Donald Trump pressiona União Europeia a ampliar sanções e usar tarifas de 100% como arma econômica para sufocar a Rússia e isolar Putin.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom na guerra econômica contra a Rússia e agora mira China e Índia. Em 9 de setembro de 2025, ele exigiu que a União Europeia adote tarifas de até 100% sobre exportações desses países, como forma de enfraquecer a economia russa e cortar a receita usada pelo Kremlin na guerra da Ucrânia. A informação foi divulgada pela revista Veja.
Para Trump, taxar as duas maiores compradoras de petróleo russo é a única maneira de reduzir drasticamente o fluxo de recursos para Moscou.
A proposta, no entanto, representa uma mudança radical de estratégia, já que até agora as sanções se concentravam diretamente na Rússia, sem atingir terceiros.
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Por que China e Índia entraram na mira de Trump
Segundo a Veja, China e Índia absorvem grande parte do petróleo russo e se tornaram a principal válvula de escape para Moscou desde 2022.
Essa relação econômica é vista por Trump como um obstáculo às sanções tradicionais.
Ao impor tarifas de 100%, os EUA e a União Europeia buscariam estrangular indiretamente a receita russa, dificultando o financiamento da guerra.
Um diplomata europeu que participou das discussões afirmou que Washington deixou claro: “Faremos isso, mas vocês precisam fazer conosco”.
aIsso reforça a pressão de Trump por uma ação conjunta, mesmo diante de divisões internas no bloco europeu.
Como o pedido foi apresentado à União Europeia
O pedido de Trump foi feito em videoconferência com o enviado da UE para sanções, David O’Sullivan, e outros representantes.
De acordo com a Veja, a Casa Branca sinalizou que só aplicará tarifas dessa magnitude em coordenação com os europeus.
A proposta abre espaço para uma nova fase da guerra comercial, colocando países estratégicos como China e Índia no centro do conflito econômico global.
Para especialistas, trata-se de um teste de coesão dentro da União Europeia, que ainda debate até onde pode ir sem gerar represálias que afetem sua própria economia.
A reação imediata da China
O Ministério das Relações Exteriores da China reagiu de forma dura, criticando o uso de seu comércio como ferramenta de pressão.
Pequim classificou a proposta de Trump como uma “instrumentalização injusta” das relações comerciais e alertou para possíveis respostas caso medidas punitivas sejam adotadas.
Para analistas citados pela Veja, uma tarifa de 100% teria impacto direto não apenas na balança comercial, mas também no equilíbrio geopolítico do BRICS, fortalecendo a aproximação entre China, Índia e Rússia contra o Ocidente.
Contradições na relação com a Índia
Apesar do discurso, Trump mantém uma relação ambígua com Nova Délhi.
Em julho, o presidente já havia elevado tarifas contra a Índia em 25 pontos percentuais, mas ao mesmo tempo elogiou publicamente sua parceria com o primeiro-ministro Narendra Modi, destacando a expansão do comércio bilateral.
Essa postura contraditória indica que os EUA buscam pressionar sem afastar totalmente a Índia, país visto como contrapeso estratégico à influência chinesa na Ásia.
Críticas também à União Europeia
Além de mirar China e Índia, Trump aproveitou a oportunidade para criticar a própria União Europeia, acusando o bloco de ainda depender do gás russo.
Segundo a Veja, em 2024 cerca de 19% do gás importado pela UE ainda vinha da Rússia, apesar das promessas de redução feitas em Bruxelas.
Essa cobrança reforça a pressão sobre líderes europeus, que já enfrentam dilemas internos sobre os custos das sanções e os riscos de retaliação econômica.
Consequências estratégicas se a proposta avançar
Caso a proposta de Trump seja aceita, o mundo pode assistir a três movimentos simultâneos:
1. Guerra comercial ampliada, atingindo diretamente China e Índia.
2. Divisão dentro da União Europeia, entre países dispostos a endurecer contra Pequim e Nova Délhi e outros preocupados com retaliações.
3. Reação coordenada de China e Índia, fortalecendo alianças no BRICS e acelerando a busca por mecanismos de comércio fora do sistema ocidental.
Analistas alertam que uma tarifa de 100% pode desencadear retaliações em larga escala, aumentando o risco de uma guerra econômica global.
O movimento de Donald Trump amplia o alcance das sanções contra a Rússia e pressiona aliados europeus a adotar medidas mais duras.
Mas também abre espaço para tensões comerciais inéditas com China e Índia, países centrais para a economia global.
E você? Acredita que a estratégia de Trump de impor tarifas de 100% é eficaz para enfraquecer Putin ou vai apenas acirrar a guerra comercial global?
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