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SUV compacto da Toyota será produzido em Sorocaba, terá versão híbrida flex e promete disputar mercado com modelos como T-Cross e Creta, unindo espaço interno, pacote de segurança robusto e consumo eficiente.
Confirmado para outubro de 2025, o Toyota Yaris Cross será produzido em Sorocaba (SP) e ficará abaixo do Corolla Cross na linha da marca.
O novo compacto chega para disputar espaço com Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta e outros rivais diretos, tendo o sistema híbrido flex como principal diferencial em eficiência.
A chegada do modelo também marca a saída dos Yaris hatch e sedã, concentrando a estratégia da fabricante nos SUVs. As informações foram divulgadas originalmente pelo site Autoesporte nesta sexta-feira (15).
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Estratégia e posicionamento no Brasil
Com o Yaris Cross, a Toyota reorganiza o portfólio e deixa o nicho de entrada.
A prioridade recai sobre um segmento mais rentável e em expansão no país.
A gama de utilitários, portanto, passa a contar com quatro representantes: Yaris Cross, Corolla Cross, RAV4 e SW4.
Enquanto o Corolla Cross segue como opção entre os médios, o Yaris Cross assume o papel de SUV compacto de acesso, mirando consumidores que buscam altura livre do solo, pacote de segurança completo e conectividade atualizada.
Versões e itens de série
Segundo dados compilados pelo Carros na Web a partir de uma base abastecida pelas próprias montadoras — e também mencionados pelo Autoesporte — o Yaris Cross terá três versões no Brasil: XS, XLS e XLS Hybrid.
Todas saem de Sorocaba com um conjunto amplo de tecnologia, conforto e segurança.
Na configuração XS, a lista inclui seis airbags, câmera de ré, controles de estabilidade e tração, faróis full-LED, sensor de pressão dos pneus e freios a disco nas quatro rodas.
O modelo traz ainda alerta de mudança de faixa, alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado, volante com regulagem de altura e profundidade, banco traseiro bipartido e rebatível, rodas de 17 polegadas, freio de estacionamento eletrônico com auto-hold e central multimídia.
Acima dela, a XLS agrega sensor de estacionamento dianteiro, assistente de permanência em faixa, chamada de assistência de emergência e serviço de recuperação veicular.
A cabine recebe ar-condicionado automático, saídas de ar para o banco traseiro, apoio de braço central e bancos revestidos em couro com ajuste elétrico para o motorista.
Há ainda controle de cruzeiro adaptativo, retrovisores rebatíveis eletricamente, limpador de para-brisa automático, rodas de 18 polegadas, acendimento automático dos faróis, Wi-Fi a bordo, carregador por indução para smartphones e informações de trânsito em tempo real.
A topo de linha XLS Hybrid acrescenta câmeras de visão 360°, assistente de farol alto, teto solar panorâmico com acionamento elétrico, sistema start-stop e recuperação de energia cinética.
Completa o pacote a tampa do porta-malas com acionamento elétrico, além de outros recursos de conveniência típicos das versões mais completas.
Motores, desempenho e consumo
As versões XS e XLS utilizam o motor 1.5 flex aspirado sem eletrificação, evolução do propulsor empregado nos Yaris hatch e sedã.
O conjunto está sempre acoplado a um câmbio CVT com sete marchas simuladas e traz melhorias de eficiência térmica, além do start-stop para atendimento ao Proconve L8.
Os números divulgados apontam 106 cv com gasolina e 110 cv com etanol, sempre com 14,3 kgfm de torque.
A aceleração de 0 a 100 km/h fica em 13 s, com velocidade máxima de 170 km/h.
No consumo, os dados informados são de 8 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com etanol; com gasolina, 12 km/l e 13 km/l, respectivamente.
O tanque tem 42 litros.
Já o XLS Hybrid combina um motor 1.5 em ciclo Atkinson de 92/95 cv e 12,3 kgfm a um motor elétrico de 80 cv e 14,4 kgfm, para 115 cv de potência combinada.
O consumo declarado é de 13 km/l (cidade) e 11 km/l (estrada) com etanol; com gasolina, 19 km/l e 16 km/l.
Nessa configuração, o tanque comporta 36 litros.
A proposta, portanto, mira quem busca rodar com economia no uso urbano sem abrir mão de um desempenho adequado ao trânsito cotidiano.
Dimensões e porta-malas
Com 4,31 m de comprimento, 2,62 m de entre-eixos, 1,77 m de largura e quase 1,62 m de altura, o Yaris Cross se posiciona no centro do segmento.
Em relação ao Hyundai Creta (4,33 m de comprimento, 2,61 m de entre-eixos, 1,79 m de largura e 1,63 m de altura), as medidas são muito próximas.
O destaque fica para o porta-malas de 471 litros, superior aos 422 litros do rival coreano.
Na comparação com o Volkswagen T-Cross, o Toyota é mais longo (4,31 m contra 4,19 m) e tem entre-eixos ligeiramente menor (2,62 m frente a 2,65 m).
No volume de bagagem, volta a levar vantagem: 471 litros contra 420 litros do utilitário da Volkswagen.
Esses números reforçam a vocação familiar do modelo e ajudam a explicar a aposta da marca no público que migra de hatches compactos para SUVs.
Plataforma e segurança
O Yaris Cross utiliza a plataforma DNGA, concebida pela Daihatsu como uma derivação simplificada da arquitetura TNGA de Corolla e Corolla Cross.
Em avaliações realizadas na Ásia, o modelo obteve cinco estrelas no ASEAN NCAP.
As pontuações, divididas em quatro frentes, foram de 36,4 pontos para proteção de ocupantes adultos, 17,3 para proteção de ocupantes infantis, 16,9 em assistência de segurança e 12,2 na proteção a motociclistas.
Nos critérios, o teto é de 40 pontos para adultos e de 20 pontos para os demais indicadores.
No contexto brasileiro, veículos da marca costumam ser submetidos ao Latin NCAP, etapa que deverá consolidar como os sistemas de assistência e a estrutura se comportam com os protocolos locais.
Produção, investimento e linha de montagem
Toda a produção do Yaris Cross será concentrada na fábrica de Sorocaba (SP), que integra o plano de investimentos de R$ 11 bilhões da Toyota no Brasil até 2030.
A planta já fabrica o Corolla Cross e tem planejado incorporar o Corolla sedã à sua linha.
A decisão busca otimizar escala, reduzir custos logísticos e garantir maior agilidade de fornecimento para a rede, sobretudo diante da demanda por SUVs no país.
Segundo destacou o Autoesporte, a escolha de Sorocaba reforça o papel estratégico da unidade para a operação da marca na América Latina.
Panorama de mercado e concorrência
A Toyota ainda não divulgou metas de vendas para o Yaris Cross.
Como referência, o Corolla Cross lidera o segmento de SUVs médios no Brasil, à frente do Jeep Compass, cenário que ajuda a dimensionar a importância do novo compacto para a marca.
Entre os SUVs compactos, recorte que interessa diretamente ao lançamento, o ranking de janeiro a julho aponta o Volkswagen T-Cross na frente, com 53.551 unidades, seguido por Hyundai Creta (39.033) e Chevrolet Tracker (34.212).
Em um mercado competitivo, a arma da Toyota será o híbrido flex, além de um pacote robusto de segurança e conectividade.
Diante desse conjunto, o que mais deve pesar na sua decisão quando o Yaris Cross chegar às lojas: o pacote de segurança, o espaço interno ou a eficiência do híbrido flex?
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