Além de utilizar energia limpa, entrando no novo eixo exigido por lei, o gigantesco banco americano vai gerar uma série de novos empregos.
O grande banco americano JPMorgan Chase revelou na segunda-feira (18), os seus planos para a nova sede global, que consiste em um arranha-céu de 60 andares, totalmente alimentado por fontes de energia limpa e renovável. Alguns outros recursos, como o design com eficiência energética, contam com janelas de vidros triplos e com sistema de armazenamento que reutiliza água, podendo reduzir o uso em cerca de 40%. O arranha-céu também usará tecnologia de construção inteligente, que consiste no uso de sensores para monitorar e reduzir o consumo de energia.
JPMorgan Chase construirá arranha-céu, alimentado inteiramente por energia limpa
A conclusão do arranha-céu de 60 andares da JPMorgan Chase está prevista para 2025. Quando concluído, o prédio de 423 metros de altura se tornará o maior edifício 100% alimentado por energia limpa da cidade de Nova York, segundo dados fornecidos por Foster + Partners, escritório de arquitetura e engenharia responsável pelo projeto.
Durante o anúncio oficial à imprensa, o JPMorgan Chase e a Foster + Partners relataram que o arranha-céu vai atingir as emissões de operações líquidas zero, sendo que uma parte usará energia de uma hidrelétrica de Nova York.
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Obras do maior empreendimento renovável estão aceleradas para comprimento de metas
A construção do arranha-céu já começou no local, onde antes estava o Union Carbide Building, de 215 metros. Os arquitetos relataram que em torno de 97% dos materiais de construção do antecessor do arranha-céu serão reutilizados ou reciclados.
Um design totalmente novo e exclusivo promete ocupar mais que o dobro do espaço ao ar livre no nível do solo. Mas o edifício será completo, contando com uma praça pública e largas calçadas. De acordo com Norman Foster, fundador e arquiteto da Foster + Partners, chamou o projeto de “novo marco que responde à sua localização histórica”.
Ao longo de sua fala sobre o arranha-céu, Foster relatou que o design da torre é único e corresponde ao desafio de respeitar tanto o ritmo quanto a passagem urbana distinta da Park Avenue. Foster também falou à respeito da infraestrutura do local, em que será possível acomodar o transporte da cidade, tendo como resultado uma solução que chamou de “elegante” em termos de estrutura, possibilitando que a JPMorgan Chase abrace uma nova visão, tanto agora como no futuro.
Geração de novos empregos
Após o período de pandemia, o JPMorgan Chase agora está focado no futuro, para recuperar-se economicamente e também retornar ao trabalho presencial, por isso, a nova torre pode abrigar até 14 mil colaboradores em mais de 700 milhões de metros quadrados de espaço.
O projeto do arranha-céu oferta aos ocupantes diversas instalações alinhadas ao bem estar de todos, incluindo sistemas de filtragem de ar, um centro de saúde e fitness, vegetação interna e tecnologia por sensores de movimento.
A torre está localizada na 270 Park Avenue e faz parte de um dos planos mais amplos já elaborados, que é a transformação de um trecho de 78 quarteirões do Midtown East de Nova York. No ano de 2017, as autoridades locais votaram pelo rezoneamento do bairro, com De Blasio no comando de NY na época, que prometeu grandes atualizações nas estações de metrô, além de mais espaço para pedestres, investimentos em seus marcos icônicos e mais uma nova geração de edifícios de escritórios no local.
Previsão de inauguração do maior arranha-céu alimentado por energia renovável do mundo
A inauguração está prevista para 2025 e já chegará com os padrões exigidos pela nova lei aprovada pelo ex-prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que restringe o uso de combustíveis fósseis em todos os novos edifícios residenciais e comerciais a partir de 2023. A nova legislação cobra das novas construções que façam edifícios que utilizem 100% de energia limpa até o ano de 2027.
O projeto de lei foi apresentado no ano passado, pelo senador do estado de Nova York Brian Kavanagh e pela deputada Emily Gallagher, que propuseram reduzir as emissões de carbono de NY em milhões de toneladas, garantindo que também os moradores de baixa renda tenham acesso à energia renovável. Segundo as autoridades locais, a estimativa é que cerca de 70% das emissões de gases do efeito estufa de NY são oriundas dos grandes edifícios.