Trump admite decepção com Putin no Reino Unido e cobra Europa: cortar petróleo russo é a chave para enfraquecer Moscou.
Trump expõe frustração com Putin em coletiva no Reino Unido
Donald Trump, presidente dos EUA, declarou nesta quinta-feira (18), em Chequers, no Reino Unido, que está “profundamente decepcionado” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
A fala ocorreu ao lado do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, durante uma coletiva de imprensa marcada por críticas diretas e cobranças firmes.
Trump afirmou que esperava uma solução rápida para o conflito na Ucrânia por conta da relação próxima que manteve com Putin no passado. “Pensei que seria o mais fácil de resolver. Mas ele me decepcionou, realmente me decepcionou”, disse.
-
Petróleo em queda: preços reagem a temores sobre a economia dos EUA
-
Trump volta a criticar Putin e pressiona por sanções mais severas ao petróleo da Rússia
-
Mais petróleo encontrado no Rio Grande do Norte! Nova zona produtora é localizada no Campo de Andorinha pela Azevedo & Travassos Energia
-
Gigante do pré-sal: plataforma P-70 da Petrobras mede 316 metros e produz 150 mil barris de petróleo por dia em alto-mar
Conflito na Ucrânia vira centro das críticas
Segundo Trump, a guerra no Leste Europeu, que já dura anos, poderia ter sido evitada caso Putin tivesse mostrado maior abertura ao diálogo. Ele destacou que a frustração pessoal está ligada à expectativa de que sua boa relação com o líder russo ajudaria em negociações diretas.
No entanto, o cenário é outro. Trump frisou que a postura do Kremlin ameaça não apenas a Ucrânia, mas toda a estabilidade da região.
Essa declaração intensificou a percepção de que o novo governo americano adotará uma linha ainda mais dura contra Moscou.
Pressão sobre petróleo russo: estratégia de Trump para enfraquecer Moscou
Um dos pontos mais enfáticos do discurso foi o apelo de Trump aos países europeus. O presidente pediu que os aliados deixem de comprar petróleo russo, destacando que esse movimento seria capaz de impactar diretamente a economia da Rússia.
“Se o preço cair, Putin se retirará dessa guerra”, disse Trump, em tom de cobrança. Para ele, a dependência energética da Europa continua sendo um dos principais trunfos de Moscou no conflito.
Reino Unido apoia aumento da pressão sobre Putin
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, endossou a fala do presidente americano. Para ele, o momento exige unidade e firmeza contra o governo russo.
“Devemos exercer uma pressão adicional sobre Putin. Só quando o presidente [Donald Trump] pressionou Putin é que ele realmente mostrou certa disposição para agir. Por isso, devemos intensificar a pressão”, declarou Starmer.
Com isso, Londres sinaliza que está alinhada à estratégia de Washington para conter a ofensiva russa, reforçando o papel de liderança conjunta entre EUA e Reino Unido.
EUA e Reino Unido unidos contra Moscou
O encontro em Chequers deixou claro que a cooperação entre Washington e Londres deve ganhar força diante da escalada militar no Leste Europeu.
Tanto Trump quanto Starmer sublinharam que a guerra na Ucrânia não pode ser prolongada indefinidamente, e que a pressão econômica, política e diplomática é a chave para forçar Putin a recuar.
Ao mesmo tempo, as declarações refletem o novo tom da diplomacia americana: mais direto, mais confrontativo e com cobrança explícita aos aliados da OTAN.
Impactos e próximos passos
As declarações de Trump não apenas revelam sua decepção pessoal com Putin, mas também indicam um reposicionamento estratégico dos EUA frente à Rússia.
A pressão sobre o petróleo pode abrir fissuras no mercado internacional de energia e aumentar o custo político para Moscou.
Enquanto isso, a postura firme do Reino Unido reforça a ideia de uma frente ocidental coesa contra Putin. O recado é claro: o tempo da paciência acabou, e novas sanções podem estar no horizonte.