1. Início
  2. / Legislação e Direito
  3. / Um ex-funcionário do banco Itaú recebeu uma indenização de R$ 480 mil por ter sido preso injustamente a pedido da instituição
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 2 comentários

Um ex-funcionário do banco Itaú recebeu uma indenização de R$ 480 mil por ter sido preso injustamente a pedido da instituição

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 08/10/2025 às 20:12
O Tribunal Superior do Trabalho manteve indenização trabalhista por prisão injusta banco Itaú, destacando dano moral após a reforma trabalhista.
O Tribunal Superior do Trabalho manteve indenização trabalhista por prisão injusta banco Itaú, destacando dano moral após a reforma trabalhista.
  • Reação
  • Reação
2 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo

O caso de um ex-funcionário do banco Itaú que foi preso injustamente e teve a imagem destruída por uma acusação infundada resultou em indenização de R$ 480 mil, decisão mantida pelo Tribunal Superior do Trabalho

Um ex-funcionário do banco Itaú foi indenizado em R$ 480 mil após ser preso injustamente por nove dias, acusado de envolvimento em uma fraude bancária. A prisão ocorreu em 1998, após o banco acionar as autoridades sob suspeita de desvio de valores. Anos depois, a Justiça concluiu que não havia provas contra o empregado, reconhecendo o erro grave da instituição.

A decisão final foi proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2012, confirmando o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ). Além da indenização, a demissão por justa causa foi revertida, e o Itaú foi condenado a pagar todas as verbas trabalhistas devidas.

As acusações que levaram à prisão

O funcionário, que exercia o cargo de gerente bancário, foi acusado pela própria chefia de participar de um esquema de fraude com cheques falsos.

A denúncia levou à sua prisão temporária e à exposição pública do seu nome na imprensa, o que associou sua imagem a estelionatários e causou danos morais e profissionais irreversíveis.

Segundo a sentença, o banco não apresentou provas consistentes e agiu de forma precipitada, contribuindo diretamente para a prisão injusta.

O tribunal considerou que a instituição violou o dever de diligência e responsabilidade, ao encaminhar uma denúncia criminal sem elementos concretos.

A decisão da Justiça e o valor da indenização

A Justiça do Trabalho entendeu que o banco Itaú extrapolou seus limites legais e morais ao expor o ex-funcionário sem provas e o responsabilizou pelos prejuízos causados.

O valor da indenização de R$ 480 mil foi fixado com base na gravidade da ofensa à honra e à imagem do trabalhador, além do impacto psicológico e social da prisão injusta.

Na época, o montante foi considerado uma das maiores indenizações por dano moral concedidas pela Justiça do Trabalho.

Atualizado pelos índices de inflação entre 2012 e 2025, o valor superaria R$ 1 milhão.

A decisão teve caráter punitivo e pedagógico, servindo como alerta para que empresas adotem maior responsabilidade antes de acionar o sistema judicial contra empregados.

Impacto humano e profissional da prisão injusta

Durante os nove dias em que permaneceu detido, o ex-gerente viu sua reputação ruir.

Colegas, amigos e familiares se afastaram, e ele enfrentou dificuldades para voltar ao mercado de trabalho.

A Justiça reconheceu que a prisão indevida afetou profundamente sua vida pessoal e profissional, tornando impossível restaurar totalmente sua imagem pública.

A sentença destacou que, mesmo após a absolvição, o estigma de ter sido preso permanecia ligado ao seu nome, o que justifica o valor elevado da reparação moral.

Para o TST, a conduta do banco representou um abuso de poder e negligência corporativa, causando sofrimento desnecessário e injustificável.

O caso e as novas regras sobre danos morais trabalhistas

Desde a reforma trabalhista de 2017, o valor das indenizações por dano moral passou a ser limitado com base no salário do trabalhador.

No entanto, em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os juízes podem ultrapassar esse teto em situações de alta gravidade ou reincidência, como prisões injustas ou acusações infundadas.

Casos semelhantes mostram a diversidade das decisões: um homem preso injustamente por 10 anos no Rio Grande do Sul recebeu R$ 1,6 milhão, enquanto outro, detido por três anos no Distrito Federal, foi indenizado em R$ 100 mil.

Nesse contexto, o caso do ex-funcionário do Itaú se mantém como uma referência judicial de reparação proporcional ao dano.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
2 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
marketing service
marketing service
08/10/2025 20:53

Great article, thank you for sharing these insights! I’ve tested many methods for building backlinks, and what really worked for me was using AI-powered automation. With us, we can scale link building in a safe and efficient way. It’s amazing to see how much time this saves compared to manual outreach.

marketing service
marketing service
08/10/2025 20:49

Great article, thank you for sharing these insights! I’ve tested many methods for building backlinks, and what really worked for me was using AI-powered automation. With us, we can scale link building in a safe and efficient way. It’s amazing to see how much time this saves compared to manual outreach.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x