Estudo dos cientistas sobre usinas nucleares permite provar o uso prejudicial e a importância das fontes renováveis para o nosso planeta
Nos últimos anos, a indústria das usinas nucleares tem propalado uma nova família de reatores que usam novos moderadores renováveis. Eles são um dos pontos mais críticos de um reator: servem para controlar as reações nucleares para que não saiam do controle e explodam, nem sejam abafadas a ponto de se reduzir geração de eletricidade. A indústria de usinas nucleares afirma que ser mais moderna é sinônimo de ser mais segura. A união de cientistas preocupados lançou um estudo pondo um xeque a propalada segurança.
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Cientistas criticam usinas nucleares
A crítica começa fora do próprio reator das usinas nucleares: alguns modelos requerem que o urânio seja 3 a 4 vezes mais enriquecido do que o usado em reatores convencionais.
Segundo os cientistas, esse combustível estaria a pouco passos de ter o grau necessário para se construir armas a partir de usinas nucleares. Outros modelos aproveitam a sobra de plutônio de reatores convencionais, o lixo nuclear. Para tanto, é preciso se reprocessar o material a um nível também próximo do grau de bomba.
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Assim, as instalações para a produção desses combustíveis seriam alvos interessantes para grupos terroristas ou militares. Os novos reatores também podem ter problemas com os novos moderadores, mais sensíveis e menos fáceis de manobrar do que a água usada em reatores convencionais. A Reuters comentou o trabalho dos Cientistas.
Energias renováveis – uma alternativa para substituição das usinas nucleares
Em dezembro de 2019, dois reatores nucleares que abasteciam residências e fábricas na Suécia e Alemanha encerraram permanentemente a produção de eletricidade. Um dos reatores paralisados foi o Ringhals-2, da Vattenfall, na Suécia, com 44 anos de operação. Segundo informações, as energias renováveis, como solar e eólica atropelaram o modelo de investimento em energia elétrica tradicional na Europa. Com isso, a unidade da maior empresa elétrica da Escandinávia não gerava lucro, terminando na paralisação dos reatores.
Mais um efeito da transição energética impulsionada pelas renováveis foi na Energie Baden Wuertenberg, base da indústria de ponta no Sul da Alemanha, que, segundo a Bloomberg, está encerrando as atividades do reator Philippsburg-2, um dos maiores do país, responsável por abastecer enormes fábricas automotivas desde meados da década de 1980.
Desativação
Na Alemanha, a chanceler Ângela Merkel decidiu desativar definitivamente as usinas nucleares até 2022 (dez reatores foram fechados desde 2011), após o acidente nuclear de Fukushima. Apesar desse desastre, a unidade não tinha previsão de ser fechada, até chegar a oferta imperdível de energias renováveis no país, o que antecipou a decisão.
Por outro lado, a Suécia ainda debate o futuro das energias não renováveis. No caso dos reatores Ringhals, enquanto três partidos apoiaram uma proposta para a continuação de suas operações que deveriam fechar em 2019 e 2020, quatro partidos da oposição queriam que a estatal Vattenfall suspendesse o encerramento das operações. De acordo com a Vattenfall, a decisão de descomissionamento foi motivada por questões comerciais.