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Túnel submerso ligará Santos e Guarujá em projeto INÉDITO na América Latina e terá investimento de R$ 5,8 BILHÕES

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/02/2024 às 11:23
O Governo Federal anunciou a construção de um túnel submerso entre Santos e Guarujá, o primeiro da América Latina.
Foto: Canva

O governo anunciou a construção de um túnel submerso entre Santos e Guarujá, o primeiro da América Latina. A obra melhorará a mobilidade, o meio ambiente e a economia na região.

Um sonho antigo de mais de 100 anos está prestes a se tornar realidade: a ligação terrestre entre as cidades de Santos e Guarujá, no litoral paulista, por meio de um túnel submerso que passará sob o canal do porto de Santos, o maior da América Latina. O projeto, que é uma parceria entre os governos federal e estadual, foi anunciado na última sexta-feira, (02/02), e promete revolucionar a mobilidade urbana na região.

Características do túnel submerso: extensão, faixas, ciclovia e passarela

O túnel submerso terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros sob o canal, e contará com três faixas de tráfego em cada sentido, uma delas reservada para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Além disso, o túnel terá uma ciclovia e uma passarela para pedestres, garantindo a acessibilidade e a sustentabilidade do projeto.

O tempo estimado de travessia de carro será de apenas um minuto e meio, reduzindo em cerca de 50 minutos o deslocamento entre as duas cidades.

Fonte: Itatiaia

Etapas da obra do 1º túnel submerso que ligará Santos a Guarujá

A obra será um marco na engenharia civil, pois será o primeiro túnel submerso da América Latina e um dos poucos do mundo.

O túnel será formado por seis módulos pré-fabricados de concreto armado, que serão imersos a uma profundidade mínima de 21 metros no leito do canal.

Os módulos serão produzidos em uma doca seca e transportados por flutuação até o local da obra, onde serão encaixados e fixados, sem interferir no tráfego de navios no canal.

O processo de construção do túnel submerso envolve diversas etapas complexas, que exigem um planejamento detalhado e rigoroso.

Primeiramente, é feito um projeto executivo, que leva em conta a geologia, o meio ambiente, o dimensionamento estrutural e a logística da obra.

Em seguida, os módulos são fabricados em uma doca seca, com dimensões e características específicas para se adaptarem ao túnel.

Depois, os módulos são transportados por flutuação até o local da obra, evitando o uso de vias terrestres.

Antes da instalação dos módulos, o leito do canal é preparado para receber as estruturas, com escavações, nivelamento e outras intervenções necessárias.

Os módulos são então submersos gradualmente no leito do canal, encaixados e fixados de forma segura para formar o túnel.

Esse processo é delicado e precisa ser feito com precisão para garantir a integridade estrutural.

Por fim, são realizadas as verificações finais de segurança e qualidade, e feitos os ajustes necessários para garantir a estabilidade e a eficiência do túnel.

Benefícios do projeto para os moradores, meio ambiente e economia

O túnel submerso trará diversos benefícios para a região, como a melhoria do fluxo de veículos, a redução da demanda pela balsa da Ponta da Praia, a diminuição das emissões de dióxido de carbono.

Além da priorização do canal do porto para o transporte de carga e passageiros, e o desenvolvimento econômico e social das duas cidades.

O custo estimado da obra é de cerca de R$ 5,8 bilhões, que serão divididos entre a União e o estado de São Paulo, cada um com 50% do valor.

O projeto faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e prevê a cobrança de um pedágio no túnel, equivalente à tarifa das balsas, a qual é de R$ 12,30 para veículos de passeio em dias úteis.

No entanto, não haverá cobrança de pedágio para pedestres.

O túnel submerso entre Santos e Guarujá é um projeto inovador, que colocará o Brasil na nos holofotes da engenharia civil na América Latina.

A obra é esperada com ansiedade pelos moradores e visitantes das duas cidades, que poderão desfrutar de uma nova forma de conexão, mais rápida, segura e sustentável.

O início das obras está previsto para o segundo semestre de 2024, e a conclusão para o final de 2027.

Fonte: Engenharia É

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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