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Uma região da América Latina que tem mais petróleo que toda a Arábia Saudita, mas, surpreendentemente, sua produção é 12 vezes menor

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 19/08/2024 às 13:56
Atualizado em 20/08/2024 às 14:20
Uma região da América Latina que tem mais petróleo que toda a Arábia Saudita, mas, surpreendentemente, sua produção é 12 vezes menor
Região da América Latina que tem mais petróleo que toda a Arábia Saudita (Imagem: Reprodução)

Venezuela: o maior tesouro de petróleo do mundo escondido em uma região da América Latina, mas com produção abaixo do esperado.

Existe uma região da América Latina que tem mais petróleo que toda a Arábia Saudita, mas, incrivelmente, ela produz 12 vezes menos. Estamos falando da Venezuela, mais especificamente do Cinturão Petrolífero do Orinoco, um verdadeiro tesouro negro enterrado no leste do país. Embora abrigue as maiores reservas de petróleo do planeta, essa riqueza enfrenta uma série de obstáculos que dificultam sua exploração plena.

A Venezuela não só tem petróleo, ela tem MUITO petróleo. Estamos falando de 300,878 bilhões de barris em reservas comprovadas, o que coloca o país à frente de gigantes como a Arábia Saudita, que tem “apenas” 267 bilhões de barris. Parece um sonho, né? Mas a realidade é outra: a Venezuela, que já chegou a produzir 3 milhões de barris por dia, hoje mal consegue tirar 770 mil barris do solo diariamente. Isso é menos do que países como Colômbia, México e Brasil, que têm reservas bem menores.

Cinturão Petrolífero do Orinoco

O Cinturão Petrolífero do Orinoco é onde a mágica (ou falta dela) acontece. Com 55.314 km², essa área concentra 90% do petróleo da Venezuela. Só que não é fácil de extrair. Ele é pesado, extrapesado e com uma viscosidade que complica a vida de qualquer engenheiro. Jorge Navarro, vice-presidente da Associação Espanhola de Geólogos e Geofísicos de Petróleo, explica que esse tipo de petróleo demanda técnicas especiais, como a injeção de vapor ou o uso de diluentes, para ser extraído e processado. E isso custa caro, muito caro.

Petróleo venezuelano é mais caro de transportar e refinar

Agora, pense no seguinte: além de ser difícil de extrair, o petróleo venezuelano é mais caro de transportar e refinar. E, como se não bastasse, é vendido a um preço mais baixo do que o petróleo leve. Os venezuelanos têm que pagar pelos diluentes, produtos químicos que tornam esse petróleo mais fácil de manusear. Ou seja, é um negócio complicado e que pesa no bolso.

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Estados Unidos deram uma trégua e suspenderam as sanções ao setor petrolífero venezuelano

Mas nem tudo é notícia ruim. Em 2023, os Estados Unidos deram uma trégua e suspenderam as sanções ao setor petrolífero venezuelano por seis meses. Isso trouxe um sopro de esperança, permitindo que empresas estrangeiras começassem a retornar ao Cinturão do Orinoco. No entanto, em abril de 2024, as sanções voltaram, mas com uma pequena abertura: agora, empresas estrangeiras podem obter licenças individuais para investir na região. É um sinal de que o jogo pode virar, mas ainda há muito trabalho pela frente.

A região da América Latina que tem mais petróleo que toda a Arábia Saudita precisa superar esses obstáculos

A Venezuela tem um grande desafio pela frente se quiser transformar seu imenso potencial em realidade. Modernizar a infraestrutura, atrair investimentos estrangeiros e estabilizar a economia são passos essenciais para que o país possa finalmente tirar proveito de suas gigantescas reservas de petróleo. A região da América Latina que tem mais petróleo que toda a Arábia Saudita precisa superar esses obstáculos para deixar de ser apenas um gigante adormecido e se tornar uma potência energética de verdade.

E aí, o que você acha dessa situação? Será que a Venezuela vai conseguir superar todos esses desafios e se tornar uma potência do petróleo?

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Rafaela Fabris

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