Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
Trump promete impor tarifas de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA. Medida visa fortalecer Hollywood, mas gera incertezas no setor.
Trump anuncia nova ofensiva contra filmes estrangeiros
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (29) que pretende impor tarifas de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA.
O anúncio, feito em sua plataforma Truth Social, reacende um debate iniciado em maio, quando o republicano levantou pela primeira vez a proposta.
Segundo Trump, a medida busca proteger a indústria cinematográfica americana, que, em suas palavras, foi “roubada por outros países com a mesma facilidade que tirar doce de criança”.
-
Após caso Itaú vem à tona o Big Brother de produtividade: softwares já monitoram até toques na barra de espaço e dominam escritórios físicos e remotos
-
Embraer vira referência nos EUA e caças Super Tucano com sensores infravermelhos, visão noturna e comunicação segura serão usados por pilotos treinados nos EUA
-
Vai doer no bolso: mensalidade escolar em 2026 terá reajuste médio de 9,8%, mais que o dobro da inflação prevista pelo Banco Central
-
Imóvel de leilão do Minha Casa Minha Vida, arrematado por R$ 103 mil, é reformado e vendido por R$ 180 mil, garantindo lucro de R$ 49,9 mil
Embora tenha prometido ação imediata, o presidente não detalhou quando as tarifas começarão a valer nem se a medida também atingirá séries de televisão.
Por que Trump quer impor tarifas de 100%?
O republicano justifica a decisão como forma de recuperar espaço perdido por Hollywood diante de países que oferecem incentivos fiscais atrativos para cineastas.
Entre eles estão Reino Unido, França, Hungria e Tailândia, que competem diretamente com a Califórnia na captação de grandes produções.
Trump reforçou que pretende “resolver esse problema antigo e interminável” impondo tarifas pesadas sobre filmes que entram no mercado americano sem serem produzidos nos EUA.
Na visão dele, isso poderia trazer de volta investimentos e empregos para o setor audiovisual.
Hollywood em crise e a pressão sobre a Califórnia
O estado da Califórnia, berço da indústria cinematográfica mundial, aparece no centro dessa polêmica. Nos últimos anos, a região registrou queda histórica no número de dias de filmagem, atingindo o menor nível em 2024. O cenário se agravou após a pandemia, quando a produção chegou a paralisar completamente.
Para tentar reverter essa tendência, o Legislativo estadual aprovou a duplicação dos créditos fiscais destinados a filmes e séries. Ainda assim, especialistas apontam que a concorrência internacional continua sendo um desafio significativo para Hollywood.
Ataques políticos e embate com Gavin Newsom
Além da questão econômica, Trump usou a oportunidade para atacar o governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, a quem chamou de “fraco” e “incompetente”.
O embate entre os dois já se arrasta há meses. Em julho, por exemplo, Trump enviou tropas da Guarda Nacional para o estado, intensificando a rivalidade.
Apesar das críticas, Newsom sinalizou disposição em cooperar. O governador defende um plano federal de US$ 7,5 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões) em créditos fiscais para fortalecer a produção audiovisual em todo o país.
Reação do setor de filmes nos EUA
A ideia das tarifas de 100% não foi bem recebida pelos principais estúdios e sindicatos de Hollywood.
Em carta conjunta enviada em junho, representantes do setor pediram mais incentivos fiscais domésticos em vez de tarifas internacionais, argumentando que a competitividade precisa de apoio interno.
Ainda não está claro se a imposição dessas tarifas trará os resultados esperados.
Analistas alertam que a medida pode não ser suficiente para recuperar a vitalidade de uma indústria que vem sofrendo com altos custos, queda na produção e perda de talentos para outros países.
O que esperar daqui para frente?
Neste momento, a decisão de Trump ainda gera mais dúvidas do que certezas. Se implementadas, as tarifas de 100% podem encarecer a distribuição de filmes estrangeiros no mercado americano e, ao mesmo tempo, pressionar produtores locais a expandirem seus projetos.
Por outro lado, críticos afirmam que Hollywood precisa de reformas estruturais, e não apenas de barreiras comerciais. Assim, a grande questão permanece: as tarifas de Trump realmente conseguirão revitalizar a indústria de filmes nos EUA, ou serão apenas mais uma disputa política em ano eleitoral?
Seja o primeiro a reagir!