Conheça a Biometano Sul, marco da transição energética no RS, que transforma resíduos em energia limpa e fortalece a sustentabilidade local.
O Rio Grande do Sul dá um passo importante em sua trajetória rumo à sustentabilidade com a inauguração da primeira planta de biometano do estado, a Biometano Sul.
De fato, esse projeto marca a transição energética no RS, mostrando como a inovação tecnológica e o aproveitamento de resíduos podem gerar energia limpa. E, ao mesmo tempo, fortalecer a economia local.
A Biometano Sul funciona na unidade de valorização sustentável (UVS) da CRVR, em Minas do Leão, e produz 66 mil metros cúbicos de biometano por dia. Um combustível renovável capaz de substituir fontes fósseis em aplicações industriais, comerciais e residenciais.
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Além disso, com um investimento de R$ 150 milhões, financiado pelo Fundo Clima do BNDES, a planta resulta de políticas públicas e iniciativas privadas que buscam reduzir os efeitos das mudanças climáticas no estado.
Historicamente, o Rio Grande do Sul se destacou por sua preocupação ambiental e pela busca de alternativas para o aproveitamento sustentável de recursos.
Durante décadas, a gestão de resíduos sólidos no estado se concentrou na coleta e destinação adequada para aterros sanitários.
Entretanto, com o avanço da ciência e das tecnologias de energia, surgiu a oportunidade de transformar resíduos orgânicos em biogás e biometano. Agregando valor econômico e, consequentemente, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa.
Além disso, o desenvolvimento de projetos como a Biometano Sul reflete uma tendência global de incentivo à economia circular. Em que resíduos que antes representavam problemas ambientais passam a ser matéria-prima para produção de energia.
Por isso, essa abordagem reforça a importância de políticas públicas que estimulem a inovação, a pesquisa científica e a adoção de tecnologias limpas.
Dessa forma, cria-se um ciclo sustentável de produção e consumo.
Inauguração e apoio institucional
O governador Eduardo Leite, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e diversas autoridades locais participaram da inauguração da Biometano Sul, junto com representantes de órgãos estaduais, como a FEPAM.
Durante o evento, o governador destacou a relevância do projeto para a política de biogás e biometano desenvolvida ao longo dos últimos anos.
Segundo Leite, iniciativas como essa consolidam o RS como referência em sustentabilidade, integrando soluções energéticas limpas ao desenvolvimento econômico regional.
Além disso, o projeto também recebeu apoio de programas estaduais, como o Fundopem RS e o Integrar RS. Que incentivam parcerias público-privadas e oferecem vantagens fiscais.
Entre os benefícios estão o abatimento de encargos financeiros, a isenção de ICMS na importação de equipamentos e a dispensa do DIFAL para equipamentos adquiridos fora do estado.
Portanto, esses incentivos mostram como a transição energética no RS se sustenta em políticas estratégicas. Que estimulam a inovação e reduzem barreiras financeiras para projetos sustentáveis.
Rafael Salamoni, diretor da Biometano Sul, reforçou que a planta representa um novo patamar em inovação energética para o estado.
Ele afirma que o compromisso da empresa vai além da primeira unidade, com planos de inaugurar uma segunda planta em São Leopoldo no próximo ano.
Assim, essa expansão fortalece a missão de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e de consolidar o biometano como uma alternativa real e viável para descarbonizar a matriz energética local.
Além disso, o projeto da Biometano Sul funciona como um laboratório de inovação para novas soluções energéticas, permitindo testar tecnologias de purificação de biogás e integrar sistemas com energia solar e eólica.
Com isso, essa sinergia tecnológica aumenta a eficiência energética e garante que a produção de biometano seja economicamente viável e ambientalmente sustentável.
Benefícios econômicos e sociais
Leomyr Girondi, diretor-presidente da CRVR, ressaltou que o projeto prova que a gestão responsável de resíduos pode gerar benefícios além da destinação ambientalmente correta.
