No alto de uma colina da Bahia, uma fortaleza do século XVI revela ruínas, túneis e histórias que remontam ao início da colonização portuguesa, combinando arquitetura militar, paisagem litorânea e tecnologia interativa em uma das experiências culturais mais raras do país.
Erguido no alto da Colina de Tatuapara, em Praia do Forte, na Bahia, o Castelo Garcia D’Ávila reúne ruínas de uma antiga casa-fortaleza do século XVI e um museu interativo que contextualiza a colonização portuguesa no litoral norte baiano.
Popularmente apresentado como o “único castelo medieval das Américas”, o sítio integra o Parque Histórico e Cultural Garcia D’Ávila e mantém visitação regular, com acesso às áreas subterrâneas conhecidas como masmorras.
O monumento é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde o fim da década de 1930.
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História e arquitetura: fortificação que virou símbolo do litoral norte
A construção começou em 1551 e seguiu em fases até 1624, período em que a família D’Ávila consolidou a chamada Casa da Torre.
Ao combinar funções militares e residenciais, o conjunto serviu de ponto estratégico para vigilância da costa e de base administrativa de um vasto território, cuja influência se estendeu para além da Bahia.
As fontes especializadas descrevem o castelo como uma residência-fortaleza de grande porte para o padrão da época, com torre de vigia, capela e dependências anexas, hoje em parte arruinadas.
Com o avanço da colonização, o imóvel passou a integrar um dos maiores domínios privados do período colonial.
Ao mesmo tempo, manteve papel de defesa do litoral diante de incursões estrangeiras, sobretudo de holandeses e franceses, como registram estudos e guias patrimoniais.
Ainda que a expressão “medieval” seja um rótulo turístico — a edificação é moderna em termos históricos —, a linguagem medievalizante e o formato de torre fortificada ajudam a explicar a fama.
Tombamento e preservação: um marco do patrimônio brasileiro
O conjunto está protegido pelo Iphan desde 1938, segundo listagens oficiais do órgão, o que garante salvaguarda legal ao monumento e à área do entorno.
O reconhecimento abrange a Casa da Torre e a Capela de Nossa Senhora da Conceição, incluídas como ruína histórica.
Em paralelo, a Fundação Garcia D’Ávila administra o parque, promove pesquisas arqueológicas e coordena ações de restauro e sinalização.
Museu interativo e vídeo mapping: a experiência do visitante
Ao chegar, o público inicia o percurso pelo museu do parque, com depoimentos, painéis e totens interativos que narram a saga dos D’Ávila, exibem objetos arqueológicos e apresentam uma maquete restaurada da antiga Casa da Torre.
O roteiro segue pelas ruínas, mirantes com vista para o mar e, em horários definidos, inclui sessões de vídeo mapping, quando projeções coloridas iluminam as paredes do castelo e recriam episódios da história local.
Como visitar o Castelo Garcia D’Ávila
O parque funciona de quarta a domingo, com variações de horário conforme a programação.
As informações institucionais indicam operação das 10h às 17h em quartas e quintas e das 10h às 18h em sextas, sábados, domingos e feriados, quando há exibições de vídeo mapping.
Publicações recentes nos canais oficiais complementam que a visitação permanece ativa no período da tarde e início da noite em dias com projeções.
Quanto ao preço do ingresso, comunicados e matérias de serviço turísticos de 2025 reiteram valores de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), com gratuidade para moradores de Mata de São João e crianças de até 5 anos.
Em eventos específicos ou sessões de vídeo mapping, plataformas de venda online registram lotes a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Em caso de dúvida, a orientação é verificar o dia da visita e confirmar a programação para saber se há projeção noturna, pois isso pode alterar a política de bilhetes.
O acesso às masmorras integra o circuito.
Em segurança e com sinalização, o visitante percorre túneis e espaços subterrâneos onde se observam elementos construtivos originais e intervenções de conservação.
Essa etapa do passeio é uma das mais procuradas, principalmente por quem busca um mergulho na ambiência da época e na função defensiva do complexo.
Localização: entre história, natureza e turismo
O Castelo Garcia D’Ávila fica a poucos quilômetros da Vila de Pescadores de Praia do Forte, em Mata de São João, a cerca de 80 quilômetros de Salvador.
A visita costuma ser combinada com passeios pela região, incluindo praias e áreas de preservação próximas.
A chegada pode ser feita por carro ou transporte local, com acesso sinalizado desde a Estrada do Coco e trechos curtos por vias internas.
Uma vez no parque, o visitante encontra recepção, espaços abertos para circulação e pontos de observação voltados para o litoral.
Por que o castelo é chamado de “único” nas Américas
Instituições locais e materiais de divulgação adotam a expressão “único castelo medieval das Américas” para destacar a singularidade do conjunto nascido ainda no século XVI, com traços arquitetônicos de inspiração medieval.
Embora o período cronológico não seja medieval, a configuração da Casa da Torre, com torre de vigia e feições de fortificação, sustenta o apelido que se consagrou no turismo baiano.
O parque utiliza essa denominação em comunicações oficiais, e a fórmula aparece com frequência em veículos de imprensa e guias de viagem.
Serviço: horários e valores atualizados
O parque opera de quarta a domingo, com janelas entre 10h e 17h ou 10h e 18h, a depender do dia.
Os ingressos, conforme as divulgações mais recentes, custam R$ 30 na inteira e R$ 15 na meia, mantendo gratuidade a moradores do município e crianças de até cinco anos.
Em noites com vídeo mapping, há relatos de bilhetagem específica, com valores divulgados em plataformas de eventos.
Antes de sair, vale confirmar a agenda do dia escolhido nos canais oficiais.
Quase cinco séculos depois do início das obras, as ruínas continuam a contar a história da ocupação do litoral norte baiano e a atrair visitantes interessados em percorrer subsolos, adentrar antigas dependências e observar, do alto da colina, a paisagem que moldou o destino da região; ao planejar sua ida, qual parte da experiência mais desperta sua curiosidade: o museu interativo, as masmorras ou o espetáculo de projeções?