Descoberta nos Estados Unidos revela espécie inédita de tubarão pré-histórico com dentes curvos e menos de 30 centímetros de comprimento.
Cientistas descobriram uma nova espécie de tubarão fossilizado nas paredes da Mammoth Cave, o maior sistema de cavernas do mundo. O animal tem mais de 300 milhões de anos e chamou atenção pelo tamanho minúsculo e pela dentição incomum.
A espécie foi encontrada nas paredes de calcário do parque nacional localizado no estado de Kentucky, nos Estados Unidos.
Com cerca de 30 centímetros, o tubarão batizado de Macadens olsoni viveu em mares quentes e rasos há mais de 300 milhões de anos. Ele se alimentava de crustáceos, moluscos e vermes.
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O nome da espécie homenageia tanto a formação geológica da caverna quanto Rickard Olson, responsável por registrar os fósseis no local.
Caverna guarda centenas de fósseis
A Mammoth Cave tem mais de 640 quilômetros de passagens já mapeadas. Formada entre 320 e 360 milhões de anos atrás, a região começou a ser esculpida por águas subterrâneas entre 10 e 15 milhões de anos atrás. Desde então, seus corredores escondem segredos da vida marinha antiga.
Desde 2019, os pesquisadores vêm encontrando fósseis nas paredes da caverna. As descobertas incluem dentes, espinhas e até cartilagens — algo raro em fósseis de tubarões. Segundo o especialista JP Hodnett, a quantidade de achados impressiona. “Mal conseguimos andar mais do que alguns metros sem ver outro dente ou espinha no teto ou na parede da caverna”, afirmou.
Nova espécie reforça diversidade marinha
Com essa nova descoberta, os cientistas já identificaram mais de 40 espécies de tubarões fósseis e seus parentes dentro do parque. Seis dessas espécies são completamente novas para a ciência. A fauna de tubarões da Mammoth Cave, da era Mississipi, é considerada uma das mais diversas da América do Norte.
O Macadens olsoni se destaca por uma fileira dentária curva, que funcionava como uma ferramenta para triturar presas com casca. Segundo o Serviço Nacional de Parques, a descoberta aconteceu na Formação Ste. Genevieve, uma camada de rocha formada em antigos mares rasos.
Importância científica e educativa
O superintendente do parque, Barclay Trimble, destacou o valor educacional e científico da descoberta. Para ele, cada fóssil encontrado aproxima as pessoas do passado e ajuda a compreender a evolução marinha.
“Esta descoberta não apenas aumenta nosso conhecimento sobre ecossistemas marinhos antigos, mas também enfatiza o papel crítico da pesquisa paleontológica em nossos parques nacionais”, afirmou.
Além do Macadens olsoni, os pesquisadores também analisaram outra espécie da região, o Helodus coxanus. As comparações entre elas oferecem pistas importantes sobre a adaptação dos animais aos ambientes antigos. As pesquisas seguem em andamento.