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Trump diz que não vai penalizar China por comprar petróleo russo, adiando decisão que pode custar bilhões ao comércio mundial

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 16/08/2025 às 23:08
Trump diz que não vai penalizar China por comprar petróleo russo e condiciona medida a avanços em negociações de paz com Putin
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Trump diz que não vai penalizar China por comprar petróleo russo. Por enquanto. Republicano recua de ameaça de tarifas e mantém trégua comercial com Pequim em meio a negociações com Putin sobre a guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que não vai penalizar China por comprar petróleo russo, pelo menos por enquanto. A decisão foi anunciada após sua cúpula com Vladimir Putin, em que, segundo o republicano, houve avanços em direção a possíveis negociações de paz na Ucrânia.

No início de agosto, Trump havia ameaçado impor tarifas adicionais a países que importassem energia da Rússia como forma de pressionar Moscou. Agora, o presidente americano recua temporariamente no caso chinês, alegando que pode rever a medida dentro de algumas semanas.

Por que Trump diz que não vai penalizar China por comprar petróleo russo

Trump afirmou à Fox News que não vê necessidade imediata de ampliar tarifas contra a China, embora tenha mantido a possibilidade aberta para o futuro. Segundo ele, qualquer decisão dependerá do andamento das conversas com Putin sobre a guerra na Ucrânia.

O republicano já havia aumentado as tarifas sobre produtos indianos, elevando-as para 50% devido à compra de petróleo russo. No caso da China, porém, o impacto seria mais arriscado, já que os dois países estenderam recentemente uma trégua comercial de 90 dias que reduziu tensões nos mercados globais.

Quanto a decisão pode custar à relação comercial

Analistas ouvidos pelo O Globo e pela Bloomberg apontam que penalizar a China por importar petróleo russo poderia abalar ainda mais o comércio mundial. Hoje, as duas maiores economias já enfrentam tarifas bilionárias impostas nos últimos anos, o que reduziu investimentos e desacelerou setores estratégicos como o de tecnologia e manufatura.

Manter o adiamento, portanto, dá fôlego temporário a Pequim e evita que Washington quebre a trégua firmada neste semestre, quando ambos reduziram tarifas sobre bens de consumo e matérias-primas.

Onde a China se posiciona sobre o petróleo russo

A China, por sua vez, defende suas importações de petróleo russo como legais e essenciais para sua segurança energética. Autoridades chinesas argumentam que a dependência de energia externa obriga o país a buscar fornecedores estáveis e de grande escala — papel que a Rússia passou a cumprir após o início da guerra na Ucrânia e o isolamento imposto pelo Ocidente.

Esse movimento se intensificou desde 2022, quando Moscou redirecionou grande parte de suas exportações de energia para o mercado asiático, aproveitando-se do espaço deixado pela Europa.

Por que Trump prefere adiar a penalização

Ao declarar que não vai penalizar China por comprar petróleo russo “por enquanto”, Trump mantém espaço para pressão política sem desestabilizar a economia americana. O republicano também sinaliza que sua estratégia é condicionar a decisão à resposta de Putin nas negociações.

Especialistas lembram que Trump busca equilibrar três fatores: manter pressão sobre Moscou, preservar o comércio com Pequim e responder às expectativas de seus eleitores sobre uma postura dura em relação à China.

Vale a pena esperar uma mudança de postura?

O cenário ainda é incerto. Trump deixou claro que pode retomar a ameaça em “duas ou três semanas”, dependendo do rumo da guerra na Ucrânia e do comportamento da Rússia nas negociações. Caso avance com novas tarifas, os mercados podem sofrer choques imediatos, afetando desde o preço do petróleo até cadeias globais de suprimentos.

A China, por sua vez, parece preparada para sustentar suas compras de petróleo russo, mesmo diante de novas pressões. Isso indica que o impasse entre as duas potências pode se prolongar, elevando riscos geopolíticos.

O anúncio de que Trump diz que não vai penalizar China por comprar petróleo russo representa mais um capítulo na disputa comercial e diplomática entre Washington e Pequim. Ao mesmo tempo, reforça como a guerra na Ucrânia continua a influenciar diretamente as estratégias das maiores economias do mundo.

E você, acredita que Trump realmente manterá essa posição ou acabará cedendo à pressão e impondo tarifas? Acha que não penalizar a China por comprar petróleo russo é uma estratégia inteligente ou apenas um adiamento inevitável? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha de perto esse cenário.

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Graciliano
Graciliano
17/08/2025 00:34

Governo americano deveria ter mais bom senso aos a todos os países ao redor do mundo. Não ser **** como ele demonstra se achando que é superior a todos. Governo americano já mostrou aos países que não tem taxação firme, em vários aspectos. Esse tarifaço está causando um caus aos próprios povos deles.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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