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Uma taça com forma de cão revela festas e influências gregas no sul da Itália há 2.300 anos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 01/05/2025 às 07:42
taça
Foto: Reprodução
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Taça esculpida com cabeça de cão espartano mostra influência grega em território italiano no século IV a.C. e revela costumes festivos e rituais da época.

Um objeto em forma de taça , datado de cerca de 2.300 anos atrás, chama atenção por sua forma e função.

Trata-se de um ríton de terracota feito para se parecer com a cabeça de um cão laconiano — raça de caça da Grécia Antiga, hoje extinta.

Descoberto no sul da Itália, no que seria o “calcanhar” da bota italiana, esse recipiente evidencia a forte presença da cultura grega na região durante o século IV a.C.

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Conservado atualmente no Getty, em Los Angeles, o objeto mostra sinais de refinada produção artística. Ele é atribuído à oficina do Pintor Dario, um artista ativo na Puglia entre 340 e 320 a.C. O estilo desse artesão era amplamente reconhecido na época.

Detalhes e símbolos na peça

O ríton mede cerca de 20 por 10 centímetros.

Sua superfície é coberta por um esmalte preto, com exceção das narinas e orelhas do cão. Os olhos são destacados com um esmalte diluído.

Na base, há uma figura de sátiro segurando um prato e um cajado. Essa criatura mitológica — metade homem, metade cabra — está cercada por padrões decorativos de folhas e ovos.

O cão retratado tem o focinho como base da taça.

Ele representa a raça laconiana, típica da região de Esparta. Muito apreciado por suas habilidades na caça, esse tipo de cão era frequentemente ilustrado em obras da época, como mosaicos e lápides.

Funções e tradições gregas

Os gregos antigos usavam esse tipo de taça em festas com bebida e também em cerimônias religiosas. Como o recipiente não tem fundo plano, não podia ser apoiado em uma mesa.

A origem dessa forma está ligada aos chifres de beber usados na Eurásia durante a Idade do Bronze.

Com o tempo, os gregos adaptaram o modelo, incorporando figuras como sátiros, símbolos de prazer e embriaguez.

Além de servirem para beber, os rítons também podiam ser usados para despejar líquidos como vinho, óleo ou sangue em rituais, geralmente associados a sacrifícios de animais.

A peça destaca a influência grega no sudeste da Itália, então chamada de Magna Grécia. Essa região foi fortemente marcada por colônias gregas, antes de ser conquistada pelos romanos em 205 a.C. O ríton com cabeça de cão laconiano é um testemunho dessa fusão cultural entre arte, religião e cotidi

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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