Com 236 kg, a Triumph Scrambler 900 2025 aposta tudo no motor “HTorker” de 8,16 kgfm para entregar uma aceleração “de alma”; veja a análise.
A Triumph Scrambler 900 2025 chegou ao mercado brasileiro mantendo sua essência clássica, agora atualizada com uma nova opção de cor (King Fisher Blue), mas com a mesma promessa de performance que justifica seu legado. O modelo, detalhado em análise recente pelo canal Rodolfinho da Z, apresenta uma ficha técnica intrigante: são 236 kg em ordem de marcha. Um peso considerável que, à primeira vista, poderia sugerir uma moto lenta ou difícil de manejar.
No entanto, o segredo que anula a percepção do peso está em seu propulsor, o motor HTorker. Com 900 cilindradas e um virabrequim de 270º, ele entrega 8,16 kgfm de torque de forma quase instantânea. Na prática, como descrito pelo canal, é a moto que “acelerou, vai alma”, transformando a massa em um detalhe secundário diante da força bruta disponível em baixas e médias rotações, definindo a personalidade única do modelo.
O que o motor HTorker realmente significa?
O coração da Triumph Scrambler 900 2025 é o motor bicilíndrico paralelo de 900 cc, SOHC, com refrigeração líquida e oito válvulas. O apelido “HTorker” (High Torque, ou Alto Torque) não é apenas marketing.
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Ele gera 65 cavalos de potência, mas o número que define a experiência são os 8,16 kgfm de torque, entregues de forma robusta e linear. Diferente de motos esportivas focadas em alta velocidade, a Scrambler 900 é projetada para entregar essa força em regimes de rotação baixos e médios.
Essa configuração, auxiliada pelo virabrequim de 270º (que simula o pulsar e a entrega de torque de um motor V-Twin), resulta em uma resposta imediata ao acelerador eletrônico (ride-by-wire). Como destacado na avaliação do canal Rodolfinho da Z, a moto “explode” em saídas de semáforo e retomadas, fazendo os 236 kg parecerem muito menos.
É uma característica que agrada quem busca uma pilotagem vigorosa na cidade sem precisar esticar as marchas.
Peso vs. ciclística: como a Scrambler 900 se comporta?
Os 236 kg em ordem de marcha (com fluídos e tanque de 12 litros cheio) são sentidos principalmente em manobras de baixa velocidade ou ao movimentar a moto desligada. Contudo, o design da moto busca equilibrar essa massa.
O centro de gravidade é relativamente baixo e o assento, posicionado a 79 cm do solo, permite que pilotos de estatura mediana apoiem os pés com firmeza, conforme demonstrado no teste.
Em movimento, o peso se dissipa. A moto utiliza um chassi de berço em aço, suspensão dianteira Kayaba de 41 mm (sem ajustes) e um conjunto bi-choque traseiro, também Kayaba (com ajuste de pré-carga), ambos com 120 mm de curso.
O canal Rodolfinho da Z aponta que, apesar da massa, a moto é “fácil de guiar” e obediente em curvas, com uma ciclística que inspira confiança, auxiliada pelo guidão largo que facilita a alavanca.
Tecnologia embarcada e pontos de atenção
A Triumph Scrambler 900 2025 não é uma moto “raiz” em eletrônica. Ela vem equipada com três modos de pilotagem (Road, Rain, Off-Road), controle de tração (que pode ser desligado com a moto parada) e freios ABS (com opção de desligar o traseiro no modo Off-Road).
Destaque para a embreagem assistida e deslizante, que torna o acionamento leve e evita o travamento da roda traseira em reduções bruscas. O painel mescla um velocímetro analógico com um display LCD e há uma tomada USB sob o assento.
A análise do canal Rodolfinho da Z também levanta pontos críticos. O principal é a temperatura do motor, que “esquenta demais” no trânsito urbano, um desconforto notável em dias quentes. O famoso escapamento lateral alto, embora seja o charme da moto, não é o principal vilão do calor, que irradia diretamente do motor para as pernas do piloto.
Outro ponto negativo característico das clássicas de 900cc da marca é o câmbio de cinco marchas. Embora o torque compense na cidade, em rodovias, “faz falta uma sexta marcha” para diminuir a rotação do motor, o consumo e a vibração em viagens mais longas.
Além disso, o canal alerta para relatos de problemas elétricos na família de clássicas da Triumph, supostamente ligados ao desgaste do chicote que passa próximo à caixa de direção, causando falhas a longo prazo.
Preço, consumo e evolução: vale a pena em 2025?
O modelo atual é a terceira geração, que em 2021 perdeu o nome “Street” (usado de 2017 a 2022) e ganhou um salto de potência, pulando de 55 cv para os 65 cv atuais. A Triumph Scrambler 900 2025 tem preço público sugerido de R$ 57.690 (0km). Para comparação, o valor da Tabela FIPE para um modelo seminovo (como o testado no vídeo) gira em torno de R$ 50.600.
O consumo reflete diretamente o uso do torque: andando de forma econômica, a moto pode fazer entre 16 e 20 km/l. Se o piloto “acelerar com vontade”, o consumo cai para a faixa dos 12 a 15 km/l. A velocidade final, segundo o teste, é limitada eletronicamente em torno de 170 km/h, marca que a moto atinge rapidamente (chegando a 160 km/h em terceira marcha, segundo o vídeo).
Força bruta com estilo clássico
A Triumph Scrambler 900 2025 prova que números de ficha técnica podem ser enganosos. Seu peso elevado é real, mas é neutralizado por um motor “HTorker” que entrega torque de sobra, validando a impressão de que a moto “vai alma” a qualquer toque no acelerador. É uma clássica moderna que exige concessões (o calor e o câmbio de 5 marchas), mas entrega em troca uma personalidade robusta, um visual icônico e uma ciclística surpreendentemente fácil.
A análise do canal Rodolfinho da Z deixa claro o perfil da moto. Mas e para você, que pilota no dia a dia? Esse torque todo compensa o calor que o motor gera no trânsito urbano? E a falta da sexta marcha na estrada seria um fator decisivo para você não comprar a moto? Deixe sua opinião nos comentários — queremos saber a visão de quem realmente usa.