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Um dinossauro com câncer? Fóssil de 66 milhões de anos revela tumor idêntico ao humano e pode mudar a medicina moderna

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 07/07/2025 às 11:00
câncer
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Descoberta chocante: dinossauro do período Cretáceo tinha tumor semelhante ao que afeta humanos hoje. O que isso revela sobre o câncer?

Um tumor benigno descoberto no Telmatosaurus transsylvanicus, dinossauro que viveu há cerca de 66 milhões de anos, promete mudar tudo o que sabemos sobre a história do câncer e sua relação com os seres vivos modernos. O achado, descrito em um estudo britânico recente, lança uma nova luz sobre como doenças graves afetaram criaturas extintas.

O tumor, um ameloblastoma (comum na mandíbula de humanos), foi encontrado por pesquisadores do Imperial College London e da Universidade Anglia Ruskin. Segundo Biancastella Cereser, coautora do estudo, “queríamos entender se havia paralelos entre o tumor do dinossauro e os cânceres humanos”. Isso mostra que o câncer não é um problema exclusivamente humano: ele já existia na era dos dinossauros.

Impacto na biologia evolutiva

Este achado abre um novo campo de estudos chamado paleooncologia comparada, que investiga como doenças como o câncer evoluíram em diferentes espécies. Técnicas avançadas de paleoproteômica permitiram a análise de tecidos moles fossilizados, oferecendo informações sobre as proteínas, que resistem por milhões de anos. Justin Stebbing, pesquisador da Anglia Ruskin, afirmou que “essas análises podem trazer benefícios diretos para a medicina moderna”.

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A descoberta também sugere que dinossauros podem ter desenvolvido mecanismos semelhantes aos de animais grandes de hoje, como elefantes (que têm várias cópias do gene supressor de tumor TP53) e baleias (que possuem reparação de DNA altamente eficiente). Será que os dinossauros tinham formas próprias de combater tumores? Essa é uma pergunta que intriga os cientistas e poderá gerar novas pesquisas.

Conservação e novas descobertas

Outro ponto levantado é a importância da conservação dos fósseis. Stebbing destaca que “preservar fósseis com tecidos moles é crucial para futuras pesquisas moleculares”. O Telmatosaurus, encontrado na Bacia de Hațeg, na Romênia, agora é visto como um símbolo de como o câncer sempre esteve presente na natureza.

Essa pesquisa reforça que o câncer não é uma “doença moderna”, mas sim um desafio evolutivo antigo. Ao entender como as espécies antigas lidavam com ele, poderemos inspirar estratégias para tratar a doença nos dias de hoje. O estudo do câncer em dinossauros pode até ajudar a explicar como grandes organismos conseguiram viver tanto tempo sem serem dominados por tumores.

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Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, baseado no Rio de Janeiro, especializado em temas militares, tecnologia, energia e geopolítica. Busco traduzir assuntos complexos em conteúdos acessíveis, com rigor jornalístico e foco no impacto social e econômico.

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