Energia eólica: Turbina sem pás (ou hélices) é indicada em ambientes urbanos, não ameaça padrões de migração de aves, ou vida selvagem.
Vortex Bladeless, uma start-up tecnológica com sede na Espanha, está desenvolvendo turbinas de energia eólica que não necessitam de pás (ou hélices). Um dos objetivos é que se consiga utilizar estas turbinas em espaços urbanos e residenciais, onde o impacto de parques ecológicos fosse demasiado grande. Parecida com um “canudo gigante”, segundo seus criadores, ela veio para mudar o mundo da energia renovável.
David Yáñez, o inventor destas turbinas, afirma que pode ser um complemento à energia fotovoltaica “porque os painéis solares produzem eletricidade durante o dia, enquanto as velocidades do vento tendem a ser mais altas à noite”. “Mas o principal benefício da tecnologia é reduzir o seu impacto ambiental, o seu impacto visual e o custo de operação e manutenção da turbina”, acrescenta.
As turbinas sem pás têm três metros de altura e um cilindro com uma tampa curva fixado verticalmente com uma haste elástica. A turbina está projetada para oscilar com o vento, gerando eletricidade através da vibração.
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Turbina sem pás (ou hélices) pode ser o futuro da eólica e da energia renovável
A Vortex Bladeless afirma que a turbina não é um perigo para os padrões de migração de aves, ou para a vida selvagem, especialmente se utilizada em ambientes urbanos. Adicionalmente, afirma que o ruído criado seria numa frequência praticamente indetetável para os seres humanos.
“Hoje, a turbina é pequena e pode gerar pequenas quantidades de eletricidade. Mas estamos à procura de um parceiro industrial para aumentar os nossos planos para uma turbina de 140 metros com uma capacidade de potência de 1 megawatt”, revela o inventor das turbinas.
O design ganhou a aprovação da empresa energética estatal da Noruega, Equinor, que a colocou como uma das 10 mais entusiasmantes start-ups no setor da energia. A empresa vai também oferecer suporte para o desenvolvimento da start-up, através do seu programa acelerador de tecnologia.
Sem as pás (ou hélices) o Vortex consegue transformar brisas de ar em energia
A aparência pode enganar, mas mesmo sem as hélices o Vortex consegue transformar brisas de ar em energia renovável, mas de maneira diferente. Em vez de usar o movimento circular que as pás fazem, a nova turbina utiliza a chamada vorticidade, um efeito aerodinâmico que produz o padrão de vórtices giratórios. A vorticidade tem sido considerada a maior inimiga dos arquitetos e engenheiros, que tentam ao máximo trabalhar ao redor desses turbilhões de vento em certos tipos de construções. No entanto, os fundadores da Vortex Bladeless, David Suriol, David Yáñez, e Raul Martín, viram nisso uma oportunidade.
O formato do Vortex foi desenvolvido para garantir que os ventos giratórios percorram, em sincronia, toda a expansão do mastro, de modo a obter uma boa performance.
Seu protótipo atual é feito de fibra de vidro e fibra de carbono, que permite que ele vibre o máximo possível. Na base do cone, foram colocados dois imãs repelentes, que agem como um motor não elétrico. Quando o cone oscila para um lado, os imãs o puxam para outra direção, como um pequeno impulso no seu movimento sem precisar contar com a velocidade do vento. Essa energia cinética é então convertida em eletricidade por um alternador que multiplica a frequência da oscilação do mastro para melhorar a eficiência da obtenção de energia.
Vortex Nano : 1 metro de altura e potência nominal de 3 W. Projetado principalmente para trazer energia para locais fora da rede para sistemas de baixa potência, trabalhando junto com painéis solares. Estágio: pré-produção de uma primeira série beta.
Vortex Tacoma 2,75 metros de altura e potência nominal de 100 W. Projetado principalmente para operação autônoma residencial e rural de pequena escala, trabalhando com painéis solares. Estágio: protótipo, sendo desenvolvido.
Vortex Atlantis/Grand: 9–13 metros de altura e cerca de 1 kW de potência nominal. Projetado para operação autônoma residencial e rural e instalação complementar com painéis solares sobre edifícios e fábricas. Estágio: projetado, mas ainda não sendo desenvolvido.
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