origem absoluta do tempo e do espaço. Passaria a ser um evento interno a uma estrutura muito maior.
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Esse novo olhar propõe que o nosso universo seria apenas uma parte de algo mais amplo e antigo.
Hipótese de seleção cosmológica natural
Ademais, a hipótese chamada “seleção cosmológica natural” foi proposta pelo físico Lee Smolin. Ela traz implicações ousadas e desafiadoras.
A teoria afirma que os buracos negros geram novos universos, chamados de universos-filhos, dentro de si mesmos.
Segundo Smolin, esses universos herdam as leis físicas de seus predecessores. Logo, uma espécie de “evolução cósmica” ocorreria entre buracos negros e novos universos.
Além disso, essa abordagem tenta responder a perguntas ainda sem solução, como a matéria escura e a planicidade extrema do cosmos.
Para Smolin, esses universos com leis mais favoráveis à formação de estrelas e buracos negros seriam mais comuns, pois se reproduzem mais.
Modelos cíclicos e cosmologia de ricochete
Em complemento, outras propostas similares exploram ciclos infinitos de expansão e contração. Essas ideias são conhecidas como modelos de cosmologia saltitante.
Nelas, o universo passa por fases de colapso e novo nascimento, numa sequência constante, como se “pulsasse”.
Buracos negros primordiais teriam papel essencial nesse processo. Atuam como pontos de reinício para cada novo ciclo.
Além disso, a teoria da gravidade quântica em loop elimina a singularidade inicial do Big Bang. Ela propõe um “ricochete” cósmico no lugar.
De acordo com um estudo recente, publicado em 8 de junho de 2025 na revista Physical Review D, nosso universo surgiu assim.
O colapso gravitacional de um universo anterior, dentro de um buraco negro gigante, teria dado origem ao cosmos atual.
Essa transição energética pode explicar a inflação cósmica e a aceleração do universo, ambas atribuídas à energia escura.
Evidências observacionais e limites atuais
Entretanto, essas teorias ainda não possuem confirmação observacional. Mas cientistas acreditam que isso pode mudar com futuras detecções.
Modelos como esse preveem ondas gravitacionais estocásticas. Com avanços nos instrumentos de medição, essas ondas podem ser detectadas nos próximos anos.
Simultaneamente, os defensores do Big Bang clássico destacam suas bases sólidas. Entre elas estão a expansão do universo e a radiação cósmica de fundo.
Essa radiação, detectada pela primeira vez em 1965, data de aproximadamente 380 mil anos após o início do universo observável.
Logo, qualquer teoria alternativa precisa explicar todos esses dados com igual ou maior precisão.
Perspectivas e futura investigação
Ao mesmo tempo, os cientistas que defendem o modelo tradicional do Big Bang lembram que ele tem bases científicas muito fortes.
Por exemplo, ele explica bem a expansão do universo e a radiação cósmica de fundo um tipo de “eco” do início do cosmos.
Essa radiação foi descoberta em 1965 e surgiu cerca de 380 mil anos depois do nascimento do universo.
Por isso, qualquer nova teoria precisa explicar esses mesmos fenômenos com a mesma precisão ou até melhor.