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Um grande desastre nuclear ‘ao estilo de Chernobyl’: Rússia alerta Israel contra ataque à usina do Irã

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 20/06/2025 às 09:43
Chernobyl
Foto: Reprodução
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Rússia alerta para risco semelhante ao desastre de Chernobyl caso usina nuclear iraniana de Bushehr seja atacada; Irã e Israel seguem trocando bombardeios.

A tensão entre Irã e Israel atingiu um novo patamar. Em meio à escalada de ataques entre os dois países, a Rússia fez um alerta grave: um possível ataque à usina nuclear iraniana de Bushehr pode causar uma catástrofe “ao estilo de Chernobyl”.

Preocupação russa com segurança nuclear

A advertência veio da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. Ela disse que Moscou está seriamente preocupada com a segurança da usina, que atualmente é a única em operação no Irã.

A instalação foi construída pelos russos e ainda abriga centenas de trabalhadores do país.

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Chernobyl é lembrado como o pior desastre nuclear da história.

O acidente, que aconteceu em 1986, foi classificado como nível 7 na Escala Internacional de Eventos Nucleares — o mais alto possível —, mesma classificação do desastre de Fukushima, no Japão.

Em razão da atual ameaça, a Rússia já evacuou parte de seus especialistas da usina de Bushehr. Porém, trabalhadores ligados à construção de outras instalações nucleares na região continuam no local.

A estatal russa de energia nuclear, Rosatom, afirmou que está pronta para retirar todos os seus funcionários rapidamente, caso a ameaça de ataque se concretize.

O presidente Vladimir Putin declarou anteriormente que recebeu garantias de Israel de que a usina de Bushehr não seria atacada. Mas o clima de incerteza permanece.

Bombas de fragmentação e ataques a civis

Enquanto os alertas crescem, a guerra entre Irã e Israel continua intensa. Durante a noite de quinta-feira e a manhã de sexta-feira, novos ataques foram registrados de ambos os lados.

Israel acusou o Irã de usar um míssil com bomba de fragmentação contra uma área densamente povoada.

Essa é a primeira vez que esse tipo de armamento é usado nesta guerra. As bombas de fragmentação liberam várias submunições menores, conhecidas como minibombas. Elas podem destruir veículos, matar pessoas e causar grandes danos em áreas civis.

Segundo informações, os mísseis iranianos também atingiram um hospital e uma área próxima a um escritório da Microsoft em Israel. Um dos maiores riscos desse tipo de arma é que nem todas as minibombas explodem no momento do impacto, o que deixa armadilhas letais para a população civil.

Israel ataca instalações no Irã

Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram uma grande ofensiva. Um tuíte do IDF relatou que 60 caças israelenses atacaram vários locais em Teerã.

Entre os alvos estariam um reator nuclear desativado em Arak, instalações de desenvolvimento de armas nucleares perto de Natanz, além de fábricas de mísseis balísticos, sistemas de radar e depósitos militares.

Apesar do aumento da violência, há uma movimentação internacional para buscar uma solução diplomática. Ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha, além de um alto diplomata da União Europeia, vão se reunir com representantes iranianos em Genebra.

Nos bastidores, os Estados Unidos também participam das conversas. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido já se encontrou com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e outras autoridades para debater o futuro da guerra e o programa nuclear iraniano.

A Casa Branca informou que precisa de duas semanas para decidir se vai se envolver diretamente no conflito. Esse prazo também serve como uma janela para negociações entre Irã e Israel.

Rússia e China reforçaram o apelo para o fim imediato da guerra, defendendo uma solução pacífica por meio do diálogo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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