Trem-bala de alta velocidade que ligará Rio de Janeiro e São Paulo promete revolucionar o transporte no Brasil. Com custo de R$ 50 bilhões e previsão de 10 mil empregos, o projeto avança rumo à execução.
O tão aguardado trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, prometendo uma revolução no transporte entre as duas maiores cidades do Brasil, voltou ao centro das discussões.
O projeto, anunciado com a promessa de reduzir o tempo de viagem para menos de duas horas, desperta a curiosidade de milhares de brasileiros, tanto pelos benefícios quanto pelos desafios e custo gigantesco de sua execução.
Mas, em que estágio realmente está essa obra bilionária? E será que os planos finalmente sairão do papel?
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Desde fevereiro de 2023, a empresa TAV Brasil possui a autorização federal para iniciar o projeto do trem de alta velocidade (TAV) que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro.
Com isso, o próximo passo é a obtenção de licenças necessárias, fase em que o projeto atualmente se encontra.
A previsão é que as obras tenham início em 2027, com conclusão para 2032, demandando um investimento de cerca de R$ 50 bilhões.
Trajeto planejado e estações intermediárias
O trajeto original, com extensão de 417 quilômetros, promete cortar o tempo de viagem entre as capitais para aproximadamente 1h45.
No entanto, algumas mudanças foram feitas em relação ao planejamento inicial de 2010, como a adição de paradas em quatro pontos estratégicos ao longo do percurso:
São José dos Campos, Volta Redonda, uma na Zona Norte de São Paulo e o ponto final no centro do Rio de Janeiro.
Segundo as informações divulgadas nas redes sociais e em eventos de mobilidade, o percurso será majoritariamente em superfície.
Mas, em áreas densamente urbanizadas, como na Grande São Paulo, três grandes túneis serão construídos: 3,5 km em Arujá, 8,5 km em Guarulhos e 20 km na capital paulista.
A expectativa é que essa medida reduza o impacto em áreas residenciais.
Conexão com o Rodoanel Norte e impacto urbano
Durante o Seminário LIDE de Transportes e Mobilidade, Bernardo Figueiredo, CEO da TAV Brasil, destacou a possibilidade de parte da ferrovia utilizar o trecho norte do Rodoanel em São Paulo.
Essa medida, no entanto, dependerá de um acordo com o Governo do Estado, visando otimizar o percurso e minimizar os impactos urbanos.
Em São Paulo, ainda estão em discussão a definição exata das estações.
No Rio de Janeiro, uma das opções estudadas para a chegada do trem é a tradicional estação Barão de Mauá (Leopoldina), que pode se tornar o ponto de entrada dos passageiros de alta velocidade na capital carioca.
Apostas e dúvidas sobre a viabilidade
Mesmo com as expectativas para a geração de 10 mil empregos diretos e indiretos durante a construção, o projeto enfrenta o ceticismo de parte da população e especialistas em transporte.
O alto custo de execução e a complexidade técnica de um trem de alta velocidade levantam questões sobre a viabilidade do projeto e os impactos sociais e econômicos que ele pode trazer.
No entanto, para muitos, os benefícios superam as incertezas.
Com a conclusão do TAV, a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo, atualmente percorrida em aproximadamente seis horas de carro, poderá ser encurtada significativamente, facilitando deslocamentos rápidos para turismo, negócios e outros setores essenciais da economia.
Futuro do trem-bala no Brasil
Se concluído conforme o planejado, o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro será um marco no transporte ferroviário brasileiro, destacando o país no cenário global com uma das maiores linhas de alta velocidade do hemisfério sul.
A expectativa é que o modelo de trem-bala possa servir como exemplo e inspirar outros projetos de mobilidade urbana em regiões brasileiras.
Obra bilionária sairá do papel?
Enquanto aguarda as licenças e o início das obras, o público permanece atento e curioso sobre o futuro do projeto que pode transformar o transporte no Brasil.
Afinal, o trem-bala entre Rio e São Paulo, que já teve idas e vindas em sua trajetória, será realmente uma realidade?