Ao transformar resíduos em energia limpa, a Biometano Sul cria novas oportunidades econômicas e sociais, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
Além disso, o biometano produzido no aterro sanitário da CRVR será comercializado para empresas como a Ultragaz.
Consequentemente, ele atenderá ao mercado industrial gaúcho e contribuirá para a modernização da matriz energética do RS.
A transição energética é um processo complexo e de longo prazo, que envolve mudanças na produção, distribuição e consumo de energia.
No contexto histórico do Rio Grande do Sul, esse movimento se intensificou nos últimos anos, com políticas públicas voltadas à diversificação da matriz energética e à adoção de fontes renováveis.
Portanto, o biometano surge como uma peça estratégica, pois possui características semelhantes ao gás natural fóssil, mas provém de resíduos orgânicos.
Dessa forma, ele se torna uma solução ambientalmente responsável.
Além disso, o papel do biometano na transição energética no RS se complementa com outros combustíveis renováveis, como o diesel verde e o combustível sustentável para aviação.
Esses insumos fazem parte do programa federal “Combustível do Futuro“, que incentiva a substituição gradual de fontes fósseis por alternativas limpas e promove a descarbonização da economia brasileira.
Assim, ao integrar esses elementos, o Rio Grande do Sul se posiciona como protagonista na adoção de tecnologias limpas e na construção de um modelo energético mais sustentável.
Expansão e consolidação da matriz energética
Além de reduzir emissões, o biometano fortalece a economia local.
A planta da Biometano Sul gera empregos diretos e indiretos, estimula fornecedores regionais e abre novas oportunidades de negócios para empresas que adotam práticas sustentáveis.
Portanto, ao transformar resíduos em energia, o estado demonstra que a inovação tecnológica pode impulsionar o crescimento econômico, tornando-se um exemplo para outras regiões do país.
A segunda planta, em São Leopoldo, está em construção e terá capacidade para gerar 34 mil metros cúbicos de biometano por dia, com investimento superior a R$ 100 milhões.
Juntas, as duas unidades representam aportes de R$ 230 milhões e consolidam a Solví como uma das principais impulsionadoras da transição energética no Sul do Brasil.
Consequentemente, a expansão evidencia a confiança de investidores no potencial do biometano como combustível limpo e eficiente, capaz de atender a diferentes setores da economia.
A trajetória do Rio Grande do Sul na área de energia renovável mostra que o estado busca alternativas que combinam sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
Desde os primeiros investimentos em energia eólica e solar até projetos de aproveitamento de biogás, o RS demonstra compromisso com a redução das emissões e a inovação tecnológica.
Assim, a Biometano Sul representa um passo concreto dessa jornada, mostrando que desafios ambientais podem se transformar em oportunidades de crescimento.
O desenvolvimento de parcerias com universidades e centros de pesquisa fortalece o papel do estado como polo de inovação energética.
Além disso, essas colaborações aprimoram processos de purificação do biogás, aumentam a eficiência da produção de biometano e capacitam profissionais qualificados para o setor.
Dessa forma, cria-se uma rede de conhecimento que sustenta toda a cadeia de energia renovável.
Transição energética no RS: Impacto ambiental e futuro sustentável
O biometano, ao integrar a matriz energética do estado, contribui para uma produção mais sustentável, reduz a dependência de combustíveis fósseis e promove a descarbonização da economia gaúcha.
Dessa forma, essa mudança atinge não apenas o setor energético, mas também a indústria, o transporte e as residências, refletindo uma transformação ampla e estruturada.
Portanto, a inauguração da Biometano Sul simboliza muito mais do que a produção de um novo combustível.
Ela representa o avanço da transição energética no RS, consolidando o estado como referência em políticas de sustentabilidade e inovação.
Consequentemente, outras regiões podem se inspirar para desenvolver soluções energéticas limpas, aproveitando recursos locais de forma eficiente e responsável.
A experiência do Rio Grande do Sul demonstra que investir em energia renovável é uma estratégia de longo prazo, capaz de gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais para toda a sociedade.