Novo drone ucraniano tem alcance de 40 km e foi desenvolvido para suportar bloqueios eletrônicos russos, prometendo alterar estratégias no front.
A Ucrânia está pronta para apresentar um novo tipo de drone de ataque projetado para resistir à guerra eletrônica russa. O anúncio veio após a conclusão bem-sucedida da última fase de testes do equipamento, feita pelo cluster de inovação em defesa Brave1.
O drone tem alcance superior a 40 quilômetros e promete maior precisão em alvos profundos no território inimigo.
Mykhailo Fedorov, Ministro da Transformação Digital da Ucrânia, comemorou o resultado e afirmou que os testes finais foram um sucesso.
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Ele destacou que o projeto nasceu da necessidade urgente de contornar as interferências eletrônicas aplicadas pela Rússia no campo de batalha.
Nos últimos meses, os sistemas russos de guerra eletrônica causaram grandes prejuízos às operações com drones kamikazes ucranianos.
Eles interceptam os sinais, falsificam coordenadas e desviam os aparelhos dos alvos. Essa prática reduziu a eficácia de diversos ataques aéreos conduzidos por Kiev.
Desenvolvimento com apoio direto dos militares
Para criar o novo drone, os fabricantes contaram com apoio direto das forças armadas ucranianas. Militares orientaram sobre requisitos e capacidades essenciais para enfrentar os bloqueios eletrônicos e manter a navegação estável durante as missões.
Segundo a Brave1, o drone foi projetado especialmente para atravessar camadas de defesa eletrônica e atingir objetivos críticos com precisão.
O grupo afirmou que agora inicia a fase de testes de combate, onde o equipamento será levado ao campo de batalha ou a ambientes simulados, a fim de verificar seu desempenho em condições reais e extremas.
A Brave1 também reforçou que busca acelerar a produção em massa desses drones.
A meta é disponibilizar rapidamente unidades para as frentes de combate, ampliando a capacidade de ataque e reduzindo a dependência de armamentos caros.
Aposta estratégica na produção nacional
A Ucrânia investe na produção doméstica de drones há quase dois anos e criou uma unidade militar dedicada exclusivamente a eles. A estratégia surgiu para diminuir custos e aumentar a autonomia das forças armadas.
Os drones são mais baratos que mísseis e conseguem executar ataques de precisão contra alvos estratégicos. Por isso, tornaram-se uma alternativa prática para manter a pressão sobre as tropas russas mesmo com recursos limitados.
Em julho, as forças de Kiev afirmaram ter realizado a primeira operação ofensiva totalmente não tripulada do mundo.
Segundo elas, a ação capturou soldados russos usando somente robôs terrestres e drones aéreos, sem envolver tropas humanas diretamente.
Brave1 e o futuro dos sistemas autônomos
Criada em 2023 pelo governo ucraniano, a Brave1 atua como uma plataforma de coordenação entre empresas e entidades de defesa.
Além de drones, desenvolve explosivos, inteligência artificial para sistemas autônomos, mísseis balísticos táticos e mísseis antiaéreos.
A empresa lançou programas de bolsas de estudo para impulsionar essas áreas e anunciou novos concursos para atrair talentos.
Enquanto isso, a Rússia segue testando drones de fibra óptica resistentes a interferências, semelhantes a mísseis guiados por fio, em resposta às inovações ucranianas.