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Um terremoto de magnitude 7,7 em Mianmar expôs estruturas escondidas em um antigo sítio arqueológico

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 14/04/2025 às 16:55
terremoto, Mianmar
Foto: Department of Archaeology and National Museum 
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O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar causou impactos além dos tremores. O abalo revelou monumentos antigos ocultos sob a terra em um sítio arqueológico, surpreendendo arqueólogos.

Um terremoto de magnitude 7,7 ocorrido em 28 de março de 2025, no centro de Mianmar, não apenas causou destruição e mortes, mas também revelou um importante achado arqueológico. No município de Tada-U, próximo à antiga cidade de Inwa, surgiram as ruínas de uma estrutura pertencente à Dinastia Konbaung, última monarquia do país.

Descoberta após o tremor

O forte terremoto provocou mudanças geológicas significativas, abrindo fissuras profundas no solo. Essas rachaduras trouxeram à superfície elementos arquitetônicos há muito enterrados, como parte de uma antiga escadaria.

Segundo o Departamento de Arqueologia e o Museu Nacional, o local pode ter sido uma residência real aquática da era Konbaung.

Embora os primeiros vestígios tenham aparecido em 2009, quando moradores encontraram degraus enquanto fabricavam tijolos, foi o desastre natural recente que permitiu um avanço nas escavações.

Com o novo cenário, pesquisadores puderam iniciar uma análise mais completa da área.

Foto: Department of Archaeology and National Museum 

Início das escavações

As escavações de teste começaram em 6 de abril de 2025, conduzidas pela filial de Mandalay do Departamento de Arqueologia.

Entre os itens descobertos estão um corrimão da escadaria leste, plataformas de tijolos e estruturas com dimensões específicas, como um degrau de 45 centímetros e uma plataforma de 3,25 metros de comprimento.

A descoberta gerou inicialmente entusiasmo com a possibilidade de se tratar do “pavilhão real de água” mencionado em antigos manuscritos de folhas de palmeira, os “Pura-pike”. Neles, o Ministro Letwe Nawrahta descrevia uma construção com cinco grandes escadarias e diversos salões sombreados por mangueiras.

Foto; Department of Archaeology and National Museum 

Interpretação atual dos arqueólogos

Apesar das descrições compatíveis, os arqueólogos agora acreditam que a estrutura descoberta era uma residência de madeira tradicional, de 60 a 76 metros por 60 metros. A construção possuía elementos típicos da arquitetura birmanesa, como colunas de madeira e escadarias coloridas.

O estilo lembra edifícios monásticos da região, como o Mosteiro Bahakara em Inwa e o Palácio Dourado de Mandalay. O local também guarda relação com rituais tradicionais, como o Festival da Água Thingyan e cerimônias de lavagem de cabelo da realeza.

Autoridades estão atuando para preservar o local e garantir que ele seja usado para fins educacionais e culturais. A descoberta é considerada um marco na valorização da história e da identidade birmanesa.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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