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Uerj anuncia primeira graduação em engenharia de energias renováveis após reconhecimento da profissão no Brasil

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 16/07/2025 às 11:32
Fachada principal da UERJ com portão de entrada e prédio ao fundo
Imagem mostra o prédio principal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com entrada pelo Portão 5.
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Formação inédita promete qualificar profissionais para impulsionar energia limpa e sustentabilidade

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) confirmou a aprovação do curso de Engenharia de Energias Renováveis. É o primeiro do Brasil após a oficialização da profissão pela resolução 1.076/2016 do Confea/Crea.
A decisão foi aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Csepe).
Ela demonstra o compromisso da instituição em conectar tecnologia, sustentabilidade e inovação.
Além disso, responde à demanda crescente por especialistas no setor de energia limpa.

Curso visa atender demanda global por energia limpa

Atualmente, o Brasil figura como terceiro maior produtor de eletricidade renovável do mundo.
Fica atrás apenas de China e Estados Unidos, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA).
Esse cenário exige mais profissionais preparados para implementar soluções que respeitem o meio ambiente.
Eles também devem cumprir metas climáticas.
Conforme destaca o professor Paulo Eduardo Darski Rocha, do Departamento de Engenharia Elétrica da Uerj, iniciativas para reduzir gases de efeito estufa ganham força.
Isso torna urgente a formação de engenheiros capazes de planejar usinas e gerenciar sistemas de geração renovável.
Assim, a universidade oferece, a partir de 2026, 40 vagas anuais, com entrada semestral.
Quem for aprovado no Vestibular Estadual poderá ingressar.
As aulas acontecerão em período integral, no campus Maracanã.

Mercado de trabalho em expansão e oportunidades diversas

Para o pró-reitor de Graduação, Antonio Soares, as engenharias têm papel crucial na transição energética.
Ele ressalta que avanços como as células fotovoltaicas são essenciais para gerar eletricidade solar.
Essa tecnologia contribui diretamente para cortar emissões de carbono.
Dessa forma, os futuros engenheiros formados pela Uerj terão base técnica sólida e consciência socioambiental.
Além disso, a IEA divulgou que os investimentos globais em energia limpa, em 2024, atingiram US$ 2,2 trilhões.
O valor superou recursos destinados a petróleo, gás natural e carvão.
Esse contexto aquece o mercado, que hoje emprega cerca de 1,56 milhão de profissionais no Brasil.
Os dados são de levantamento recente.

Currículo interdisciplinar amplia possibilidades de atuação

A graduação articula disciplinas de engenharia elétrica, mecânica, ambiental e química.
Segundo o Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente (Desma) e o Departamento de Engenharia Elétrica (ELE), ambos colaboraram na elaboração do currículo.
Os alunos terão 10% da carga horária voltada para atividades de extensão.
Assim, o profissional poderá dimensionar usinas de fontes hídricas, solares, eólicas ou de biomassa.
Ele analisará histórico de vazão de rios e radiação solar.
Também projetará sistemas de armazenamento de energia e os conectará à rede elétrica.
Tudo sempre considerando viabilidade econômica, impacto social e respeito ao meio ambiente.

Formação sintonizada com a sociedade e inovação tecnológica

Durante a sessão do Csepe, o vice-reitor Bruno Deusdará, além disso, ressaltou a criação de novos cursos.
Assim, essa estratégia faz parte da Uerj para expandir o ensino superior de qualidade, público e gratuito.
Por exemplo, em 2025, a instituição inaugurou a licenciatura em Cinema e Audiovisual.
O curso, portanto, é na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (Febf), em Duque de Caxias.
Dessa forma, foi criado como resposta direta às demandas regionais.
Rocha, que coordenou o núcleo docente do novo curso de Engenharia de Energias Renováveis, além disso, reforça o amplo campo de atuação.
Ele vai muito além da geração de energia, portanto, abre novas possibilidades.
Assim, o egresso poderá empreender, atuar em startups, microgeração e minigeração de energia limpa.
Além disso, também poderá trabalhar no setor público, consultorias, ONGs, pesquisa, inovação tecnológica e eficiência energética.
Com essa proposta, a Uerj busca formar profissionais que conciliem excelência técnica, responsabilidade social e compromisso ambiental.
Esses fatores, portanto, são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e energéticos das próximas décadas.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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