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Trem-bala brasileiro vai ligar RJ a SP em 105 minutos com velocidade de 320 km/h, passagem a R$ 500, percurso de 417 km e investimento de R$ 60 bilhões

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 23/10/2025 às 15:29
Trem-bala ligará Rio e São Paulo em 105 minutos, com velocidade de 320 km/h e passagens de R$ 500. Projeto deve operar em 2032.
Trem-bala ligará Rio e São Paulo em 105 minutos, com velocidade de 320 km/h e passagens de R$ 500. Projeto deve operar em 2032.
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Projeto promete conectar Rio e São Paulo por via férrea de alta velocidade em pouco mais de 100 minutos, com investimento bilionário, operação prevista para 2032 e expectativa de revolucionar o transporte entre as duas maiores cidades do país.

Previsto para entrar em operação em 2032, o projeto de trem de alta velocidade que ligará Rio de Janeiro e São Paulo pretende percorrer 417 quilômetros em cerca de 105 minutos, com trens a 320 km/h.

A TAV Brasil, empresa autorizada a desenvolver e explorar o serviço, estima investimento de R$ 60 bilhões e tarifa de R$ 500 no trecho integral; viagens intermediárias devem custar R$ 250 por trecho, segundo a própria companhia.

O que se sabe sobre o projeto

A proposta retoma a ideia de um trem-bala entre as duas maiores metrópoles do país em um novo arranjo regulatório.

Com base no marco legal das ferrovias, a TAV Brasil obteve autorização federal para conduzir estudos, licenciamento e implantação.

A empresa afirma que o serviço será 100% privado e operado sob autorização por longo prazo, com receitas de passagem e de exploração comercial das áreas das estações.

Com velocidade prevista de 320 km/h, o trem-bala projetado pela TAV Brasil promete transformar o transporte entre as capitais Rio e São Paulo. (Imagem: Getty Images)
Com velocidade prevista de 320 km/h, o trem-bala projetado pela TAV Brasil promete transformar o transporte entre as capitais Rio e São Paulo. (Imagem: Getty Images)

Traçado e paradas previstas

O itinerário conectará as capitais fluminense e paulista e incluirá paradas em Volta Redonda (RJ) e São José dos Campos (SP).

O objetivo é atender, além das capitais, o eixo industrial e universitário do Vale do Paraíba e do Sul Fluminense.

A localização exata das estações dependerá de tratativas com prefeituras e da aprovação ambiental.

A companhia indica preferência por áreas centrais para facilitar a integração com redes locais e estimular a requalificação urbana no entorno.

Tempo de viagem e desempenho

O tempo estimado de 105 minutos considera operação comercial a 320 km/h em trens de alta velocidade padrão internacional.

A projeção contempla aceleração, frenagens nas paradas intermediárias e margens operacionais.

Em condições usuais, a viagem completa deve ficar abaixo de duas horas.

Percursos parciais terão duração reduzida conforme o embarque e o desembarque de cada passageiro.

Preços e política tarifária

A TAV Brasil trabalha com R$ 500 para a passagem no trecho completo entre Rio e São Paulo.

Para quem embarcar ou desembarcar nas paradas intermediárias, o valor informado é de R$ 250 por trecho.

A política tarifária poderá ter variações por classe de serviço, horário e antecedência de compra.

A empresa toma R$ 500 como referência para viabilizar a modelagem financeira inicial.

Cronograma: licenças, obras e início da operação

Estações em Volta Redonda (RJ) e São José dos Campos (SP) fazem parte do plano de paradas da linha de alta velocidade entre Rio e São Paulo. (Imagem: reprodução)
Estações em Volta Redonda (RJ) e São José dos Campos (SP) fazem parte do plano de paradas da linha de alta velocidade entre Rio e São Paulo. (Imagem: reprodução)

O calendário apresentado pela companhia coloca a operação comercial em 2032, condicionada à conclusão do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, às licenças e à captação de recursos.

Em comunicações públicas, executivos indicaram intenção de iniciar as obras a partir de 2027, caso as etapas regulatórias avancem no prazo.

O cronograma detalhado dos canteiros e das frentes de trabalho será definido após a licença prévia ambiental e os acordos fundiários.

Como será financiado

O investimento total estimado em R$ 60 bilhões abrange infraestrutura ferroviária, sistemas de sinalização e controle, material rodante e construção de estações.

Além de endividamento e capital próprio, a TAV Brasil estuda receitas acessórias ligadas ao desenvolvimento imobiliário nas áreas do entorno das estações para reforçar o fluxo de caixa.

O mecanismo já é aplicado em projetos de alta velocidade no exterior.

Parcerias com fornecedores internacionais de tecnologia também estão em avaliação, conforme a empresa.

Capacidade e integração

Embora a companhia ainda não divulgue números fechados de oferta de assentos, a diretriz é operar frequências compatíveis com a demanda de negócios e lazer entre as duas capitais.

A integração com metrô, trens metropolitanos e corredores de ônibus é vista como essencial para reduzir tempos porta a porta, especialmente nas estações terminais.

A definição das conexões será detalhada na fase de projeto executivo junto aos governos locais.

Comparação com a ponte aérea

O tempo de viagem ponto a ponto do trem-bala pretende competir com a ponte aérea Rio–SP, principalmente quando se considera deslocamentos até aeroportos, procedimentos de embarque e eventuais atrasos.

A proposta tarifária busca uma faixa competitiva frente às tarifas médias da aviação, preservando o argumento de previsibilidade de tempo e menor variabilidade operacional na ferrovia de alta velocidade.

Próximas etapas e condicionantes

Para sair do papel, o projeto depende de pareceres ambientais, licenças e de acordos com municípios para uso do solo e desapropriações.

A TAV Brasil relata que o EVTEA está em desenvolvimento e que, concluído esse ciclo, submeterá o conjunto de estudos aos órgãos competentes.

A partir disso, serão definidos o traçado executivo, os acessos às estações e a engenharia das obras civis, incluindo túneis e viadutos necessários ao padrão de alta velocidade.

O que muda para o passageiro

Se cumprido o cronograma, a ligação em cerca de 105 minutos entre as duas capitais altera a lógica de deslocamentos frequentes.

A tarifa de R$ 500 no trecho integral e R$ 250 nos trechos intermediários, além das paradas em Volta Redonda e São José dos Campos, formam o núcleo da proposta.

O percurso planejado de 417 km será feito por composições a 320 km/h, com promessa de maior regularidade e menor emissão local na operação quando comparada a modais rodoviários.

Que ponto você considera mais determinante para a adesão do público: o preço, o tempo de viagem ou a localização das estações?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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