Trump amplia pressão contra Maduro com reforço naval, operações aéreas intensificadas e promessa de usar toda força contra regime chavista no Caribe
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu ampliar a pressão contra Nicolás Maduro, da Venezuela. A movimentação inclui o envio de reforços navais e a intensificação de operações aéreas na região. O anúncio sinaliza um novo estágio de confrontação entre Washington e Caracas.
Reforço militar na costa
O destróier USS Lake Erin, equipado com 122 mísseis, e o submarino USS Newport News, de propulsão nuclear, vão se juntar às forças já presentes na costa venezuelana.
Desde a semana passada, os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson atuam em missões de patrulha.
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Além disso, três contratorpedeiros do grupo Anfíbio de Prontidão retomaram a navegação rumo ao Caribe nesta segunda-feira, 25.
Eles haviam retornado aos Estados Unidos por causa do furacão Erin. Uma autoridade ouvida pela Reuters destacou que essas embarcações podem cumprir funções de vigilância ou realizar ataques diretos contra a terra firme.
Operações aéreas em curso
O cerco também envolve aeronaves de reconhecimento e inteligência. O avião Poseidon P-8, operando a partir de San Juan, em Porto Rico, tem sobrevoado áreas próximas a Aruba.
O objetivo é localizar semissubmersíveis usados pelo narcotráfico no transporte de drogas para o México, rota que abastece o mercado americano.
Outro equipamento identificado na região é o Boeing E-3 Sentry, especializado em localizar alvos estratégicos.
Esses meios ampliam a capacidade dos EUA de mapear atividades suspeitas e monitorar movimentos ligados ao regime chavista.
Tensões crescentes
As tensões entre os dois países aumentaram ainda mais neste mês. O governo Trump elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro.
Diante da ameaça, o presidente venezuelano reagiu com discurso duro no último dia 18. Ele garantiu que a Venezuela vai defender “mares, céus e terras” contra o que chamou de “ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”.
O mais importante é que, além da retórica, Maduro colocou em ação medidas de segurança. O líder chavista mobilizou 4,5 milhões de milicianos em todo o país.
A mobilização foi apresentada como um escudo contra qualquer ofensiva estrangeira.
Resposta dos Estados Unidos
No dia seguinte ao discurso, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou a postura americana. Ela declarou que os Estados Unidos vão usar “toda a força” contra o regime chavista.
Estimativas apontam que 4.000 marinheiros e fuzileiros navais devem ser deslocados para o sul do Caribe. A missão oficial é combater cartéis de narcotráfico, classificados como organizações terroristas pelo governo Trump.
Acusações contra Maduro
As acusações formais dos Estados Unidos contra Maduro se acumulam. A secretária de Justiça, Pam Bondi, anunciou recentemente a apreensão de US$ 700 milhões em ativos ligados ao presidente venezuelano.
Segundo Washington, Maduro violou leis de narcóticos americanas, assumiu o poder de maneira não democrática e mantém relações diretas com grupos criminosos.
Entre eles, estão o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa. Além disso, as autoridades o acusam de liderar o Cartel de los Soles “há mais de uma década”.
Escalada no Caribe
Portanto, o cenário mostra uma escalada clara no Caribe. De um lado, os Estados Unidos reforçam a presença militar, ampliam operações de inteligência e elevam o tom político. De outro, Maduro reage com mobilização interna e discursos desafiadores.
Além disso, as movimentações incluem acusações de crimes ligados ao narcotráfico e à corrupção. O impasse projeta novos capítulos para um confronto que, cada vez mais, se estende para além das fronteiras da Venezuela.
Com informações de Veja.